Síndrome de Burnout: o que é, quais são os sintomas e como tratar?
O mundo se transformou e cada vez mais nos vemos investindo muitas horas e dias na carreira profissional, não é mesmo? Se você faz parte desse grupo, provavelmente você já ouviu falar em Síndrome de Burnout.
Vamos entender melhor nesse artigo o que é a Síndrome de Burnout, quais são os sintomas, quando os sinais aparecem e as possibilidades de tratamento.
O que é Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout ou também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é o acúmulo de estresse em consequência de uma rotina profissional muito competitiva, cheia de responsabilidades.
Em muitos casos, pode provocar problemas físicos, como dores musculares, e emocionais, como a possibilidade de desenvolver transtornos de ansiedade.
A Síndrome de Burnout já atinge, segundo a International Stress Management Association (ISMA), 30% da população brasileira e 4% da mundial.
Em outra pesquisa, realizada pelo ISMA-Brasil em 9 países do mundo, o Brasil ocupa o 2º lugar em nível de estresse, com 70% dos brasileiros sofrendo com esse mal, perdendo apenas para o Japão.
Esse estado de estresse crônico leva, em geral, as seguintes consequências:
- Exaustão física e emocional;
- Desapego e cinismo;
- Sentimento de falta de realização profissional e ineficácia.
O estresse no trabalho contínuo leva ao esgotamento físico e mental, fazendo com que as pessoas não consigam mais funcionar efetivamente tanto a nível pessoal como profissional.
No entanto, a Síndrome de Burnout não acontece de repente, pois as pessoas não acordam uma manhã e, de repente, “estou esgotada”.
Sua natureza é muito mais insidiosa, subindo em nós ao longo do tempo como um vazamento lento, o que torna muito mais difícil de reconhecer.
Ainda assim, nossos corpos e mentes nos dão avisos, e se você souber o que procurar, poderá reconhecê-lo antes que seja muito tarde.
Historicamente, o termo Burnout surgiu pela primeira vez em 1974 e foi criado pelo psicanalista americano Herbert Freudenberger, que descreveu a doença que observou nos colegas e em si mesmo.
Síndrome de Burnout: sintomas e sinais
Como a maioria dos transtornos, a Síndrome de Burnout também tem sintomas e sinais específicos que podem servir de alerta para você conseguir reconhecer em si ou em alguém próximo.
Na verdade, o mais difícil nesse “autodiagnóstico” é você saber diferenciar o seu grau de estresse da Síndrome de Burnout.
Sinais de exaustão física e emocional
Fadiga crônica: é bem comum nos estágios iniciais, sentir falta de energia e cansaço. Nos últimos estágios, você se sente fisicamente e emocionalmente exausto e pode sentir uma sensação de medo e angústia pelo que está por vir em um determinado dia;
Insônia: no início, você pode ter dificuldade em adormecer ou de permanecer dormindo a noite toda. Nos últimos estágios, a insônia pode se tornar uma provocação persistente e noturna em que você não consegue nem dormir;
Esquecimento e dificuldade de concentração e atenção: a falta de foco e o leve esquecimento, são sinais precoces. Mais tarde, os problemas podem chegar ao ponto em que você não consegue fazer o seu trabalho e tudo começa a se acumular;
Dores físicas: os sintomas físicos podem incluir dor no peito, palpitações cardíacas, falta de ar, dor gastrointestinal, tontura, desmaios e dor de cabeça;
Maior probabilidade de desenvolver outras doenças: como seu corpo está esgotado, o sistema imunológico fica enfraquecido, tornando-o mais vulnerável a infecções, resfriados, gripes e outros problemas clínicos relacionados a essa fraqueza;
Ansiedade: você pode ter sintomas leves de tensão, preocupação e nervosismo. À medida que você se aproxima do esgotamento, a ansiedade pode se tornar tão séria que interfere em sua capacidade de trabalhar de forma produtiva e pode causar problemas em sua vida pessoal.
Depressão: sentimentos de tristeza, ocasionalmente sem esperança, e você pode experimentar sentimentos de culpa e inutilidade como resultado. Na pior das hipóteses, pode se sentir preso, severamente deprimido.
Sinais de cinismo e desapego
Perda de prazer: no início, a perda de prazer pode parecer muito branda, como não querer ir trabalhar ou estar ansioso para ir embora. Sem intervenção, a perda de prazer pode se estender a todas as áreas da sua vida, incluindo o tempo que você passa com a família e os amigos;
Pessimismo: a princípio, isso pode se apresentar como uma conversa interna negativa e passando de um copo meio cheio para uma atitude de copo meio vazio. Na pior das hipóteses, isso pode ir além de como você se sente em relação a si mesmo e estender-se a questões de confiança com colegas de trabalho e familiares, e um sentimento de que não pode contar com ninguém;
Isolamento: nos estágios iniciais, isso pode parecer uma resistência moderada à socialização, ou seja, não querer sair para almoçar ou fechar a porta ocasionalmente para manter os outros fora. Quando avançada, pode ficar com raiva quando alguém fala com você, pode entrar cedo ou sair tarde para evitar interações.
Sinais de ineficácia e falta de realização
Sentimentos de apatia e desesperança: isso é semelhante ao que descrevemos sobre depressão e pessimismo, pois se apresenta como um sentido geral que nada está indo bem ou nada importa. À medida que os sintomas pioram, esses sentimentos podem se tornar imobilizadores, fazendo parecer “qual é o objetivo?”
Irritabilidade aumentada: irritabilidade, muitas vezes, resulta de se sentir ineficaz, sem importância, inútil, e uma sensação crescente de que você não é capaz de fazer as coisas de forma tão eficiente ou eficaz como antes. Nos estágios iniciais, isso pode interferir nas relações pessoais e profissionais, em termos mais avançados, pode destruir relacionamentos e carreiras.
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Síndrome de Burnout: tratamento
É importante você ter em mente que tanto os sinais de estresse, sintomas de ansiedade e a própria Síndrome de Burnout têm a possibilidade de tratamento.
A psicoterapia pode ajudar trabalhando o problema diretamente na causa, assim como o acompanhamento de medicamentos que ajudarão a reduzir alguns sintomas.
Além disso, é recomendável adotar outro estilo de vida, que inclua mais momentos de lazer, prazer e de atividades físicas que ajudem a aliviar os sintomas.
A questão medicamentosa, vale lembrar, deve ser feita apenas sob prescrição e acompanhamento médico, assim você garante a eficácia dos resultados e mais saúde para si.
Para testar e entender melhor a sua necessidade de ajuda em relação a ansiedade, não deixe de fazer o nosso Teste de Ansiedade. O teste é adaptado do teste científico Americano criado pelo Dr. Spitzer e Dr. William (GAD – Generalized Anxiety Disorder 7).
Como me estressar menos?
Segundo o psicólogo e especialista do Zenklub, Renisson Costa Araújo, “Diante da pergunta ‘como me estressar menos?’, a resposta não é exata, uma vez que o estresse – seja ele positivo ou negativo, faz parte da vida, não sendo possível selecionar livremente aquilo que vai ou não incomodar você.
O questionamento que, ao meu ver, se faz produtivo seria “como me estressar com o que realmente importa ou com o que vai me fazer crescer no trabalho?”.
Nisso, o profissional finaliza:
Muitas pessoas não têm ideia de como o estresse pode sabotar a saúde, tanto física e mental, e afetar negativamente suas vidas. Dados da Associação Psicológica Americana revelam que 34% dos americanos afirmam que o nível de estresse chegou a paralisá-los no último ano.
Busque ajuda
Se você percebe que seus sintomas indicam para um grau elevado de estresse ou para a Síndrome de Burnout, não deixe de buscar um psicólogo.
A desculpa da vida estar corrida pode ser substituída pelo contato com um psicólogo online do Zenklub, que pode te atender onde e quando você puder, tudo digital.
Agora se você percebe que essas características da Síndrome de Burnout atingem muitas pessoas ao seu redor, principalmente, com seus colegas de trabalho, indique ao departamento de RH o Zenklub, e receba mais esse cuidado com o seu bem-estar emocional, que irá melhorar e muito a sua vida e a produtividade, entre os benefícios que a sua empresa oferece aos colaboradores.
Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.