Inteligência emocional e a contribuição para o seu avanço pessoal e profissional
por Zenklub | 16 julho, 2018 |

Inteligência emocional é um termo que se popularizou nas conversas corporativas no mundo inteiro. Mas você sabe o que ter essa característica significa? Você consegue aplicá-la no seu dia a dia? E como será que um especialista pode te ajudar a encontrar esse caminho de desenvolvimento emocional?
A melhor técnica para você desenvolver a sua inteligência emocional, sem dúvida é a informação. Por isso, trouxemos neste artigo tudo que você precisa saber sobre esse termo, dicas e a avaliação dos nossos especialistas.
O que é inteligência emocional?
O conceito de Inteligência Emocional surgiu em 1990 e foi proposto pelos pesquisadores Peter Salovey (Universidade de Yale) e John Mayer (Universidade de New Hampshire), que o definiram como “a habilidade para controlar os sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar essa informação para guiar as ações e os pensamentos”.
Ou seja, é a sua capacidade de identificar e administrar em si próprio e nas pessoas com as quais você interage, as emoções que estão sendo vividas em diferentes momentos.
O conceito só se popularizou cinco anos depois, com a publicação do livro “Inteligência Emocional” (Editora Objetiva), do psicólogo californiano Daniel Goleman. Com base no conceito de Salovey e Mayer, Goleman acrescentou às habilidades cognitivas atributos de personalidade, como a capacidade de motivar a si mesmo, de controlar os impulsos, de sentir empatia e confiar nos demais, dentre outras, criando o que ele chamou de modelo misto que é dividido em cinco domínios.
Os 5 domínios da inteligência emocional
- Domínio das próprias emoções: refere-se a sua autoconsciência, incluindo autoconfiança e a capacidade de reconhecer um sentimento quando ele ocorre e assim controlá-lo para ter maior autonomia sobre a própria vida;
- Lidar com emoções: é a sua habilidade para lidar apropriadamente com os seus sentimentos, confortando-se ou livrando-se das emoções negativas;
- Motivar-se: quando você cria uma meta emocional para ser atingida, desenvolvendo, a partir da ferramenta de autocontrole emocional, a automotivação, otimismo e a criatividade. Entenda autocontrole emocional como repressão a impulsos e adiamento do prazer para atingir uma recompensa maior;
- Reconhecer as emoções nos outros: quando você tem a capacidade de reconhecer sinais sutis que exprimem o que as outras pessoas querem ou precisam;
- Lidar com relacionamentos: é a chave para a popularidade e a liderança. É quando você adquire a competência de lidar com as emoções dos outros e melhora o trabalho em equipe.
São tantas emoções
A psicóloga e especialista em abordagem junguiana do Zenklub, Simone Cortez, detalha melhor a importância do item 2 da lista de domínios da inteligência emocional:
“Com a vida moderna, corrida e competitiva, e com foco nos resultados, fomos perdendo a capacidade de entrar em contato com as nossas emoções. As emoções são tidas como fraquezas, principalmente no mundo corporativo. Através do autoconhecimento, conseguimos entrar em contato com nossas emoções e sentimentos. Podemos sentir onde cada situação nos toca. Podemos nomear sentimentos, aprender como lidar com eles e a exercitar a empatia”, diz.
Existem alguns caminhos para desenvolver essas habilidades, como explica a psicóloga do Zenklub, Claudia Comaru: “A inteligência emocional pode ser desenvolvida, por exemplo, através de técnicas de comunicação, de consciência corporal, de atenção plena. Através da prática com as situações do cotidiano é possível conhecer as “armadilhas” que podem afetar nossa percepção”.
A psicóloga Simone Cortez completa: “Existe um saber mais profundo dentro de nós, a chamada intuição. E ela só é acessada através das emoções. [É preciso que nós] deixemos a racionalidade para lidar com problemas de cálculos, por exemplo. Mas com questões que envolvam sentimentos, temos outras, muitas, ferramentas dentro de nós para usarmos”.
E o futuro?
Um relatório publicado em 2016 pelo Fórum Econômico Mundial afirmou que, até 2020, haverá uma mudança nas habilidades mais requisitadas para a maioria das ocupações. Muitas das alterações previstas para os próximos quatro anos dentro da chamada Quarta Revolução Industrial (marcada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas) estão ligadas às habilidades que ainda não podem ser realizadas pelas máquinas.
De acordo com o relatório, áreas como infraestrutura, mobilidade e finanças serão profundamente impactadas nos próximos anos. Nesse contexto, habilidades como capacidade de se adaptar e a flexibilidade ganham ainda mais importância quando se fala em competências profissionais.
Mas, o que os profissionais podem fazer por si mesmos quando as habilidades mais exigidas não são competências ensinadas em cursos de graduação ou especialização? A resposta é desenvolver a Inteligência Emocional, habilidade já tão valorizada por gestores e recrutadores.
“Profissionais com inteligência emocional tendem a tomar decisões mais conscientes do que aqueles que não possuem. Consequentemente podem fazer escolhas profissionais mais alinhadas com o seu propósito, sentindo-se mais satisfeitos com seu trabalho”, afirma Claudia Comaru.
Dicas para praticar a Inteligência Emocional
Além da ajuda de um profissional especializado, como psicólogos e coaches, você também pode começar a praticar alguns hábitos por conta própria para começar a entender como a inteligência emocional faz sentido na sua vida e no seu perfil pessoal e, principalmente, profissional. Veja as dicas:
- Observe e compreenda o seu comportamento diante das situações;
- Deixe de lado as emoções negativas;
- Exerça a sua capacidade de ter empatia;
- Não perca o foco diante de situações estressantes ou de ansiedade;
- Não descarte sentimentos pensando em fugir deles, aprenda a compreender todos eles;
- Encontre mais espaço para pensar e responder do que reagir por impulso;
- Respeite os seus limites.
Você é capaz
Por fim, e não menos importante, não se esqueça que você é um ser humano e possui a capacidade de desenvolver a inteligência emocional, independente em que estágio ou transição de vida você esteja. Busque ajuda, converse com as pessoas e se informe cada vez mais sobre como encarar esse desafio.
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Washington Rafael
abril 2, 2021 | 8:32 pm
Consegui encontrar esse post de forma aleatória, mas me serviu muito. Além dos transtornos que tenho da infância, tenho os que se encontraram também na vida adulta. Muito obrigado pelo post, e acredito que esse tipo de assunto deveria ser mais comum entre as pessoas. Meu muito obrigado.
Zenklub
abril 6, 2021 | 12:37 am
Washington, ficamos contentes que o texto tenha te proporcionado novas reflexões Obrigada por nos acompanhar!
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