Saiba tudo sobre a bissexualidade
Se homossexual é quem sente atração por alguém do mesmo gênero e heterossexual, do gênero oposto, bissexual se atrai pelos dois gêneros? A resposta simples: sim. Mas sexualidade é um pouco mais complexo que isso.
O que significa ser bissexual?
A bissexualidade diz respeito à orientação sexual (e, via de regra, emocional também) de um indivíduo.
Diferentemente do homo ou do heterossexual, que tem seu interesse focado em um gênero, a pessoa bissexual sente atração pelo feminino, masculino e todos os gêneros que existem entre eles.
Isso quer dizer que, embora o nome possa dar a entender que é uma atração dual (um e outro), bissexuais podem ter interesse por pessoas que não se identificam nem como homem, nem mulher.
Porém, é importante ressaltar que, assim como qualquer grupo de pessoas, os indivíduos bissexuais são plurais. Ou seja: a maneira como o desejo romântico e sexual se manifesta varia de pessoa para pessoa, bem como suas preferências particulares.
Existe homem bissexual?
A bissexualidade não tem a ver com o gênero da pessoa com essa orientação. Sendo assim, homens e mulheres, cis ou trans, travestis e não-bináries podem se identificar como bissexuais. Afinal, orientação sexual não é a mesma coisa que identidade de gênero.
O que é bissexualidade?
Bissexualidade é um todo, identidade fluída. Não assuma que a bissexualidade é naturalmente binária ou poligâmica: que nós temos “dois” lados ou que nós precisamos estar envolvidos simultaneamente com dois gêneros para sermos seres humanos completos. De fato, não assuma que existem apenas dois gêneros.
Esse é um trecho do Manifesto Bissexual, publicado em 1990, na revista americana “Anything That Moves”. De acordo com o texto, a comunidade bi se manifestou contra preconceitos e se posicionou de maneira contundente sobre sua maneira de amar.
Bissexualidade é só uma fase?
Não. Ainda é muito comum achar que a bissexualidade é somente uma fase. Isso acontece porque atrelamos a sexualidade de alguém a quem ela se envolve no momento. Ou seja: não enxergamos pessoas em relacionamentos monogâmicos como bissexuais, mas hétero ou homossexuais de acordo com o gênero do parceiro ou parceira delas.
Por isso, fora da comunidade LGBTI+, a pessoa bissexual muitas vezes é interpretada como alguém que está experimentando, mas que logo vai voltar a ser hétero. Já dentro da comunidade, há pessoas que acham que a bissexualidade é somente uma transição para a homossexualidade.
Ambas as presunções são falsas e não levam em consideração as vivências reais das pessoas bissexuais. Inclusive, sobre esses preconceitos, o manifesto diz o seguinte:
Não interprete nossa fluidez como confusão, irresponsabilidade, ou inabilidade de assumir compromisso. Não equipare promiscuidade, infidelidade, ou comportamento sexual inseguro com bissexualidade. Esses são comportamentos humanos que atravessam todas as orientações sexuais.
Qual a importância da visibilidade bissexual?
Por conta de preconceitos, como os citados acima, e poucos debates sobre ser bissexual, essas pessoas muitas vezes se veem invisibilizadas. Sobre isso, o manifesto diz que “nós estamos frustrados com a imposição do isolamento e a invisibilidade vindas da expectativa de anunciar ou escolher uma identidade homossexual ou heterossexual”.
Esse sentimento de ser invisível pode ter impactos severos na saúde mental de uma pessoal. Afinal, todos sentimos a necessidade de validação e reconhecimento para a boa manutenção do bem-estar.
Bissexualidade e terapia
A terapia pode ser um recurso muito importante o fortalecimento de uma pessoa bissexual – muitas vezes, um recurso necessário.
Há pesquisas que apontam que bissexuais correm um risco maior de sofrer de ansiedade e depressão do que homossexuais, além de serem mais propensos a tentarem se suicidar.
Ao compararmos mulheres bissexuais com homossexuais, vemos que “em relação às mulheres lésbicas, as bissexuais têm 64% mais chance de enfrentar distúrbio alimentar, probabilidade 37% maior de sofrer com automutilação e estão 26% mais propensas a sofrer com quadros de depressão”, segundo publicação do G1. E vale dizer que pessoas homossexuais já estão mais vulneráveis a acometimentos emocionais que heterossexuais.
Portanto, se você se identifica como bissexual e está passando por um momento difícil, considere a terapia como uma forma de se cuidar. Além disso, caso você conheça alguém que seja bi, ofereça apoio, se ela precisar, e converse sobre as opções de terapia. Confira no Zenklub essa e outras informações que podem te ajudar.
Eu tenho orgulho de ser Bissexual
Nós homens, somos “avaliados” pelas mulheres, como melhores amigos entre nós e quando surge atração com homem que é amigo, o relacionamento conjugal flui muito bem.
Olá. Sou mãe de uma menina de 10 anos, sempre tivemos liberdade em conversar, ela me confessou “mãe eu acho que sou Bi” E desde então conversamos sobre o assunto é como essa experiência é nova pra mim, eu tô buscando me orientar tbm, pra que eu possa dar todo o suporte que minha BB merece! Me ajudem!!!
Renata, muito bom que esteja se orientando e procurando informações para dar esse apoio emocional à sua filha!
Aos 20 anos, minha primeira vez, relação, foi com homem bissexual: de colegas passamos a amigos e depois (veladamente) namorados! Nos últimos anos, conheci bissexuais, mesmo com curso superior, o mais “resolvido” apenas me beijou. Quando “namorei” bissexual, em 1986, nem o fato dele ter mais idade impediu a relação e eram anos em que não se tinha a abertura que alcançamos, atualmente!
Ser bi é uma delicia, me sinto completa e realizada, chega de desejos reprimidos, não é fácil mas é maravilho viver sendo completa. Superei preconceito de família, de sociedade e os meu próprios condicionamentos, esta tudo no meu livro, um relato real que vai ajudar quem esta na dúvida a sair do armário de uma vez por todas. A vida é agora!!! bjsss https://www.topleituras.com/livros/saindo-armario-30-relacionamento-aberto-bissexualidade-poliamor-6bb6