Comitê de saúde e segurança no trabalho: o que é e como implementar
O comitê de saúde e segurança no trabalho é composto por diferentes áreas da empresa e tem como objetivo promover melhorias nas condições laborais, prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
Esse grupo atua na avaliação dos riscos, na sugestão de melhorias e no acompanhamento das ações de proteção à saúde e integridade dos trabalhadores.
Confira!
Índice- Por que investir em um planejamento estruturado de saúde mental?
- Estrutura e composição ideal de um comitê de saúde e segurança
- Passo a passo para implementar um comitê de saúde e segurança
- Principais atividades e responsabilidades do comitê
- Como avaliar a eficácia do comitê de saúde e segurança?
- Desafios comuns e como superá-los
- Resultados positivos com programas de bem-estar do Zenklub
Por que investir em um planejamento estruturado de saúde mental?
Investir em um planejamento estruturado de saúde pode trazer uma série de ganhos tangíveis e intangíveis para as empresas, especialmente, ao implementar um comitê de saúde e segurança no trabalho.
Benefícios tangíveis:
- Diminuição de acidentes de trabalho: trabalhadores com a saúde mental equilibrada trabalham com maior foco e autocontrole, garantindo mais segurança na execução das atividades.
- Redução do absenteísmo: ações de prevenção à saúde mental ajudam a diminuir os afastamentos por motivos de condições psicológicas, pois oferecem apoio antecipado aos colaboradores, evitando que os problemas se agravem.
- Conformidade legal: a NR-1, atualizada em maio de 2025, tornou obrigatória a consideração de fatores psicossociais nos riscos ocupacionais das empresas. O descumprimento pode gerar multas e sanções.
Benefícios intangíveis
- Melhora da produtividade: colaboradores saudáveis física e mentalmente costumam tendem a trabalhar com mais concentração, energia e criatividade, o que reflete em melhores resultados para a organização.
- Melhoria do clima organizacional: empresas com espaços laborais saudáveis observam maior cooperação entre as equipes, redução de tensões e uma maior segurança psicológica.
- Maior retenção de talentos: organizações com cultura de cuidado e prevenção em saúde mental são mais valorizadas no mercado, atraindo e mantendo profissionais qualificados e engajados.
Segundo dados do Fundacentro, o Brasil contabiliza 83,65 acidentes de trabalho por hora, o que totaliza aproximadamente 732.751 casos em um ano.
Para ter uma ideia, entre os anos de 2006 e 2022, cerca 18 mil notificações de transtornos mentais foram ligadas ao trabalho
Diante desse cenário alarmante, a constituição de um comitê de saúde e segurança no trabalho com atuação, a empresa consegue ter uma atuação direcionada para questões que envolvem a saúde mental, além de demonstrar compromisso real com o bem-estar dos colaboradores.
Essa iniciativa também é percebida pelos colaboradores, que passam a se sentir mais valorizados e cuidados pela empresa, incentivando o engajamento, um melhor desempenho profissional e uma melhoria na retenção de talentos.
Benefícios para a saúde mental dos colaboradores
- Diminuição da ansiedade, estresse e transtornos mentais mais graves;
- Melhora do foco, na criatividade e no desempenho das tarefas;
- Aumento do engajamento, da motivação e melhora na satisfação no trabalho;
- Fortalecimento das relações e da comunicação entre os colaboradores;
- Maior resiliência para enfrentar diferentes situações, como crises, mudanças e desafios do dia a dia;
- Redução de conflitos internos.
Estrutura e composição ideal de um comitê de saúde e segurança no trabalho
A composição e a estrutura ideal de um comitê de saúde e segurança no trabalho deve ser a seguinte:
Profissionais necessários:
- Recursos Humanos;
- Médico do trabalho ou enfermeiro do trabalho;
- Técnico de segurança;
- Psicólogo com experiência em aspectos psicossociais;
- Representantes dos trabalhadores;
- Supervisores, gerentes ou coordenadores.
A quantidade de membros também pode variar conforme o porte da empresa:
- Empresa pequeno porte (até 50 funcionários): 5 a 7 membros
- Empresa de médio porte (50 a 200 colaboradores): 7 a 11 membros
- Empresa de grande porte: (superior a 200 colaboradores): 11 a 15 membros (ou mais, caso haja várias muitas unidades ou divisões).
É importante destacar que o comitê de saúde e segurança no trabalho deve ter uma atuação consultiva, analisando os riscos psicossociais presentes no ambiente de trabalho, indicando melhorias e intervenções, além de acompanhar as ações realizadas.
Os especialistas em saúde mental, como psicológicos ou terapeutas, devem oferecer suporte técnico para a identificação de riscos, diagnósticos e promover capacitações para conscientizar sobre a importância do equilíbrio emocional no ambiente de trabalho.
Já os representantes dos trabalhadores devem atuar como porta-vozes das demandas das equipes.
Por sua vez, a liderança deve promover e incentivar a cultura de cuidado, garantindo que todos os integrantes do comitê de saúde e segurança no trabalho possam monitorar os indicadores e cumprir as metas estabelecidas.
Para sua efetividade, é importante que o comitê de saúde e segurança no trabalho promova encontros periódicos. Em organizações maiores, recomenda-se que as reuniões ocorram mensalmente; já em empresas menores, a indicação é a cada 45 a 60 dias.
Além disso, o ideal é que os encontros tenham pautas pré-definidas, registros em ata e espaço dedicado a discussões com os trabalhadores.
No entanto, a regularidade, a duração e o formato devem ser analisados constantemente, para atender às necessidades dos membros do comitê de saúde e segurança no trabalho e da empresa.
Passo a passo para implementar um comitê de saúde e segurança no trabalho
Para implementar um comitê de saúde e segurança no trabalho, as empresas precisam seguir um passo a passo:
- Iniciar pelo planejamento e definição de objetivos: estabeleça os objetivos do comitê, garantindo o alinhamento com as exigências legais e as necessidades da empresa e dos colaboradores.
- Selecionar membros, definir papéis e estruturar primeiras reuniões: incluir profissionais de diferentes setores, gestores e especialistas em saúde mental para obter uma diversidade de perspectivas.
- Definir prioridades, planos de ação e comunicação interna: levante os riscos urgentes, crie um cronograma de iniciativas, e estabeleça canais de comunicação para informar sobre as ações do comitê de saúde e segurança do trabalho.
- Promover treinamento para os membros: capacite os profissionais sobre fatores psicossociais, saúde mental, comunicação assertiva e gestão de riscos.
- Acompanhar indicadores e revisar ações periodicamente: avalie resultados a partir de métricas, como clima organizacional, acidentes, absenteísmo, presenteísmo e turnover para promover os ajustes necessários nas ações.
Principais atividades e responsabilidades do comitê
O comitê de saúde e segurança no trabalho possui responsabilidades centrais para a promoção da saúde e a garantia da integridade física e mental dos colaboradores.
Nesse sentido, as principais atividades estão relacionadas à identificação dos riscos psicossociais nos espaços laborais para propor ações corretivas e medidas preventivas para eliminá-los.
O comitê de saúde e segurança no trabalho deve atuar na educação e conscientização dos trabalhadores por meio de campanhas, capacitações, palestras e debates que fortaleçam a compreensão sobre a importância da saúde mental e segurança emocional.
Outras atividades incluem ainda o monitoramento frequentes de indicadores essenciais para um ambiente de trabalho seguro, como clima organizacional, taxas de absenteísmo, turnover, registros de acidentes, notificações de doenças ocupacionais, etc.
Essas informações demonstram a realidade do ambiente laboral, permitindo que gestores identifiquem pontos de melhorias, priorizem ações e promovam ajustes contínuos para garantir a saúde e segurança no trabalho.
Lembrando que todas as medidas adotadas, decisões e planos de ação devem ser registrados em ata para garantir a transparência, o acompanhamento e a continuidade das ações ao longo do tempo.
Ações específicas para promoção da saúde mental
De maneira prática, o comitê de saúde e segurança no trabalho pode organizar ações específicas, como campanhas e palestras sobre temas sobre saúde mental, como gestão de estresse, resiliência, autocuidado e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Além disso, o acompanhamento dos fatores que impactam diretamente o bem-estar no trabalho também devem fazer parte das ações do comitê, como comunicação interna, carga de trabalho excessiva, falta de autonomia, relações conflituosas e liderança tóxica para propor melhorias junto às lideranças dos setores.
Uma ação importantíssima para a promoção da saúde mental nos ambientes de trabalho é incentivar a implementação de programas de apoio psicológico corporativo para oferecer suporte emocional completo.
O Zenklub, uma plataforma focada em saúde mental, oferece atendimentos psicológicos, conteúdos de autoconhecimento e bem-estar, garantindo suporte emocional especializado às equipes.
É importante ainda analisar a eficácia dessas iniciativas, por meio de indicadores específicos e comparar resultados antes e depois da implementação das ações para realizar ajustes e garantir que as ações gerem impacto real no dia a dia dos profissionais.
Como avaliar a eficácia do comitê de saúde e segurança?
Para avaliar a eficácia do comitê de saúde e segurança, é preciso adotar uma abordagem ampla, considerando os indicadores, os dados das auditorias internas periódicas e os resultados obtidos a partir dos ajustes realizados de forma contínua.
Entenda como fazer:
Indicadores-chave para acompanhamento:
- Pesquisas de clima com os colaboradores: pesquisas, entrevistas ou canais anônimos e questionários de satisfação.
- Ocorrências de acidentes de trabalho ou quase-acidentes: números, tipos, frequência e gravidade;
- Afastamentos e absenteísmo: analisar os motivos, considerando aspectos físicos e psicológicos relacionados, principalmente ao trabalho;
- Níveis de estresse: aplicar escalas padronizadas, como a autoavaliação;
- Índices de retrabalho ou ajustes: ações que foram revisadas;
- Adesão a programas: percentual de participação dos trabalhadores em treinamentos ou campanhas;
- Cumprimento de ações planejadas: percentual de medidas implantadas que foram finalizadas no prazo definido.
Além disso, a eficácia do comitê de saúde e segurança no trabalho também deve ser monitorada por auditorias internas regulares para analisar se as ações propostas estão sendo adotadas conforme o planejado e o quanto cumprem os objetivos definidos.
A partir desses resultados, os membros do comitê de saúde e segurança no trabalho podem revisar os planos de ações, as demandas prioritárias, redefinir metas e prazos, realocar recursos ou aprimorar as estratégias de comunicação.
Essa abordagem contínua de análise e as correções possibilitam que o comitê de saúde e segurança no trabalho se mantenha eficiente e alinhado às necessidades reais dos colaboradores e da empresa.
Desafios comuns e como superá-los
Mesmo quando o comitê de saúde e segurança no trabalho é bem estruturado e alinhado com as necessidades da empresa e dos trabalhadores, é comum enfrentar dificuldades ao longo do processo.
Um dos principais desafios está relacionado à falta de engajamento de colaboradores e gestores que, em muitos casos, não compreendem a importância da saúde mental no ambiente de trabalho, tratando o tema como secundário.
Outro obstáculo é a presença de preconceitos e estigmas, além de uma resistência cultural, que impede que os colaboradores identifiquem ou mesmo manifestem suas reais necessidades.
Em muitas empresas, o comitê de saúde e segurança no trabalho também enfrenta a limitação de recursos escassos, como pouco orçamento, falta de tempo das equipes ou incentivo institucional.
A mensuração dos resultados em saúde mental também é uma dificuldade em muitas empresas, visto que os indicadores são menos palpáveis, o que pode influenciar diferentes fatores externos, tornando esse acompanhamento mais complexo.
Para superar esses obstáculos, confira algumas estratégias:
- Capacitação de líderes para identificar sinais de adoecimento e disseminar cultura de cuidado.
- Comunicação estratégica com casos reais e gestores engajados para reforçar a importância do tema.
- Ações de reconhecimento como premiação para profissionais ou setores que participaram ativamente das iniciativas.
- Investir em parcerias com plataformas e instituições de saúde mental para ampliar o acesso a apoio especializado.
Com dedicação, paciência, adaptabilidade e foco nas necessidades reais da organização, o comitê de saúde e segurança no trabalho pode se tornar uma iniciativa eficaz, estratégica e consistente.
Resultados positivos com programas de bem-estar do Zenklub
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