Do Latim movere que significa mover, motivação é aquela força interna que todos nós buscamos em si para alcançar nossos objetivos, seja ele na vida pessoal ou na carreira. Nem sempre é fácil estar motivado, não é mesmo?

Além disso, vemos por aí um monte de guias de como se motivar, mas se não entendermos realmente o que é e como a motivação é gerada em você, tudo pode ir por água abaixo. Aqui vamos justamente entender o que é motivação e, principalmente, como podemos nos encontrar com esse estímulo para darmos o melhor de si e atingir essa força interior.

O que é motivação?

Como já antecipamos e não há definição melhor, a motivação é aquele empurrão e condição indispensável para irmos atrás dos nossos sonhos, propósitos, objetivos e metas. Não é algo que se compra, é algo que se sente, se vibra e irradia.

Mahatma Gandhi já dizia, “A força não vem da capacidade corporal, e sim da vontade da alma”. E assim, a motivação se torna algo muito mais interno e do nosso emocional.

Me dê motivos!

Para nós, seres humanos, nossos motivos em viver podem ser divididos em inconscientes e conscientes. Parece complicado, mas é bem clara essa divisão:

Motivos primários são aqueles que são relevantes para a nossa existência, como as necessidades fisiológicas, como beber água, ir ao banheiro, alimentar-se e dormir. Já os motivos secundários são aqueles que variam de intensidade e importância ao longo dos anos, como ter determinado afeto, alcançar alguma realização e ter autoestima.

É claro que de forma mais popular, sabemos que existe muita gente que busca motivação para emagrecer, para ir a academia, para fechar um projeto acadêmico, para fazer um curso novo, entre outros. Esses eventos que nos deixam em estado de motivação também são chamados de incentivos.  

Há ainda quem classifique em motivação intrínseca, aquela que é inata ou inerente e não depende de influências externas para as pessoas fazerem acontecer, ou motivação extrínseca, que é dada por uma recompensa ou um incentivo que faz com que a pessoa tenha vontade de agir. Um bom exemplo de motivação extrínseca são os bônus e incentivos que as empresas premiam seus funcionários por atingir determinado resultado.

De uma maneira geral, a motivação está conectada com os seguintes pontos:

  • Intensidade: refere-se a quantidade de esforço que você utiliza para desempenhar algo;
  • Direção: pode ser pessoal ou organizacional e refere-se ao seu foco e objetivo do seu esforço;
  • Persistência: refere-se ao tempo que você despende para conseguir alcançar a sua meta.

Motivação pessoal: alguns passos

Você já deve ter percebido que sem motivação não vamos a lugar nenhum e deixamos de lado nossos objetivos e sonhos. Por isso, separamos aqui algumas dicas de como você pode dar o seu melhor e trabalhar a sua automotivação.

Seja Positivo

Muitas dificuldades podem aparecer no meio do caminho quando nos propomos a concretizar algo, mas mesmo que essa força negativa dos erros e obstáculos pareça mais forte, tente encontrar o lado positivo e nutra a sua mente com essa condição.

Comprometa-se

Já que você definiu um propósito e a sua meta, não perca de vista o compromisso que você precisará ter para alcançá-la. Estabeleça prioridades, crie um prazo para concluir e transforme suas palavras em ações.

Seja resiliente

A resiliência é a sua capacidade de dar a volta por cima diante das dificuldades e retomar o percurso da vida. Ser uma pessoa resiliente irá te mostrar novos aspectos, mais positivos, das suas dificuldades, por isso, procure essa habilidade dentro de você.

Faça o teste de resiliência.

Supere-se

Superar a si mesmo é competir com você e com o seu possível desânimo durante o seu percurso. Competir não é passar por cima de alguém a qualquer custo e ser o primeiro não significa ser exatamente o melhor, mas use a força motivadora da competição para seguir em frente.

Anote os seus passos

Mais do que palavras e da plena consciência das suas conquistas, deixar essas evoluções registradas podem ser um incentivo para os momentos de fraqueza. Ao olhar o que já foi vivido você irá perceber que é capaz.

Expectativa X Realidade

Definir qual a sua meta é muito importante, mas você já parou para pensar como você pretende estar e o que quer sentir quando chegar lá? Faça esse exercício para que não haja frustração na linha de chegada.

Valorize-se

Conquistou uma etapa? Comemore! Chegou a sua meta? Premie-se! Quando você valoriza todas as etapas do processo pessoal de evolução de um objetivo, você se conecta com si próprio e desenvolve novas habilidades de autoconhecimento e inteligência emocional.

Como melhorar a motivação profissional?

Em primeiro lugar, para motivar os funcionários é preciso entender como eles se motivam.

Assim, as medidas tomadas serão muito mais assertivas.

De fato, a lógica da motivação no trabalho segue, de uma forma geral, o mesmo racional da motivação fora do meio laboral. 

Dessa forma, os colaboradores se sentem tão mais valorizados à medida que seus objetivos com o trabalho em questão são satisfeitos.

Alguns exemplos de objetivos comuns dentre os trabalhadores são:

  • Receber rendimentos justos;
  • Receber bonificações por seus bons resultados;
  • Estar em um ambiente de trabalho leve, em que profissionalismo e bom humor são dosados em equilíbrio;
  • Participar do processo decisivo, tendo espaço para manifestar suas opiniões e/ou externar suas dúvidas em relação ao funcionamento da empresa;
  • Ter momentos de convivência social com os colegas de trabalho;
  • Flexibilidade temporal e espacial para que possam exercer suas funções com maior liberdade;
  • Possuir líderes que inspiram por meio do exemplo e não criam uma atmosfera de opressão para a aquisição de determinadas metas;

Para criar uma cultura da motivação no trabalho, em primeiro lugar é importante que as equipes de recursos humanos sejam treinadas para identificar o que levou o colaborador a procurar o trabalho na corporação.

Depois dessa triagem inicial realizada pelo RH, cabe às lideranças entender as expectativas de cada colaborador e, com o passar do tempo, certificar-se que elas estão sendo atendidas. Isso pode ser feito de várias formas:

  • Call’s de alinhamento em relação à satisfação agendadas de forma rotineira;
  • Pesquisas de satisfação em formato de quiz;
  • Envio de e-mails perguntando o nível de motivação naquele momento com o trabalho;
  • Pesquisas de opinião dos colaboradores, dando-lhes a oportunidade de propor melhorias das condições de trabalho.

Quais os tipos de motivação profissional?

Como você pode notar, o que faz um colaborador motivado nem sempre são questões tangíveis (motivação intrínseca) como, por exemplo, o valor do holerite ao final do mês.

Nesse contexto, muitos dão mais valor aos aspectos não palpáveis relacionados com o trabalho (motivação extrínseca), entre eles:

  • Networking – conhecer pessoas influentes e experientes em uma determinada área;
  • Experiência – ter vivências únicas que possibilitarão não só um crescimento profissional, mas também humano;
  • Desafio – algumas pessoas são movidas por desafios e adoram sair da zona de conforto. Essa adrenalina muitas vezes motiva mais um colaborador do que valores monetários;
  • Sentimento de missão – certos trabalhos exercem tanto valor do ponto de vista social, por exemplo, que motivam a realizá-lo de uma forma cada vez mais diligente.

Entender que os tipos de motivação profissional variam de acordo com anseios e expectativas geracionais é um passo importante para motivar o trabalho corporativo.

Ou seja, as diferentes gerações no mercado de trabalho têm conflitos e desejos muitas vezes diametralmente opostos.

Por exemplo, colaboradores da geração Y (também conhecidos como “millenials”), nascidos por volta de 1980 até o início dos anos 90, estão acostumados com o uso da internet, pois já nasceram na era da globalização.

Assim, os millenials esperam usar no ambiente de trabalho ferramentas tecnológicas que potencializam e facilitam suas tarefas. Além disso, os membros da geração Y talvez se sintam mais satisfeitos com um trabalho home office que lhes deem maior liberdade espacial, do que com um trabalho presencial que tenha horários rígidos.

Por outro lado, colaboradores “baby boomers”, ou seja, que nasceram entre o final a segunda guerra mundial, em 1945, até o início dos anos 60, talvez tenham dificuldade e/ou se sintam mais desconfortáveis com um trabalho home office em que o uso da tecnologia é indispensável.

“Precisamos motivar os funcionários”

O tema agora é motivação no trabalho e você deve estar lembrando quantas vezes você já não deve ter ouvido ou dito isso entre os seus colegas. Sem dúvidas, muitas vezes. Isso porque motivação e produtividade são termos que estão intimamente ligados, afinal, quem trabalha com motivação, entrega muito mais e melhor.

Vamos trazer uma referência para definir esse modelo de motivação, trazendo um conceito do renomado Dr. Stephen P. Robbins, autoridade em comportamento organizacional, que dizia que a motivação de um colaborador é “a disponibilidade do indivíduo de exercer altos níveis de esforço em direção aos objetivos da organização, condicionada pela capacidade deste esforço de satisfazer certa necessidade individual”.

Ou seja, a importância da motivação no ambiente corporativo é a própria relação que cada membro tem de relacionar suas atividades com as suas metas e desenvolvimento pessoal.

Por isso, cuidado, motivação pode ser confundida com engajamento! Engajamento é coletivo, envolve, basicamente, alinhar os interesses e objetivos dos membros com os da empresa.

Como saber a motivação de um funcionário?

Agora que você já sabe como motivar os colaboradores, que tal entender formas de sondar o grau de motivação das equipes no trabalho?

De fato, há várias formas de metrificar o quão motivado os funcionários estão. 

Tais avaliações podem ser feitas de tempos em tempos e servem de cunho comparativo a fim de melhorar não só a satisfação com o trabalho, mas também as métricas da empresa.

Na sequência, seguem 3 formas de saber se um funcionário está ou não motivado:

1) Produtividade

De uma maneira geral, a produtividade e a motivação são grandezas diretamente proporcionais. 

Ou seja, quanto maior a motivação, maior tende a ser a produtividade. 

No entanto, para realizar uma avaliação fidedigna e justa, a produtividade pode ser medida de acordo com a porcentagem de entrega das demandas solicitadas.

Nesse contexto, é importante que as lideranças considerem o perfil profissional de cada colaborador a fim de não propor tarefas que os sobrecarregam ou sejam impossíveis de serem feitas. 

Assim, uma porcentagem de entrega das demandas no prazo certo com boa qualidade que gire entre 75% e 100% indica um colaborador motivado.

2) Escala de satisfação

Uma forma excelente de avaliar a motivação das equipes de trabalho é usar uma escala de satisfação.

Nesse contexto, uma das escalas mais conhecidas no meio corporativo é a NPS (do inglês Net Promoter Score).

De forma sucinta, o NPS mede de maneira objetiva a satisfação de um cliente com um serviço ou produto consumido.

Assim, o NPS é calculado a partir de uma única pergunta: “em uma escala de 0 a 10, o quanto você nos indicaria para um amigo ou colega?”, sendo 0 o mesmo que “de jeito nenhum” e 10 “com toda a certeza”.

Ao transpassar o NPS para o âmbito de avaliação da motivação no trabalho, pode-se realizar enquetes com os colaboradores – de forma que a resposta seja algo completamente anônimo, com a seguinte pergunta:

“Em uma escala de 0 a 10, o quanto você indicaria a empresa a um amigo para trabalhar?”

Tirar uma média das notas dadas pelos funcionários oferece um bom parâmetro da motivação dos colaboradores.

3) Índices de rotatividade 

Também conhecida como turnover, rotatividade é a taxa que mensura o fluxo de entradas e saídas dos colaboradores dentro de uma empresa.

Trata-se de um valioso indicativo da motivação, pois quanto mais talentos ficam na empresa é um sinal de que o ambiente corporativo é permeado por colaboradores mais satisfeitos.

Por outro lado, altas taxas de demissão e muita rotatividade entre funcionários são sinais de alerta para que as lideranças tomem medidas a fim de otimizar a motivação das equipes.

Faça nosso teste de liderança e descubra se você possui características de um líder!

Como um bom líder pode engajar um time e motivar pessoas?

O ambiente de trabalho é uma caixa de surpresas. Os times vão se formando com diferentes capacidades e personalidades, que se tornam um desafio alinhar todas as demandas com as expectativas de sucesso e performance, tanto pessoal quanto da empresa.

Mas e aí, o que a empresa deve fazer para atingir bons resultados e manter um clima cada vez mais harmônico e produtivo? Aí é que entra o papel do líder que é a peça fundamental para alinhar as necessidades da empresa e do colaborador, e evitar, entre outras coisas, o absenteísmo e o esgotamento profissional, também conhecido como Síndrome de Burnout.

Falar sobre motivação e engajamento é fundamental, mas agir com habilidade para representar esses papéis é que é o grande diferencial. Então, vamos a algumas dicas:

Propósito

Mais uma vez essa palavra chega como peça importante para dar o pontapé inicial em qualquer atividade na vida e na carreira. Sem definir um propósito para a sua equipe e que esteja intimamente ligado a resultados visíveis de crescimento e reconhecimento para a empresa, será bem difícil que todos os membros estejam motivados e engajados com as demandas que terão que executar.

Seja colaborador

Um bom líder é aquele que inspira, que coloca a mão na massa e que troca conhecimento e experiência. Ficar em uma postura vertical, apenas esperando resultados só desmotiva os demais. Participar, sentir as dores e as conquistas, além de humanizar os processos, faz com que você seja uma inspiração e referência para as pessoas.

Confiança e autonomia

Ser líder é também confiar nas capacidades individuais de cada um e fazer com que os membros sintam-se responsáveis por cada parte do todo. Delegar tarefas, mostrar como as entregas se complementam, juntamente com a possibilidade da autonomia para executar, irá trazer um ambiente mais criativo e harmonioso.

Excelência

O medo do erro pode desmotivar qualquer pessoa no meio do caminho. Obstáculos sempre irão aparecer e é preciso se desafiar e superar as adversidades. A excelência é executar hoje um pouco melhor do que foi ontem, praticando a resiliência de recomeçar todos os dias.

Não deixe também de entender como desenvolver melhor as suas habilidades de liderança

Como a psicoterapia pode ajudar na motivação

O trabalho do psicólogo, do psiquiatra e até dos especialistas em coaching, vai muito além do que tratar apenas transtornos de ansiedade, depressão e outros, esses profissionais são capazes de nos conectar com as nossas próprias ferramentas e desenvolver nossas habilidades.

A terapia é uma função fundamental para quem precisa se conhecer melhor, melhorar a autoestima e a inteligência emocional, por exemplo. E todos esses quesitos são peças importantes para que você trabalhe a sua motivação e conquiste os seus objetivos.