Distimia: o que é, quais os sintomas e fatores de risco, e como tratar
Mau humor todo mundo tem e tem dias que é impossível disfarçar, não é mesmo? Mas você sabia que o mau humor contínuo pode sinalizar um tipo de depressão mais branda? Sim, e esses sintomas tem um nome: distimia.
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), a depressão afeta quase 11 milhões de pessoas só no Brasil.
Por isso, vamos responder aqui o que é distimia, quais são os seus sintomas, tratamentos e como você pode fazer para melhorar a sua qualidade de vida.
O que é distimia?
Embora seja uma expressão da depressão, a distimia também é conhecida como doença do mau humor ou Transtorno Depressivo Persistente.
Ou seja, nessa doença você identifica sintomas de depressão leve por até 2 anos e durante praticamente todos os dias.
Não é uma tarefa simples identificar a doença ou diagnosticá-la. Por isso, é tão importante estarmos atentos aos sintomas e a frequência com que eles aparecem.
Contudo, dificilmente uma pessoa com distimia sabe dizer quais são as causas. Mas iremos detalhar mais a frente algumas possibilidades e fatores de risco.
Quais são os sintomas de distimia?
Em geral, quem sofre com a distimia possui a autoestima baixa, perde o interesse em fazer as coisas do dia a dia, tem queda na sua produtividade, performance e se sente sempre inadequado aos ambientes e situações.
Além disso, crianças e adolescentes podem ter distimia também, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. Isso porque os sintomas se confundem com a própria personalidade deste jovem ainda em formação.
Quais as causas da distimia?
Assim como na depressão, não se sabe ao certo qual é a causa da distimia, mas ela pode estar ligada a fatores bioquímicos, genéticos e ambientais.
Fatores Bioquímicos
Os fatores bioquímicos são aquelas mudanças que acontecem no cérebro e são identificadas por profissionais especializados.
Assim como na depressão, na distimia também há também um desequilíbrio químico dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina.
Fatores genéticos
Não podemos dizer que há um gene específico para a depressão, mas a distimia, assim como a depressão, pode vir por hereditariedade.
Por isso, pessoas com pais depressivos ou com outros transtornos psicológicos, têm uma maior chance de ter a doença e outras variações psicológicas.
Fatores ambientais
Além disso, os casos de distimia e outros transtornos psicológicos podem iniciar também por fatores ambientais.
Ou seja, o seu dia-a-dia, sua casa ou lugar que você convive, situações e pessoas com quem você interage podem se tornar gatilhos para a doença.
Fatores de risco da distimia
Existem alguns fatores de risco que podem nos tornam mais propensos a sofrer com a distimia:
- Parentes de primeiro grau com transtornos
- Situações estressantes na vida profissional e pessoal
- Problemas pontuais como dificuldade financeira
- Baixa autoestima e necessidade de aprovação social e pessoal
Além disso, entenda um pouco mais sobre outros distúrbios como síndrome do pânico, ansiedade, TOC, transtorno bipolar e dependência química.
Quais são os sintomas da distimia?
Os sintomas da distimia são parecidos com a depressão crônica em graus mais leves, porém, podem durar por mais tempo. Entenda e fique atendo aos sinais como por exemplo:
- Excesso de tristeza e mau humor constante
- Insônia
- Mudança no apetite e ganho ou perda de peso
- Falta de energia
- Falta de interesse nas atividades
- Dificuldade de concentração
- Pensamentos negativos
- Absenteísmo no trabalho
- Inquietação
- Sensação de inutilidade;
- Desesperança e culpa
- Pensamentos ligados à suicídio e morte
Sintomas em crianças e adolescentes
Em crianças é comum que a distimia se apresente junto a casos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), que, basicamente, está ligado à transtornos de ansiedade, problemas no desenvolvimento e aprendizagem, mau comportamento e irritabilidade.
Curiosidade: Antes dos 21 anos a distimia é considerada por especialistas como distimia de início precoce. Após esse período, é chamada de início tardio.
Além disso, vale lembrar que esse transtorno se desenvolve ao longo dos anos, então em cada um se manifesta de um jeito com diferentes graus e intensidades.
Quando devo procurar um tratamento?
Se você apresenta esses sintomas que listamos – ou parte deles – e esses estão dificultando a sua vida, seus relacionamentos e profissão, sem dúvidas é a hora de buscar ajuda médica.
Quais são os tratamentos para distimia?
Quem pode diagnosticar a distimia é um psicólogo ou psiquiatra. Nesse caso, eles vão avaliar os seus sintomas, histórico médico e sua condição de bem-estar emocional atual.
Além disso, esses especialistas irão te ajudar a identificar e tratar o problema direto na causa.
No entanto, não há um tratamento único e tudo vai depender de cada caso particular, até porque essa doença varia de pessoa para pessoa.
Em geral, o tratamento é feito com a psicoterapia, que vai desenvolver suas habilidades de enfrentar situações estressantes, além de outras coisas.
Além disso, em casos mais difíceis, o psiquiatra pode receitar o uso de remédios. Mas vale lembrar que a automedicação pode ser muito perigosa, então siga as orientações do profissional.
Como conviver melhor com a distimia?
Além do que falamos acima, há algumas coisas que você pode mudar no seu dia a dia para diminuir esse problema:
- Aprenda mais sobre a sua condição. Ou seja, o profissional é o melhor te ensinar sobre seu quadro e te ajudar caso foi preciso;
- Respeite o tratamento e não deixe de ir para a terapia ou tomar os remédios. Vai ter dias que a motivação vai faltar, mas lembre-se que o tratamento é para o seu bem e vai melhorar sua qualidade de vida;
- Fique atento ao seu dia a dia e perceba as situações que desencadeiam os sintomas;
- Pratique atividades físicas, cuide do seu corpo e da sua mente. Exercícios de respiração e meditação podem ser excelentes alternativas;
- Encontre hobbies e faça atividades que você goste durante a semana. Isso trará mais alegria e leveza para os seus dias;
- Evite o álcool e não use drogas.
- Valorize as suas conquistas diárias.
Como prevenir a distimia?
Não é possível prevenir a distimia, mas o diagnóstico precoce e o controle do estresse pode contribuir para uma vida mais tranquila.
Teste de ansiedade
O diagnóstico nem sempre é simples, mas podemos ajudar. Por isso, faça nosso teste de ansiedade e descubra seu nível de ansiedade. O questionário leva menos de 3 minutos para fazer e é uma adaptação do teste científico GAD – Generalized Anxiety Disorder 7.
Como ajudar uma pessoa com distimia?
Para você que convive com alguém com os sintomas da distimia, há algumas recomendações que podem ser preciosas para ajudar:
- Incentive que ela busque ajuda de um especialista. Além disso, estimule que ela passe por todas as etapas necessárias para o tratamento;
- Converse sobre os seus sentimentos, seja compreensivo e não julgue;
- Além disso, caso você desconfie que a pessoa tem pensamentos suicidas, fique atento, procure ajuda e indique órgãos de apoio como CVV (Centro de Valorização da Vida);
- Seja positivo e incentive a pessoa a realizar e concluir suas atividades diárias;
- Reconheça e comemore as suas vitórias;
- Não deixe de cuidar de você. As pessoas com transtornos psicológicos, como a distimia, precisam ter ao seu lado outras que estejam bem consigo mesmas, equilibradas emocionalmente e positivas.
Procure ajuda
Além disso, caso você ou alguém próximo precise de ajuda, procure um profissional. O Zenklub é a maior rede vídeo-consultas com especialistas em bem-estar emocional, onde você tem acesso a mais de 100 especialistas a qualquer hora, de qualquer lugar. Estamos prontos para te atender no que precisar.
Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.
Tenho 69 anos, tenho uma neta de 15 anos, estudiosa, faz teatro e pianista, está no primeiro do segundo grau, ama livros, lê muito, ultimamente está sem teatro, sem aula de piano, era onde ela tocava, hoje sem condições de pagar aula e de comprar um piano, ela está mais brava, auto estima baixa, tudo nela e feio, não gosta que toque nela, não gosta de abraço, não gosta de ouvir, tem opinião, ela e certa não pode contráriar, fica brava.
Lendo o quer doutor escreveu, ela se encaixa nesta síndrome.
Obrigada por me ouvir
Cleuza, saiba que vocês não estão sozinhas e que se sentir assim é natural.
Ficamos contentes que tenha gostado de saber mais sobre a Distimia pelo nosso blog.
Eu não sou psicóloga, mas posso orientar que procurem um especialista, para que possa realizar uma escuta capacitada e para auxiliar a sua neta com esse processo
Qualquer dúvida sobre as nossas sessões, conte conosco
Eu só não tenho insônia, pensamento suicida, inquietação e pensamentos negativos.
Agora o resto eu tenho tudo😅
Liliane, lembre-se que procurar apoio emocional poderá ajudar a lidar com o que sente, e não é uma fraqueza.
Você não está sozinha!
Dr. Me chamo Edina, 61 anos.
Tenho filho do Coração (❤️) desde os 5 anos ele faz terapia… com 7 anos contamos a história de Vida dele. Percebi que desde essa data ele ficou muito diferente, na adolescia começou a ficar muito agressivo. Faz tratamento com Psiquiatra e Psicólogo, toma remédio, mas não vejo nenhuma evolução significativa, já fiz alguns questionamentos, mas fico sempre sem uma resposta.
Meu filho hoje tem 21 anos de é de um mau humor constante ninguém pode dizer nem que é bonito, nunca gostou de abraços nem que toque nele. Não quis mais Estudar, desenha divinamente, tentei com muito sacrifício que ele fosse cursar Designer na Faculdade Belas Artes em São Paulo, mas veio a Pandemia ele ficou ainda 6 meses lá, quando voltou estava parecendo um mendigo.
Será que ele vai ter que tomar medicamento para o resto da vida?
Fico muito preocupa com essa situação.
O Psiciatra me falou que ele tem Distimia.
Fico grata se me responder.
Edina, tudo bem?
Saiba que vocês não estão sozinhos!
O acompanhamento de um profissional como um psicólogo ou terapeuta é muito importante, para que possam dar o apoio emocional necessário.
Aqui no Zenklub realizamos sessões online com psicólogos, psicanalistas e terapeutas das mais diversas abordagens. Qualquer dúvida, conte com a gente