Rivotril: tudo o que você queria saber
Rivotril é o nome comercial que a empresa farmacêutica Roche elegeu para o princípio ativo clonazepam. Mas o que é clonazepam? O que é Rivotril? Para que serve? Quais são os efeitos colaterais? Afinal, clonazepam dá sono? Devo usar Rivotril para dormir? Encontre respostas e outras informações importantes sobre esse medicamento a seguir. Acima de tudo, lembre-se que o uso desse medicamento deve acontecer somente sob prescrição e acompanhamento médico.
Introdução
Lançado na década de 1970, o Rivotril surgiu com a finalidade de tratar pacientes com epilepsia. Com o avanço dos estudos, a pergunta “Rivotril serve para que” ganhou outras respostas. Surpreendentemente, sua ação se mostrou eficaz também para outros tratamentos como síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e transtornos de humor.
Então, logo ganhou popularidade, figurando entre os remédios mais vendidos no Brasil. Este é um cenário que chama atenção por se tratar de uma medicação tarja preta, o qual deve ser usado somente sob prescrição e acompanhamento médico.
O que é Rivotril (clonazepam)?
Rivotril (clonazepam) é um medicamento da classe das benzodiazepinas – o mesmo de outros remédios como diazepam, lorazepam e alprazolam, por exemplo. Esse tipo de substância atua como anticonvulsivante, sedativo, relaxante muscular e hipnótico.
Por isso, ganhou a fama de pílula da paz – como se a bula do clonazepam prometesse tranquilidade e sono profundo. Mas a verdade é que entender sua fórmula e saber para que serve o Rivotril vai muito além disso.
A principal função do Rivotril é inibir o sistema nervoso central e agir no ácido gama-aminobutírico, que é um neurotransmissor. Portanto, a ação neste neurotransmissor provoca a redução da tensão, agitação e o estado de alerta.
Assim, o clonazepam diminui a ansiedade, ameniza crises e convulsões. Portanto, em linhas gerais, o efeito do Rivotril provoca uma sensação de calmaria e sonolência. Mas é claro que isso pode variar conforme o organismo e a necessidade de cada paciente.
Para que serve o Rivotril
De acordo com a bula do Rivotril, essa medicação é indicada para:
- Distúrbio epilético (para tratar crises epiléticas e espasmos infantis na síndrome de West)
- Transtornos de ansiedade
- Distúrbio do pânico com ou sem medo de espaços abertos
- Fobia social (medo de situações como falar em público)
- Transtornos do humor
- Transtorno afetivo bipolar (fases de depressão e mania)
- Depressão maior (associado a antidepressivos na depressão ansiosa e início do tratamento)
- Síndromes psicóticas
- Acatisia (inquietação extrema, geralmente provocada por medicamentos psiquiátricos)
- Síndrome das pernas inquietas (desconforto ou dor nas pernas que leva à necessidade de movimentá-las, prejudicando o sono)
- Vertigem e distúrbios do equilíbrio (náuseas, vômitos, desmaios, quedas, zumbidos e distúrbios auditivos)
- Síndrome da boca ardente (sensação de queimação na parte interna da boca, sem alterações físicas)
Quais são as contraindicações?
O Rivotril é contraindicado sobretudo para pacientes que:
- Tenham histórico, alergia ou hipersensibilidade a clonazepam ou a qualquer um dos excipientes do medicamento
- Apresentem insuficiência respiratória grave
- Possuam comprometimento do fígado
- Tenham diagnóstico de glaucoma agudo de ângulo fechado (caso paciente tenha glaucoma de ângulo aberto, o uso do Rivotril é permitido desde que esteja recebendo terapia apropriada)
- Estejam em tratamento de transtornos do pânico com histórico médico de apneia do sono
Gravidez e amamentação
Gestantes ou lactantes devem evitar o uso de Rivotril, pois existe o risco de prejudicar o bebê.
Abuso e dependência do Rivotril
Embora o Rivotril seja um remédio bastante eficiente, tem alto risco de dependência química e psicológica. O abuso e o aumento da dose, bem como o uso de drogas e álcool, elevam a possibilidade do vício.
Principais interações
O Rivotril pode interagir com outras substâncias. Por isso, é importante informar o seu médico e evitar a sua administração nos seguintes casos:
- Consumo de álcool
- Depressores do sistema nervoso central
- Medicamentos que agem no sistema nervoso
- Alguns medicamentos para o estômago
Efeitos colaterais do Rivotril
Em resumo, os efeitos colaterais do clonazepam costumam aparecer no início do tratamento. Conforme o corpo se habitua à medicação, alguns sintomas podem sumir naturalmente. Em outros casos, é necessário diminuir a dosagem ou suspender o remédio. Dito isso, os efeitos colaterais de Rivotril podem ser:
- Sonolência
- Dor de cabeça
- Problemas respiratórios
- Cansaço
- Gripe
- Depressão
- Vertigem
- Irritabilidade
- Insônia
- Fadiga
- Memória prejudicada
- Coordenação motora falha ou anormal
- Perda do equilíbrio
- Náusea
- Sensação de cabeça leve
- Sinusite
- Urticária
- Concentração prejudicada
- Distúrbios do sistema imunológico
- Doenças endócrinos
- Distúrbios psiquiátricos
- Doenças do sistema nervoso
- Problemas oculares
- Distúrbios cardiovasculares
- Disfunções respiratórias
- Distúrbios gastrintestinais
- Problemas musculoesqueléticos
- Distúrbios renais
- Distúrbios do sistema reprodutivo
Nomes comerciais
O Rivotril é o medicamento referência do princípio ativo clonazepam, só que não é o único. Ou seja, é possível encontrar genéricos e outras marcas disponíveis no mercado, como:
- Zilepam
- Clonazepam
- Clonasun
- Clopam
- Clonotril
- Navotrax
- Epileptil
- Uni Clonazepax
Dúvidas
Rivotril dá sono?
A saber, o Rivotril atua no sistema nervoso central. Em outras palavras, isso faz com que os efeitos do Rivotril sejam tranquilidade e sonolência. Por isso, muitos tratamentos requerem seu uso à noite, antes de dormir.
O grau de reação pode variar de pessoa para pessoa e de acordo com a dosagem. Recomenda-se ainda que o paciente não dirija veículos ou opere máquinas ao administrar o clonazapam. Isso porque a habilidade e a atenção podem ficar prejudicadas.
Quanto tempo dura o efeito do clonazepam?
O clonazepam ou Rivotril age rapidamente. Portanto, entre 30 e 60 minutos após a ingestão, o medicamento já começa a atuar no organismo. O efeito do Rivotril perdura por até 8 horas em adultos, e 12 horas em crianças.
As informações desta página foram disponibilizadas com fins puramente informacionais. Em hipótese alguma, elas devem embasar a autoprescrição ou indicação para terceiros. Sempre consulte um especialista sobre qualquer assunto relativo à sua saúde mental.
Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.
O revotril posso tomar ele só em caso de sos