Transtorno de Personalidade Borderline: o que é e como identificar
Você já ouviu falar da Síndrome de Borderline? Cerca de 1,7% da população vive com esse transtorno de personalidade. Entre pessoas que já fazem tratamento psiquiátrico, esse número que sobe para 15-28%. Mas, afinal, o que é o Transtorno de Personalidade Borderline?
O que é o Transtorno de Personalidade Borderline?
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um distúrbio caracterizado por instabilidade de humor, relacionamentos e comportamentos. Além disso, é um dos tipos mais conhecidos de Transtornos de Personalidade (que engloba outros como o transtorno de personalidade histriônica), sendo chamado também de Transtorno de Personalidade Limítrofe ou Síndrome de Borderline.
Borderline ou transtorno bipolar?
Embora alguns sintomas de transtorno de personalidade borderline sejam parecidos com os do transtorno bipolar, é possível estabelecer a diferença entre essas condições.
A primeira delas é em relação ao período de instabilidade.
No caso de quem possui o transtorno de borderline, a instabilidade ocorre várias e várias vezes ao longo do mesmo dia.
Por exemplo, pode ser que quem sofre com a personalidade instável fique triste e feliz dezenas de vezes em um intervalo de algumas horas.
No entanto, quem sofre de transtorno bipolar fica ao menos uma semana no estado alterado para que seja classificado como uma crise maníaca (que é o momento em a pessoa com o transtorno bipolar fica mais exaltada e impulsiva).
No caso da classificação de uma fase depressiva dos pacientes bipolares, deve-se, de acordo com o DSM-V, notar a persistência do humor atipicamente rebaixado por ao menos duas semanas.
Uma outra diferença marcante se dá em relação ao tratamento.
Ao passo que os sintomas do transtorno de personalidade borderline melhoram com a prática regular e consistente de psicoterapia, o transtorno bipolar geralmente se beneficia também de tratamento com medicamentos da classe dos estabilizadores do humor (cujo mais conhecido é o carbonato de lítio) que são prescritos somente por um psiquiatra.
Quais as causas do Borderline?
Apesar das causas do Borderline serem incertas, acredita-se que alguns fatores podem estar ligados à doença, como por exemplo fatores:
- Genéticos
- Ambientais
- Neurológicos
1. Influência da genética
Não existe um gene responsável, mas há algumas evidências de que o esse distúrbio pode estar ligado à genética.
Ou seja, estudos feitos com gêmeos mostraram que, se um deles sofre com o transtorno, há uma grande chance de que o outro também sofra.
Além disso, pessoas que têm um ou os dois pais com Borderline também têm chances maiores.
2. Ambiente familiar e traumas na infância
Muitas vezes, pessoas com Síndrome de Borderline relatam ter tido uma infância conturbada. Por isso, muitas vezes, a síndrome pode ser consequência de um ambiente familiar instável ou outros traumas.
Ou seja, fatores como ter pais de personalidade difícil ou viver em um ambiente de brigas podem estar ligados aos traços da personalidade Borderline.
Além disso, traumas como abuso emocional, verbal e sexual durante a infância também podem contribuir para essa e outras síndromes, como por exemplo o TEPT (Transtorno do estresse pós-traumático).
3. Alterações no cérebro
Alterações no cérebro também podem contribuir para o surgimento de traços Borderline.
Isso porque, a parte do cérebro responsável por regular as emoções são menores e mais ativas do que o normal nas pessoas com Borderline. Ou seja, isso é o que pode explicar a intensidade dos sentimentos.
Além disso, a parte responsável pelo autocontrole também é menor do que a de pessoas “saudáveis”, o que causa a impulsividade da pessoa que sofre de TPB.
Quais os sintomas de borderline?
Os sintomas de transtorno de personalidade borderline são bastante variáveis e imprevisíveis.
No entanto, observar com cautela alguém que tenha traços de instabilidade é importante para decidir quando ou não buscar um especialista.
Alguns dos possíveis sintomas de transtorno de personalidade borderline são:
- Instabilidade afetiva e mudanças de humor
- Mal-estar, irritabilidade ou ansiedade, que podem durar horas ou até mesmo dias
- Raiva ou ódio sem muita razão, intensos e de difícil controle
- Sentimentos de vazio e tédio
- Tentativas ou ameaças de suicídio e automutilação
- Relacionamentos instáveis e intensos, como o amor ou ódio, bom ou mau
- É comum que eles sejam impulsivos e compulsivos também em áreas como por exemplo nos gastos financeiros, sexo, drogas, álcool, vícios, comida e cleptomania
- Problemas em lidar com o abandono ou rejeição
- Crises de identidade: autoimagem, autoestima, sexualidade, gostos e valores instáveis
- Crises de paranoia temporária, devido ao estresse ou sintomas dissociativos graves
Além disso, os sintomas de TPB podem começar a aparecer na adolescência ou no início da vida adulta. No entanto, geralmente é mais difícil diagnosticar durante a adolescência, pois essa é uma fase que nós passamos por mudanças normalmente.
Como é feito o diagnóstico?
Não há um exame físico ou clínico, como o de sangue, que identificam os sintomas em pessoas com esse transtorno. Mas, o diagnóstico pode ser feito com um especialista em bem-estar emocional, como os psicólogos e médicos psiquiatras.
Para isso, o profissional vai avaliar o histórico médico, tanto da pessoa quanto de sua família, além de exames para excluir outras doenças mentais parecidas com o borderline, como a esquizofrenia ou até a depressão.
Além disso, um diagnóstico diferencial importante que se faz no transtorno de personalidade borderline é com o transtorno afetivo bipolar, em que, na fase de mania (mais exaltada), pode-se simular sintomas e sinais de um paciente borderline.
O transtorno de borderline tem cura?
Tecnicamente, não. Porém, com o tratamento certo, a pessoa que sofre com isso pode melhorar sua qualidade de vida e relações pessoais. Além disso, os sintomas costumam melhorar com o passar do tempo. Por volta dos 40 anos de idade, os sintomas começam a sumir.
Como é o tratamento para Borderline?
O tratamento para Borderline é feito em grande parte por meio da orientação psicológica, podendo estar associada a remédios estabilizadores de humor, antidepressivos e antipsicóticos.
Medicamentos
Não existe um medicamento específico para tratar o Transtorno, mas há certos remédios para controlar alguns sintomas da doença.
Os antidepressivos são usados para reduzir a sensação de vazio, os antipsicóticos para diminuir comportamentos impulsivos, os autodestrutivos e sintomas dissociativos e os estabilizadores de humor para diminuir a oscilação emocional.
Vale lembrar que você nunca deve se automedicar e que isso pode ser muito perigoso. Ou seja, só use remédios com a indicação de um profissional.
Terapia
Há três tipos de terapia que ajudam no tratamento de pessoas com o Transtorno de Borderline. Por isso, separamos algumas informações importantes para que você entenda melhor o que é cada uma:
- Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) ajuda a pessoa a identificar e transformar determinados comportamentos que podem ser ruins para si mesma e a outras pessoas. Nesta abordagem, o profissionais da psicologia orientam aplicações práticas para contenção da ansiedade e evitar comportamentos disfuncionais ligados à impulsividade e instabilidade.
Assim, com esse tipo de terapia, a pessoa aprende a lidar melhor com pensamentos paranoicos, entende e controla suas emoções e também reduzir a ansiedade. - Terapia Comportamental Dialética
Essa terapia tem como base o conceito de consciência plena. Uma vez que um dos maiores sintomas de transtorno de personalidade borderline é a impulsividade por não ponderar antes de tomar uma decisão ou dizer algo, a Terapia Comportamental Dialética ajuda a pessoa com Bordeline a estar mais no aqui e agora e ter relações mais saudáveis e funcionais.
Assim, essa forma de terapia ensina a ter mais autocontrole, lidar consigo mesmo, lidar com suas emoções e o estresse. - Terapia familiar ou matrimonial
Nessa terapia, a pessoa vai trabalhar seus relacionamentos, que podem ser muito abalados. A terapia familiar ajuda os familiares a entender e lidar melhor. Além de aprender técnicas para evitar conflitos e melhorar a comunicação.
Realizar terapia matrimonial é muito importante, pois um dos maiores sintomas de transtorno de personalidade borderline é a dificuldade de se construir relações sólidas e duradouras, justamente por conta da alta instabilidade. Com a orientação de um terapeuta, a relação a dois torna-se muito mais agradável, pois o profissional guia o casal a para crescer no amor.
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Como ajudar alguém com Borderline?
O transtorno também pode abalar muito os amigos e familiares, e é comum que seja difícil no início aprender a lidar. Mas, afinal, como você pode ajudar alguém com Borderline?
Além do apoio emocional, você deve sempre incentivar a procura de um especialista e que a pessoa frequente a terapia. É importante também ter paciência e acompanhar o tratamento mais de perto. Dessa maneira, você pode aprender melhor a lidar com as situações difíceis e de crise.
Em caso de uma crise ou emergência procure o profissional e peça ajuda. Caso a pessoa ainda não esteja em tratamento, procure um pronto-socorro ou a ajuda de um psiquiatra que vai atender e orientar como resolver a crise.
O mais importante é manter a calma mesmo em uma situação difícil. Além disso, procure ajuda! Você não precisa passar por isso sozinho.
Como dar o primeiro passo
Sabemos que, ainda hoje, a terapia pode ser vista como um tabu. Mas, a verdade é que investir nela é ter cuidado e respeito com o seu próprio bem-estar emocional.
Por isso, se você ou alguém próximo tem passado por problemas, procure ajuda! O Zenklub é a maior rede vídeo-consultas com especialistas em bem-estar emocional, onde você tem acesso a mais de 100 especialistas a qualquer hora, de qualquer lugar no que você precisar.
Para casos mais avançados, com chances de suicídio, tenha por perto o telefone do Centro de Valorização da Vida (CVV), com o número 141.
Conclusão
O transtorno de Borderline é um dos transtornos de personalidade mais comuns, afetando mais as mulheres e suscitando problemas não só para quem sofre, mas também para as pessoas ao redor.
Se você sofre do transtorno de borderline e deseja começar agora mesmo o seu tratamento, fique à vontade para recorrer a um dos mais de 4000 terapeutas disponíveis na Zenklub.
Lembre-se que o tratamento exige constância e regularidade para ter melhor eficácia.
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Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.
Parabéns pelo artigo que é muito instrutivo. Elucidou muito minha necessidade de entender sobre as características desse trastorno ou dessa síndrome.
Obrigada
Aurora, muito obrigada!
Ficamos muito contentes que o artigo tenha te auxiliado a entender um pouco mais sobre a Síndrome de Borderline
Vocês estão de parabéns pelo excelente artigo,muito esclarecedor, ajuda muito o entendimento a diferença entre bipolaridade e borderline.
Messias, muito obrigada! Muito bom saber que o artigo tenha te auxiliado a compreender melhor. Conte sempre conosco por aqui!
Artigo maravilhoso! Me esclareceu muito, pois convivo com uma pessoa que apresenta essas características.
Briolange, muito bom que tenha gostado! Ficamos felizes que tenha te ajudado a entender um pouco melhor sobre a Síndrome de Borderline
Esse artigo me tirou muitas duvidas relacionadas ao tema. Acreditava que minha esposa pudesse ter a Sindrome de Borderline, pois não é normal algumas atitudes que toma, temos 42 anos e estamos casados há 20 anos. Devido essa alteração no humor somado as agressividades verbais, pensava em me separar, mas após ler esse artigo e entender de que se trata, vamos seguir juntos em busca da cura emocional dela. Muitíssimo obrigado e parabéns a todos vocês.
André, ficamos contentes o que texto tenha te auxiliado a compreender um pouco mais a sua esposa e o que acontece!
Procurar conhecimento e apoio emocional não é fraqueza, não é mesmo?
Boa Noite!
segundo o texto os sintomas podem desaparecer após os 40 anos, mas é pode acontecer de pessoal com 50 ou mais ainda apresentarem sintomas?
pergunto isso pois, convivo com uma pessoa que acho que se enquadra nos sintomas, nunca foi diagnosticada com Boderline, mas faz tratamento pra depressão a mais de 20 anos e não tem melhora significativa.
Waltercley, obrigada pelo contato
Apenas um especialista poderá avaliar o caso pessoalmente, para entender exatamente quais os sintomas e as possibilidades de melhora!
Se tiver dúvidas sobre as sessões da nossa plataforma, conte conosco
Ótimo artigo. Sou diagnosticado com TPB, e não tenho dúvida disso. Mas para dar mais crédito a página, Britney Spears não é Borderline, mas sim Bipolar. Já Lindsay Lohan sofre problemas de dependência química.
Pedro, muito obrigada pelo contato e pelo apontamento. Ficamos contentes que tenha gostado do nosso texto. Conte sempre com o Zenklub!
Ola! Ótimo texto. Gostaria da referência, principalmente da informação de que os sintomas somem depois dos 40.
Boa tarde, Rosiene. Tudo bem? Atualizamos o texto com a fonte dessa informação!
Muito obrigada por nos acompanhar por aqui
Excelente texto. Muito esclarecedor!
Existe algum grupo em SP para terapia com pessoas que apresentam esse comportamento?
Meu marido encontra se internado para tratamento psiquiatrico e dependência do alcool, ele se enquadra nesse transtorno, vamos dar início ao tratamento agora, ele não aceita, mas estamos tentando e há 3 anos atrás ja iniciou um tratamento, ficando internado devido um estresse pós traumático, achávamos q ja tinha superado, mas o caso foi se agravando, ele é bariatrico e sofre de anemia profunda também. Tenho medo dele não se curar nunca mais.
Bom dia,
Muito bom esse texto. Vocês tem informação sobre grupo de apoio ou de orientação a familiares, de preferencia em Teresina/PI, em se tratando especificamente de adolescente com esse diagnóstico?
Grata.
Regina
Olá, Maria Regina. Tudo bem?
Orientamos que converse com um psicólogo ou terapeuta, para que possa encontrar informações e pedir orientações sobre grupos de apoio.
Lembre-se que procurar apoio não é uma fraqueza, e que não estão sozinhos.
Obrigada pelo contato!
Excelente e esclarecedor o texto. Pena que qdo fui colocar as estrelas só aceitou uma e eu queria dar as cinco.
Lígia, muito obrigada! Ficamos contentes que tenha gostado do nosso artigo
Olá boa noite.
Eu adorei o texto e agradeço muito por falarem do Borderline, sou casado a dois anos e minha esposa é diagnosticada com Transtorno de Personalidade Limítrofe e tudo tem sido extremamente difícil, ela faz acompanhamento com o psiquiatra e toma medicação, o problema é que mesmo com o acompanhamento e os remédios não é nada fácil, quando a medicação acaba se torna muito complicado a convivência até podermos ter outra consulta para renovação da receita, mas me sinto melhor ao ver que tem pessoas preocupadas em esclarecer e ajjdar e compreender melhor o Border.
Agradeço muito.
Werner, nós que agradecemos por acompanhar o nosso blog. A nossa missão é levar saúde emocional e bem-estar para cada vez mais pessoas.
Conte sempre com o Zenklub!
Bom dia, quando uma pessoa tem mais que 1 identidade como se chama ?
Olá, Julio.
Apenas um especialista poderá entender o que acontece e dar o diagnóstico correto.
Lembre-se que procurar apoio emocional não é uma fraqueza, e é muito importante na jornada de melhora!
Tenho uma vizinha que se enquadra nesses sintomas citados acima, ela tem humor alterados e nos agride com palavras cosntantemente , as vezes nai entendo pous ha trato bem! O seu humor é estranho nao sei se ela tem TPB mas se enquadra é muito dificil conviver com ela, nai tenho liberdade oara tocar no assunto .nao sei o que fazer . obgda! Precisava desabafar .
Gente! Acho que descobri meu problema. Desde criança sou irritada. Já fiz tratamento psiquiátrico para ansiedade e sempre fui agressiva em palavras e atitudes. Tenho Diabetes tipo 1 desde os 08 anos, hoje tenho 34. Sempre achei que era uma instabilidade hormonal, mas o meu humor oscila de uma hora para outra quando há algum gatilho. Estou tendo muitos problemas familiares com isso e com até desconhecidos. Já até pedi para o pessoal da minha família parar de ficar fantasiando uma esposa, mãe e filha ideal, porque não me enquadro nisso. Eu sou diferente, mas eles não entendem… acreditam que eu consiga controlar… sei que é errada a minha forma agressiva de ser às vezes, mas não consigo controlar e sou constantemente repreendido. Tenho tido pensamentos suicidas pelo meu incobtentamento com a minha “imperfeição”. Só não tomei nenhuma atitude mesmo, porque tenho medo de ir para o inferno kkkkk Estou vendo que preciso voltar ao psiquiatra urgente. Mas gostaria de saber: como fazer com que meus familiares entendam que se trata mais de um problema de saúde do que comportamental somente? Gostaria muito que eles entendessem isso e parassem de me julgar. Me sinto tão ruim, imperfeita em tudo…
Boa tarde!
Imagino que não seja fácil lidar com essa situação, mas lembre-se que não está sozinha e que procurar apoio emocional e ajuda não é uma fraqueza, e sim um passo muito importante no cuidado emocional!
Eu não sou psicóloga, mas posso orientar que converse com um especialista como um psicólogo ou terapeuta, para que receba o apoio e os cuidados necessários.
Qualquer dúvida sobre as nossas sessões online, conte conosco
Excelente artigo! Minha filha adolescente foi diagnosticada com TPD e a leitura do mesmo foi bastante esclarecedora uma vez que me ajudou a entender sua irritação e instabilidade emocional! Parabéns 👏👏👏
Ficamos contentes que o artigo tenha te auxiliado. Conte sempre conosco
Boa tarde, hoje é domingo, acabei de me irritar, por conta de algo que minha mãe falou tão fácil de resolver.
Bato sempre em minha cabeça com objetos, ou com as mãos, bati no meu rosto repetidas vezes, me mordo até ficar marca de sangue, e estou com 51 anos de idade, e me recordo que quando criança arrancava meus cabelos, comia papel e areia, me mordia.
Só dizem que sou chata, doida, me sinto a pior das pessoas, com essas atitudes de palavras e ações agrido até quem amo.
Nunca procurei ninguém, penso que é melhor pensar que estou perto de morrer.
Tenho vontade de chorar, mas endereço meu coração, minha alma entristece com isso, creio que Deus não me aceitará, mas rezo todos os dias.
Bem, não sei o que fazer, não me sinto mais capaz de trabalhar, sou burra.
Acho que não valho mais nada, não tenho a quem pedir ajuda🤦♀️
Olá, tudo bem? Agradecemos o relato, reconhecer o que sente exige muita coragem
Saiba que você não precisa passar por isso sozinha e que procurar apoio emocional é um passo muito importante!
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Qualquer dúvida, conte conosco
Olá boa noite, adorei o seu Artigo. Ele me serviu de grande esclarecimento pessoal. Eu sou uma garota bem nova, completei 16 anos em maio e tenho 5 anos de tratamento psiquiátrico com auxílio de remédios controlados, em certa época da minha infância em plenos meus 9/10 anos eu vivenciei uma agressão onde eu fui de grande plateia para aquele espetáculo sombrio. Desde então comecei a ter crises de ansiedade e automutilação constante como forma de me castigar por tudo de ruim que acontecia a minha volta, tentei meu primeiro suicídio com 11 anos e a partir daí tudo piorou. Eu sofria muito bullying na escola, as pessoas me batiam, algumas abusavam de mim ou até mesmo me humilhavam no pátio da escola na frente de todo mundo na época eu não contava nada pros meus pais, nem dos abusos e nem das agressões que por algum motivo eu sentia que era o único jeito de eu me sentir de certa forma “importante”. Quando eles ficaram sabendo de tudo que acontecia, eles me mudaram de escola e me proibiram de sair de casa, pois eu andava tendo crises muito fortes de raiva e ansiedade onde em uma dessas crises eu tentei machucar minhas irmãs mais novas que na época tinham 1 ano. No decorrer do tempo eu continuei com a automutilação e já tinha passado com mais de 4 psiquiatras diferentes mas nenhum deles sabiam como me ajudar. Aos 14 anos comecei a tomar remédios tarja preto por conta da depressão e mais alguns outros remédios por causa das oscilações de humor e ansiedade: desde então, troquei mais duas vezes de psiquiatra e hoje tenho diagnóstico de Borderline mesmo que não seja de total certeza de meu médico. Eu nunca tinha pesquisado a fundo sobre o que era ser borderline e apenas me contentava em saber o básico, mas depois de ler este artigo sinto que preciso conversar melhor com meu psiquiatra a respeito do meu laudo médico.