Cansado demais para fazer qualquer coisa? Sentimentos de esgotamento, desânimo e falta de motivação podem ser sinais de que você está sofrendo com a síndrome de burnout. 

Essa condição é uma doença ocupacional que foi reconhecida e classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022, podendo afetar sua vida pessoal e profissional de forma significativa. 

Neste artigo, vamos explorar as causas, os sintomas e as formas de tratar e prevenir o burnout. Entender essa síndrome é o primeiro passo para recuperar seu bem-estar e voltar a aproveitar a vida. 

É importante lembrar que as informações aqui apresentadas têm caráter informativo e não substituem a consulta a um profissional de saúde.

O que é a Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é uma condição que se manifesta como um estado de exaustão física, emocional e mental intenso, geralmente relacionado ao trabalho. 

Apesar de estar presente no Catálogo Internacional de Doenças (CID 10 — Z73.0, descrito como um estado de exaustão vital), essa condição não é considerada uma doença mental formal, mas sim um distúrbio psíquico que pode ter consequências significativas para a saúde e o bem-estar do indivíduo.

Isso porque o burnout não é uma categoria diagnóstica formal no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). No entanto, ele é frequentemente associado a outros transtornos mentais, como a depressão e os transtornos de ansiedade.

A principal diferença entre burnout e cansaço é a profundidade e persistência dos sintomas. O cansaço é uma sensação comum e temporária que pode ocorrer após um período intenso de atividades ou estresse. 

Já o burnout é uma condição crônica e multifacetada, que resulta de um estresse contínuo e não gerenciado, levando a um estado de exaustão emocional e uma sensação prolongada de desmotivação e ineficácia.

Estatísticas da Síndrome de Burnout no Brasil e no mundo

A Síndrome de Burnout, um problema cada vez mais presente dentro das empresas, tem apresentado números alarmantes em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. As estatísticas ilustram a gravidade dessa questão e a necessidade de ações para combatê-la.

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de países com maior incidência de burnout, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA). Com isso, o burnout gera um custo significativo para as empresas, devido à perda de produtividade, aumento do absenteísmo e da rotatividade de funcionários.

Como a Síndrome de Burnout se manifesta?

A Síndrome de Burnout se manifesta por meio de uma combinação de sintomas físicos, emocionais e comportamentais. É importante ressaltar que cada pessoa pode experimentar os sintomas de maneira diferente e com intensidades variadas.

Antes de chegar à Síndrome de Burnout (e, depois, às suas sequelas), a pessoa passa por uma série de estágios. De fato, quanto antes o problema for identificado, melhor.

Por isso, veja com atenção os estágios que antecedem a Síndrome de Burnout

  1. Necessidade de aprovação – pode ter associação com metas inalcançáveis;
  2. Acúmulo de trabalho e de responsabilidades – há dificuldade de delegar e de dizer não, o que gera sobrecarga;
  3. Omissão das necessidades pessoais e sociais – comer, dormir, exercitar-se, relaxar: tudo isso fica em segundo plano;
  4. Fuga dos problemas – neste ponto, a pessoa nota que algo não vai bem, mas nega os fatos e os reprime;
  5. Revisão dos valores pessoais – todo o propósito de vida passa a ser profissional, sem espaço para outras ambições;
  6. Negação e irritabilidade – passa-se a negar dificuldades interiores e exteriores, o que gera agressividade;
  7. Isolamento social – prazos não mais são cumpridos e falta-se com frequência das reuniões;
  8. Transições notáveis de comportamento – as mudanças no humor são evidentes;
  9. Despersonalização – o comportamento pessoal não acontece mais, o que há é só um cumprimento mecânico de parte dos deveres laborais;
  10. Sentimento de vazio interior – a irritabilidade dá então espaço à falta de sentido;
  11. Sintomas de depressão – a pessoa perde completamente o prazer na realização das atividades;
  12. Esgotamento ou burnout – por fim, chega-se ao esgotamento completo, que inviabiliza o trabalho.

Principais sintomas de Burnout

Como a maioria dos transtornos, a Síndrome de Burnout também tem sintomas e sinais específicos que podem servir de alerta para você conseguir reconhecer em si ou em alguém próximo.

Sinais de exaustão física e emocional:

Fadiga crônica: é bem comum nos estágios iniciais, sentir falta de energia e cansaço. Nos últimos estágios, você se sente fisicamente e emocionalmente exausto e pode sentir uma sensação de medo e angústia pelo que está por vir em um determinado dia;

Insônia: no início, você pode ter dificuldade em adormecer ou de permanecer dormindo a noite toda. Nos últimos estágios, a insônia pode se tornar uma provocação persistente e noturna em que você não consegue nem dormir;

Esquecimento e dificuldade de concentração e atenção: a falta de foco e o leve esquecimento, são sinais precoces. Mais tarde, os problemas podem chegar ao ponto em que você não consegue fazer o seu trabalho e tudo começa a se acumular;

Dores físicas: os sintomas físicos podem incluir dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, dor gastrointestinal, tontura, desmaios e dor de cabeça;

Maior probabilidade de desenvolver outras doenças: como seu corpo está esgotado, o sistema imunológico fica enfraquecido, tornando-o mais vulnerável a infecções, resfriados, gripes e outros problemas clínicos relacionados a essa fraqueza;

Ansiedade: você pode ter sintomas leves de tensão, preocupação e nervosismo. À medida que você se aproxima do esgotamento, a ansiedade pode se tornar tão séria que interfere em sua capacidade de trabalhar de forma produtiva e pode causar problemas em sua vida pessoal.

Depressão: sentimentos de tristeza, ocasionalmente sem esperança, e você pode experimentar sentimentos de culpa e inutilidade como resultado. Na pior das hipóteses, pode se sentir preso, severamente deprimido.

Sinais de cinismo e desapego

Perda de prazer: no início, a perda de prazer pode parecer muito branda, como não querer ir trabalhar ou estar ansioso para ir embora. Sem intervenção, a perda de prazer pode se estender a todas as áreas da sua vida, incluindo o tempo que você passa com a família e os amigos;

Pessimismo: a princípio, isso pode se apresentar como uma conversa interna negativa e passando de um copo meio cheio para uma atitude de copo meio vazio. Na pior das hipóteses, isso pode ir além de como você se sente em relação a si mesmo e estender-se a questões de confiança com colegas de trabalho e familiares, e um sentimento de que não pode contar com ninguém;

Isolamento: nos estágios iniciais, isso pode parecer uma resistência moderada à socialização, ou seja, não querer sair para almoçar ou fechar a porta ocasionalmente para manter os outros fora. Quando avançada, pode ficar com raiva quando alguém fala com você, pode entrar cedo ou sair tarde para evitar interações.

Sinais de ineficácia e falta de realização:

Sentimentos de apatia e desesperança: isso é semelhante ao que descrevemos sobre depressão e pessimismo, pois se apresenta como um sentido geral que nada está indo bem ou nada importa. À medida que os sintomas pioram, esses sentimentos podem se tornar imobilizadores, fazendo parecer “qual é o objetivo?”

Irritabilidade aumentada: irritabilidade, muitas vezes, resulta de se sentir ineficaz, sem importância, inútil, e uma sensação crescente de que você não é capaz de fazer as coisas de forma tão eficiente ou eficaz como antes. Nos estágios iniciais, isso pode interferir nas relações pessoais e profissionais, em termos mais avançados, pode destruir relacionamentos e carreiras.

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Quais são as causas da Síndrome de Burnout?

A Síndrome de Burnout é um problema complexo com diversas causas interligadas. Geralmente, ela surge como resultado de uma combinação de fatores relacionados ao trabalho e ao estilo de vida. Vamos exemplificar o que pode causar essa síndrome:

  • Estresse constante: o estresse é um dos principais fatores desencadeantes da síndrome de burnout. Uma pessoa estressada possui maiores níveis de cortisol e adrenalina, que podem fazer mal ao coração;
  • Longas jornadas de trabalho: se você é dessas pessoas que passam longas horas no trabalho, talvez seja hora de pensar em métodos de otimização de tempo. Existe uma forte ligação entre empresa e a síndrome de Burnout;
  • Volume de trabalho excessivo: saber com precisão a quantidade de tarefas que você consegue fazer, é muito importante para não se colocar em situações que estimulem a ansiedade;
  • Cobrança e pressão excessiva: cuidar de si é essencial, observe comportamentos tóxicos e caso se sinta cobrado em excesso tente conversar a respeito;
  • Desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal: sair para aquele restaurante que você vê no Instagram a tempos, um cinema, ou simplesmente dar atenção a família faz parte da manutenção da saúde mental;
  • Problemas com outros colaboradores: um clima organizacional sadio evita conflitos, e cá entre nós, nada mais estressante que algum atrito com colegas de trabalho. Caso identifique pessoas com comportamentos assim, afaste-se;
  • Falta de descanso no trabalho: o descanso no trabalho é cada vez mais otimizado por grandes empresas como Microsoft e Google, você sabia? Procurar melhorar a qualidade do seu descanso no seu horário é uma opção;
  • Responsabilidades em excesso: aprenda a delegar! Saber atribuir responsabilidades, ou apenas saber do próprio limite ao abraçar novos projetos, pode te poupar de muito estresse e ansiedade.

Quais são as profissões com mais casos de Burnout?

A Síndrome de Burnout tem se mostrado bastante comum e algumas profissões, devido às suas características específicas, tendem a ser mais propensas a desenvolver esse quadro.

  • Profissionais da saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da área da saúde estão em constante contato com o sofrimento humano, o que pode gerar um desgaste emocional significativo. Além disso, a alta demanda por atendimento, a necessidade de tomar decisões complexas e a responsabilidade por vidas humanas contribuem para o estresse;
  • Professores: a profissão docente exige grande investimento emocional e envolvimento com os alunos. A falta de recursos, as grandes turmas e a pressão por resultados podem levar ao esgotamento;
  • Assistentes sociais: esses profissionais lidam com situações de vulnerabilidade social e precisam lidar com as consequências de problemas como pobreza, violência e desigualdade;
  • Policiais, bombeiros e agentes penitenciários: essas profissões envolvem alto risco, exposição a situações de violência e trabalho em turnos irregulares, o que aumenta o estresse e a chance de desenvolver burnout;
  • Advogados: a alta competitividade, a responsabilidade por defender os interesses de seus clientes e a pressão por resultados podem gerar um grande desgaste.

Fica destacado em pesquisas que muitos profissionais que sofrem de burnout têm que lidar com uma grande quantidade de interações interpessoais durante o trabalho. Essas constantes trocas com colegas, clientes ou pacientes podem ser muito desgastantes e contribuir significativamente para o cansaço físico e emocional. 

O estresse proveniente dessas interações frequentes pode acabar afetando a saúde mental e a qualidade de vida no trabalho.

Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Burnout?

O diagnóstico da síndrome de burnout não é simples e não se baseia em um único exame. Ele envolve uma avaliação completa do indivíduo, considerando tanto os aspectos físicos quanto os psicológicos. 

O profissional de saúde mental, geralmente um psicólogo ou psiquiatra, realiza uma entrevista detalhada com o paciente. Nessa conversa, são explorados diversos aspectos da vida do indivíduo, como:

  • Histórico de vida: infância, experiências de vida, histórico familiar de doenças mentais;
  • Histórico profissional: tipo de trabalho, jornada de trabalho, relações interpessoais no trabalho, satisfação profissional;
  • Sintomas: avaliação dos sintomas físicos, emocionais e comportamentais relatados pelo paciente;
  • Funcionamento diário: como o burnout afeta as atividades do dia a dia, como trabalho, relacionamentos e vida social.

Não existe um critério único e universal para o diagnóstico do burnout. No entanto, a maioria dos profissionais de saúde considera que a pessoa deve apresentar um conjunto de sintomas característicos do burnout, como exaustão emocional, despersonalização e redução da realização profissional. Eles devem estar claramente relacionados ao ambiente de trabalho e às demandas profissionais.

Como saber se um colaborador está tendo Burnout?

Em primeiro lugar, é necessário dar abertura para que ele fale. Muitos colaboradores sofrem em silêncio, sobretudo quando a doença já está avançada.

Assim, ter uma política empresarial que favorece a participação dos colaboradores na definição de seus horários, metas e objetivos auxilia a identificar precocemente eventuais problemas de saúde mental.

Além disso, é essencial investir em abordagens que visem entender melhor o comportamento dos funcionários, uma vez que, sendo uma doença ocupacional, é responsabilidade total da corporação em relação ao transtorno.

Ou seja, em casos de Burnout, a corporação é responsável por arcar com todas as despesas inerentes ao tratamento e, em alguns casos, com indenizações por processos trabalhistas.

Outro ponto vital, é evitar a glamourização do Workaholic dentro do espaço de trabalho. É preciso destacar que cada pessoa tem um ritmo e trabalhar mais horas não significa, necessariamente, trabalhar melhor.

Teste de Burnout: 12 perguntas para identificar a Síndrome

Aqui está um teste com 12 perguntas que pode ajudar a identificar sinais de Burnout. Lembre-se de que, embora essas perguntas possam ajudar a levantar suspeitas sobre a presença da síndrome, uma avaliação profissional é essencial para um diagnóstico preciso e para obter o tratamento adequado.

Funciona assim: para cada frase, você dá uma certa pontuação, a saber:

  • 1 se a frase se aplica raramente à sua vida;
  • 2 se acontece às vezes;
  • 3 se ocorre na maior parte dos dias. 

Vamos às frases…

  1. Minha rotina tem mais custos do que benefícios;
  2. Mesmo quando estou de férias, me sinto cansado e desmotivado;
  3. Tenho pouco controle sobre o ritmo e o cronograma do meu trabalho;
  4. Sinto-me sobrecarregado mesmo quando não estou trabalhando;
  5. Tenho faltado ao trabalho porque me sinto doente;
  6. Considero meu desempenho profissional insatisfatório;
  7. Tenho me isolado de meus amigos e familiares;
  8. Executar tarefas incompatíveis com meus valores;
  9. Sou responsável por projetos sem ter recursos para executá-los;
  10. Uso medicamentos e/ou bebidas alcoólicas para relaxar;
  11. Minha vida sexual se tornou mais uma tarefa a cumprir;
  12. Sinto que estou em um beco sem saída.

Agora, some as pontuações dadas por você para cada frase.

Há 3 formas de interpretar o resultado:

  • Até 14 pontos: sua saúde mental está, de uma forma geral, em equilíbrio. Continue assim!
  • De 15 a 26 pontos: você está em uma posição de alta vulnerabilidade para o Burnout. Vale a pena procurar um profissional para realizar uma avaliação mais aprofundada.
  • Acima de 26 pontos: É provável que você tenha desenvolvido algum grau de esgotamento profissional. Procure um especialista em saúde mental o quanto antes!

Se a sua pontuação para esse teste foi alta e sente que os sintomas estão impactando sua vida, é essencial procurar um profissional de saúde mental. Eles podem fornecer um diagnóstico preciso e desenvolver um plano de tratamento adequado para ajudar na recuperação e manejo da síndrome.

Essa avaliação vale como diagnóstico médico?

Sem dúvidas, autoavaliar-se é um bom parâmetro para descobrir o que passa dentro do nosso ser.  No entanto, há de se pontuar que a autoavaliação pura e simplesmente não basta para o diagnóstico. É de suma importância passar pela avaliação de um profissional da saúde mental, o que poderá determinar a presença ou não da doença.

Afinal, quando uma pessoa está em sofrimento, sobretudo nas fases mais avançadas da Síndrome de Burnout, os sintomas tomam conta da vida de quem sofre. Isso faz com que o paciente se encontre em um estado de confusão acerca de si mesmo.

Nesse contexto, sessões de terapia conduzidas por especialistas em saúde mental são a melhor forma não só de reconhecer o problema, mas também realizar o tratamento eficaz.

Este teste pode ser útil como um primeiro passo para identificar possíveis sinais de burnout, mas não substitui a avaliação de um profissional de saúde mental. 

Como é o tratamento para a Síndrome de Burnout?

A boa notícia é que a Síndrome de Burnout tem tratamento e é possível se recuperar completamente. O tratamento geralmente combina diferentes abordagens, visando tanto a melhora dos sintomas quanto a prevenção de novas crises.

Algumas das principais opções de tratamento são:

  • Psicoterapia: é a base do tratamento para o burnout. Através da psicoterapia, o indivíduo aprende a lidar com as emoções, a identificar e modificar pensamentos negativos, a desenvolver habilidades de enfrentamento e a estabelecer limites saudáveis;
  • Mudanças no estilo de vida: além da terapia, é fundamental realizar mudanças no estilo de vida para promover a recuperação. Algumas medidas importantes incluem:
    • Gerenciamento do tempo: estabelecer prioridades, aprender a dizer não e evitar a sobrecarga de trabalho;
    • Prática de atividades físicas: o exercício físico regular ajuda a reduzir o estresse, melhorar o sono e aumentar a autoestima;
    • Alimentação saudável: uma dieta equilibrada fornece os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo e contribui para o bem-estar geral;
    • Sono adequado: dormir bem é essencial para a recuperação física e mental;
    • Técnicas de relaxamento: práticas como meditação, yoga e respiração profunda ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade;
  • Medicamentos: em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para tratar sintomas como ansiedade, depressão e insônia, que podem acompanhar o burnout;
  • Mudanças no ambiente de trabalho: se possível, é importante buscar mudanças no ambiente de trabalho, como redução da carga horária, reestruturação de tarefas e um melhor suporte da empresa.

Se você está passando por um momento difícil e suspeita que possa estar com burnout, não hesite em procurar ajuda. 

Como a empresa deve tratar de colaboradores com Burnout?

O Burnout em empresas é algo muito sério, uma vez que não só afeta a saúde individual dos colaboradores, mas também a saúde da empresa como um todo.

Em primeiro lugar, perde pontos dentro do mercado de trabalho uma corporação que tem altos índices de Burnout entre seus funcionários. Afinal, esse é um indicativo negativo para que possíveis talentos possam se interessar a ocupar cargos de trabalho na empresa.

Além disso, o empregador tem o direito de processar a empresa devido quaisquer danos à sua saúde mental. 

Já há casos judiciais em que houve ganho de causa e a corporação foi obrigada a não só arcar com os custos de todo o tempo de tratamento da Síndrome de Burnout, mas também com uma pesada indenização.

O colaborador com Burnout tem direito à licença médica?

Há de se destacar que todo aquele que é diagnosticado com Síndrome de Burnout deverá receber da empresa a remuneração por até 15 dias de afastamento.

Após esse período, o empregador deve passar por perícia médica junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS – e a empresa tem o dever de garantir a estabilidade do trabalhador com a doença por 12 meses.

A Síndrome de Burnout pode gerar aposentadoria por invalidez?

Em alguns casos, a Síndrome de Burnout causa danos incapacitantes permanentes, pois altera de forma severa as estruturas mentais do paciente. 

Tais situações são constatadas por avaliação de um médico perito, o qual reconhecerá os agravantes da doença e dará um laudo especificando a necessidade de aposentadoria por invalidez.

Diante disso, a empresa torna-se responsável por arcar com uma pensão vitalícia ao paciente, uma vez que ela foi a principal causadora do dano em questão.

O colaborador com Burnout tem direito à indenização?

No que diz respeito à indenização por Síndrome de Burnout, ela pode se dar na esperada dos danos:

  • Morais em caso de violação a direitos de personalidade;
  • Materiais como gastos com medicação e consultas multidisciplinares;
  • Emergentes, como PLR e adicionais.

Também é possível receber a pensão vitalícia da corporação, que consiste em uma indenização em casos mais graves que levam à aposentadoria por invalidez.

Processos trabalhistas exigem os mais diversos valores de indenização, os quais irão variar de acordo com:

  • A intensidade do dano;
  • Se existe possibilidade de superar psicologicamente o problema;
  • A extensão da ofensa;
  • A duração dos efeitos do dano;
  • O grau de culpa da empresa;
  • A quantidade de esforço para minimizar o dano;
  • A capacidade financeira dos envolvidos.

Diante disso, os valores quanto pode chegar uma indenização por síndrome de burnout variam entre R$30.000 a até R$475.000.

Como prevenir a Síndrome de Burnout?

Prevenir a Síndrome de Burnout envolve uma combinação de cuidados com a saúde mental, estabelecimento de limites e criação de um ambiente de trabalho mais saudável.

Defina um horário de trabalho e respeite-o. Evite levar trabalho para casa e desconecte-se dos dispositivos eletrônicos em horários específicos. É importante também criar uma rotina equilibrada que inclua trabalho, lazer, descanso e atividades sociais pode ajudar a prevenir o estresse.

No ambiente de trabalho, a empresa deve criar um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade para expressar suas preocupações e buscar ajuda. Implemente programas de bem-estar que promovam a saúde física e mental dos funcionários.

A prevenção do burnout é um processo contínuo que exige atenção e cuidado com a saúde mental. Ao adotar essas dicas, você estará investindo em seu bem-estar e em uma vida mais saudável e equilibrada.

Como a empresa pode contribuir para evitar o Burnout nos colaboradores?

As empresas têm um papel fundamental na prevenção e combate a esse problema. Veja ações a serem adotadas pelas empresas:

  • Cultura organizacional positiva: cultivar um ambiente de trabalho colaborativo, com reconhecimento e valorização dos colaboradores, é essencial;
  • Flexibilidade: oferecer opções de trabalho remoto, horários flexíveis e a possibilidade de ajustar a carga de trabalho conforme a necessidade dos colaboradores podem reduzir o estresse e aumentar a satisfação no trabalho;
  • Bem-estar: investir em programas de bem-estar que promovam a saúde física e mental dos colaboradores, como atividades físicas, meditação, yoga e palestras sobre temas como gestão do estresse e alimentação saudável;
  • Desenvolvimento profissional: oferecer oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional motiva os colaboradores e aumenta o engajamento com a empresa;
  • Carga de trabalho equilibrada: evitar a sobrecarga de trabalho e estabelecer metas realistas são medidas importantes para prevenir o burnout;
  • Liderança presente e empática: líderes que demonstram empatia, oferecem suporte e reconhecem as dificuldades dos colaboradores contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável;
  • Programas de apoio psicológico: oferecer acesso a serviços de apoio psicológico, como terapia online ou presencial, demonstra o cuidado da empresa com a saúde mental dos seus colaboradores.

O Zenklub é uma plataforma de bem-estar mental que oferece diversas ferramentas e recursos para empresas que desejam cuidar da saúde mental de seus colaboradores. 

A plataforma oferece soluções personalizadas para empresas que incluem workshops, treinamentos e ferramentas para promover o bem-estar no trabalho e prevenir o burnout. Além disso, você tem acesso a psicólogos e terapeutas especializados por meio de consultas online, facilitando o suporte psicológico acessível e conveniente.

Como o Zenklub pode ajudar na saúde mental dos seus colaboradores?

A proposta do Zenklub é transformar como as empresas abordam a saúde mental dos seus colaboradores, oferecendo soluções acessíveis e eficazes que atendem às necessidades individuais e organizacionais. 

O objetivo é criar um ambiente de trabalho onde a saúde mental é valorizada e suportada, contribuindo para um melhor desempenho e maior satisfação dos funcionários. Para explorar como o Zenklub pode beneficiar sua empresa e promover a saúde mental dos seus colaboradores, conheça mais sobre nossos serviços e soluções.

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