Mau humor todo mundo tem e tem dias que é impossível disfarçar, não é mesmo? Mas você sabia que o mau humor contínuo pode sinalizar um tipo de depressão mais branda? Sim, e esses sintomas tem um nome: distimia.
Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), a depressão afeta quase 11 milhões de pessoas só no Brasil.
Por isso, vamos responder aqui o que é distimia, quais são os seus sintomas, tratamentos e como você pode fazer para melhorar a sua qualidade de vida.
Embora seja uma expressão da depressão, a distimia também é conhecida como doença do mau humor ou Transtorno Depressivo Persistente.
Ou seja, nessa doença você identifica sintomas de depressão leve por até 2 anos e durante praticamente todos os dias.
Não é uma tarefa simples identificar a doença ou diagnosticá-la. Por isso, é tão importante estarmos atentos aos sintomas e a frequência com que eles aparecem.
Contudo, dificilmente uma pessoa com distimia sabe dizer quais são as causas. Mas iremos detalhar mais a frente algumas possibilidades e fatores de risco.
Em geral, quem sofre com a distimia possui a autoestima baixa, perde o interesse em fazer as coisas do dia a dia, tem queda na sua produtividade, performance e se sente sempre inadequado aos ambientes e situações.
Além disso, crianças e adolescentes podem ter distimia também, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. Isso porque os sintomas se confundem com a própria personalidade deste jovem ainda em formação.
Assim como na depressão, não se sabe ao certo qual é a causa da distimia, mas ela pode estar ligada a fatores bioquímicos, genéticos e ambientais.
Os fatores bioquímicos são aquelas mudanças que acontecem no cérebro e são identificadas por profissionais especializados.
Assim como na depressão, na distimia também há também um desequilíbrio químico dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina.
Não podemos dizer que há um gene específico para a depressão, mas a distimia, assim como a depressão, pode vir por hereditariedade.
Por isso, pessoas com pais depressivos ou com outros transtornos psicológicos, têm uma maior chance de ter a doença e outras variações psicológicas.
Além disso, os casos de distimia e outros transtornos psicológicos podem iniciar também por fatores ambientais.
Ou seja, o seu dia-a-dia, sua casa ou lugar que você convive, situações e pessoas com quem você interage podem se tornar gatilhos para a doença.
Existem alguns fatores de risco que podem nos tornam mais propensos a sofrer com a distimia:
Além disso, entenda um pouco mais sobre outros distúrbios como síndrome do pânico, ansiedade, TOC, transtorno bipolar e dependência química.
Os sintomas da distimia são parecidos com a depressão crônica em graus mais leves, porém, podem durar por mais tempo. Entenda e fique atendo aos sinais como por exemplo:
Em crianças é comum que a distimia se apresente junto a casos de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), que, basicamente, está ligado à transtornos de ansiedade, problemas no desenvolvimento e aprendizagem, mau comportamento e irritabilidade.
Curiosidade: Antes dos 21 anos a distimia é considerada por especialistas como distimia de início precoce. Após esse período, é chamada de início tardio.
Além disso, vale lembrar que esse transtorno se desenvolve ao longo dos anos, então em cada um se manifesta de um jeito com diferentes graus e intensidades.
Se você apresenta esses sintomas que listamos – ou parte deles – e esses estão dificultando a sua vida, seus relacionamentos e profissão, sem dúvidas é a hora de buscar ajuda médica.
Quem pode diagnosticar a distimia é um psicólogo ou psiquiatra. Nesse caso, eles vão avaliar os seus sintomas, histórico médico e sua condição de bem-estar emocional atual.
Além disso, esses especialistas irão te ajudar a identificar e tratar o problema direto na causa.
No entanto, não há um tratamento único e tudo vai depender de cada caso particular, até porque essa doença varia de pessoa para pessoa.
Em geral, o tratamento é feito com a psicoterapia, que vai desenvolver suas habilidades de enfrentar situações estressantes, além de outras coisas.
Além disso, em casos mais difíceis, o psiquiatra pode receitar o uso de remédios. Mas vale lembrar que a automedicação pode ser muito perigosa, então siga as orientações do profissional.
Além do que falamos acima, há algumas coisas que você pode mudar no seu dia a dia para diminuir esse problema:
Não é possível prevenir a distimia, mas o diagnóstico precoce e o controle do estresse pode contribuir para uma vida mais tranquila.
O diagnóstico nem sempre é simples, mas podemos ajudar. Por isso, faça nosso teste de ansiedade e descubra seu nível de ansiedade. O questionário leva menos de 3 minutos para fazer e é uma adaptação do teste científico GAD – Generalized Anxiety Disorder 7.
Para você que convive com alguém com os sintomas da distimia, há algumas recomendações que podem ser preciosas para ajudar:
Além disso, caso você ou alguém próximo precise de ajuda, procure um profissional. O Zenklub é a maior rede vídeo-consultas com especialistas em bem-estar emocional, onde você tem acesso a mais de 100 especialistas a qualquer hora, de qualquer lugar. Estamos prontos para te atender no que precisar.