Uma pesquisa realizada pela Pulses, revela que as empresas brasileiras carecem de políticas bem-estruturadas de Diversidade e Inclusão. Segundo os dados coletados entre mais de 6 mil respondentes, menos de 10% dos empregados declararam fazer parte de alguma minoria (negros, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência). 

Apenas 8% se declararam pretos; 4% não-binárie, pessoas trans e travestis; 8% LGBTI+; e só 3% relataram ter algum tipo de deficiência (visível ou não). Esses dados escancaram a necessidade de se falar sobre a importância da inclusão social.

Afinal, o que é inclusão social?

O pesquisador Romeu Kasumi Sassaki conceitua “inclusão social” como o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.

No entanto, a proposta da inclusão social vai muito além disso e consiste em uma maior variedade e diversidade de pessoas em uma equipe, desde a orientação sexual, passando por diferentes etnias e chegando até às necessidades especiais físicas e psicológicas.

O que diz a lei sobre a inclusão social

Em 2015, foi criada a Lei 13.146. A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, mais conhecida como a Lei Brasileira da Inclusão Social (LBI), visa incluir os PCDs para uma participação mais ativa na sociedade e combater a discriminação.

A premissa do Estatuto da Pessoa com Deficiência é assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades da pessoa com deficiência, tendo em vista a inclusão social e a cidadania.

Mas engana-se quem pensa que a lei só se refere à inclusão de pessoas com deficiências em relação à mobilidade física, principalmente os cadeirantes.

A norma considera que pessoa com deficiência é “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

A Lei 8.213/91, que dispõe sobre a Previdência Social, estabelece que empresas com cem colaboradores ou mais devem destinar de 2% a 5% das vagas às pessoas em reabilitação ou com deficiência. 

Sendo de 100 a 200 funcionários: 2%, de 201 a 500 funcionários: 3%, de 501 a 1.000 funcionários: 4% e de 1.001 funcionários em diante: 5%.

Qual o papel da iniciativa privada na inclusão social

Por meio da prática da lei, as empresas auxiliam na construção de uma sociedade mais tolerante, justa, equânime e que valorize a diversidade entre as pessoas. 

Essa contribuição é, na verdade, a maior parcela de contribuição social que a empresa poderá oferecer à sociedade. Contratando e estimulando pessoas com deficiência a desenvolver suas potencialidades no mercado de trabalho, a empresa estará auxiliando essas pessoas a ganharem autonomia e independência financeira, ajudando-as a melhorar sua autoestima. 

Assim, as atitudes de superproteção familiar tendem a diminuir, assim como as barreiras sociais, dando espaço ao exercício da cidadania às pessoas com deficiência.

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Por que a inclusão social se tornou um pilar nas empresas?

ESG: uma breve introdução

A inclusão social passou a se tornar um pilar nas empresas quando o conceito de ESG se ampliou. Trata-se da junção de três siglas de palavras que representam uma preocupação para as empresas atuais, são elas:

  • Environmental (ambiente);
  • Social (social);
  • Governance (governança).

Esse conceito é utilizado para se referir a boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais − que tratam dos impactos de uma companhia no meio ambiente −; sociais − que consideram a preocupação e a relação da empresa com a sociedade −, e os parâmetros de governança − que verificam a maior transparência e equidade entre a corporação e todos os seus acionistas.

A ideia principal é que empresas que adotam essas práticas fiquem menos suscetíveis a riscos externos, como riscos de mudanças regulatórias, em especial multas e sanções caso utilizem demasiada e/ou agressivamente os recursos naturais ou provoquem desastres ambientais.

Como o empreendedor pode contribuir para a inclusão social?

Empreendedores, que podem escolher sua equipe e fornecedores, podem fomentar muito a inclusão social contratando uma maior diversidade de pessoas ou contribuindo para diferentes causas. 

Uma equipe diversa poderá solucionar problemas de forma mais completa, pois possuem uma visão de mundo distinta e terão liberdade para expor opiniões e argumentos variados, muitas vezes opostos.

A diversidade pode ser combustível para uma atitude marcada pelo protagonismo e pela iniciativa. É quando empreendedorismo e inclusão social se encontram, o primeiro sendo resultado do segundo.

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Vantagens da inclusão social nas empresas

  • Atração e retenção da melhor força de trabalho
  • Mais representatividade entre os clientes
  • Melhora a imagem perante a sociedade e os acionistas
  • Formação de equipes diversas e mais criativas

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