Os riscos à saúde do Isolamento no trabalho e como combater
O isolamento no trabalho significa o afastamento social e emocional dentro dos ambientes laborais, quando o colaborador vivencia a falta de conexão e a sensação de exclusão nas relações profissionais.
Essa situação não apenas gera impactos na motivação e no engajamento, mas também representa um risco psicossocial, comprometendo a saúde mental do trabalhador. Entenda como combatê-lo!
O que causa isolamento profissional?
O isolamento no trabalho pode se manifestar quando o colaborador se sente desconectado com a equipe e com o ambiente laboral.
Nesse caso, ele não consegue estabelecer interações significativas com os pares e gestores, percebe uma falta de apoio da liderança e também tem uma sensação de estagnação nos espaços laborais.
Essa desconexão com o ambiente de trabalho é considerada um risco psicossocial à saúde do trabalhador, conforme a ISO 45003. Entre as principais causas estão as seguintes:
- Cultura empresarial menos colaborativa;
- Falta de apoio entre os times;
- Desalinhamento de funções e responsabilidades;
- Tarefas repetitivas e monótonas;
- Falta de propósito no trabalho ou reconhecimento;
- Estruturas hierárquicas rígidas, que prejudicam a comunicação.
Isolamento no ambiente de trabalho e a legislação brasileira
A legislação brasileira, mais precisamente, a NR-1, determina que os fatores de riscos psicossociais, como isolamento corporativo, sobrecarga mental, assédio e falta de apoio sejam incluídos no GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais).
Essa obrigatoriedade, inclusive, está prevista no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que deve ser adotada por todas as empresas que tenham empregados expostos a riscos ocupacionais.
Dessa maneira, as organizações têm o dever legal de reconhecer, analisar e implementar medidas de controle para eliminar esses riscos, integrando-os ao SST (Segurança e Saúde no Trabalho).
Além da NR-1, essa obrigatoriedade também está prevista no artigo 157 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que define que a empresa está obrigada a zelar pela segurança e saúde dos seus trabalhadores.
Sendo assim, o isolamento no trabalho não deve ser visto apenas como uma questão organizacional e deve ser considerado um risco ocupacional regulado e real.
Ambiente profissional com rede de apoio
A lei brasileira reforça cada vez mais a obrigatoriedade das organizações de disponibilizar uma rede de apoio nos ambientes laborais para preservar a saúde mental no trabalho e prevenir o adoecimento mental.
A Lei nº 14.831/2024, que trata da saúde mental, instaura o Certificado Empresa Promotora da Saúde Mental, que determina que as empresas implementem programas de promoção da saúde mental e ofereça apoio psicológico e psiquiátrico.
A atualização da NR-1, em maio de 2025, tornou obrigatória a identificação e a gestão de riscos psicossociais, incluindo a criação de sistemas de apoio organizacionais e canais de escuta para prevenir o adoecimento mental.
Consequências do isolamento para a saúde
O isolamento corporativo pode gerar impactos sérios para a saúde mental do colaborador, como a fragilidade da autoestima, queda na produtividade, falta de confiança e enfraquecimento das relações, criando uma ambiente favorável a problemas mais sérios.
Segundo estudos, aproximadamente 20% dos colaboradores afirmam sentir-se sozinhos no trabalho, o que está ligado à queda de engajamento e ao menor desempenho.
Confira a seguir as consequências do isolamento nas empresas:
Impactos na saúde mental
Quando o colaborador se sente isolado no ambiente de trabalho, ele fica mais vulnerável a condições mentais, como estresse, ansiedade, desmotivação e até depressão.
Inclusive, pesquisas revelam que o isolamento social, mesmo esses nos ambientes laborais, está associado ao aumento de casos de depressão e ansiedade, o que aponta que essas situações são fatores de risco significativos para a saúde mental.
Sinal de problemas mais graves
O isolamento no trabalho de forma contínua pode indicar diferentes situações mais sérias nos ambientes laborais, como:
- Desenvolvimento de transtornos mentais;
- Exclusão sistemática da empresa;
- Assédio moral persistente.
Esses sinais revelam problemas mais graves, exigindo atenção precoce para impedir o agravamento dos sintomas.
Produtividade corporativa e saúde mental
Sob a ótica organizacional, o isolamento no trabalho também compromete diretamente a produtividade, gera maior estresse e aumenta o risco da Síndrome Burnout.
Isso reflete-se diretamente no desempenho, no clima organizacional e na sustentabilidade dos times, impactando os índices de absenteísmo, rotatividade e também o engajamento dos colaboradores, aumentando os custos com saúde.
Cultura empresarial: como combater o isolamento e promover conexão
Para combater o isolamento no trabalho, as empresas precisam adotar ações estruturadas e contínuas para a construção de uma cultura e um ambiente profissional saudável e colaborativo.
Investir em práticas que incentivem a valorização das pessoas, a sensação de pertencimento e as trocas, ajuda a fortalecer vínculos e prevenir a solidão no trabalho.
Confira algumas estratégias eficiente para evitar o isolamento nas empresas:
Rede de apoio eficaz nas empresas
- Estabeleça espaços de escuta ativa, com rodas de conversas sobre a importância do bem-estar no trabalho:
- Crie programas de integração para melhorar o clima organizacional e a interação de novos colaboradores de profissionais experientes;
- Disponibilize suporte psicológico contínuo os trabalhadores;
- Promova eventos, ações de voluntariado, momentos de lazer para fortalecer o sentimento de pertencimento.
Essas ações ajudam a construir uma rede de suporte, reduzindo a sensação de isolamento no ambiente de trabalho.
O papel da liderança em um ambiente inclusivo
Os gestores têm papel fundamental para prevenir o isolamento corporativo, identificando sinais de afastamento e incentivando uma comunicação aberta.
Dessa forma, realize acompanhamento individual, com reuniões mensais, para reconhecer as dificuldades do dia a dia e oferecer apoio ou outros recursos necessários.
Os líderes devem também criar metas que incentivem a colaboração e não somente o desempenho profissional individual. Lembre-se que a empatia e o exemplo ajudam a construir espaços inclusivos e emocionalmente saudáveis.
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