Muita gente ainda tem dúvida, afinal de contas, qual a diferença entre psicólogo e psiquiatra? E o psicanalista, onde entra nessa história? A gente esclarece com qual especialista você deve fazer uma sessão de terapia, de acordo com a sua realidade e necessidade. 

Quem são os psiquiatras e os psicólogos?

São especialistas de saúde capazes de tratar questões emocionais, mentais e psíquicas, que incluem desde tratamentos preventivos a outros mais profundos, como transtornos de ansiedade, depressão, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e outras síndromes. Se tiver afim de um resumo mais superficial, salte até o final deste artigo.

Quem é o psiquiatra?

Psiquiatras são profissionais com formação em Medicina e especialização em psiquiatria, que envolve aproximadamente 10 anos de estudo acadêmico e prático. O psiquiatra trabalha na identificação, diagnóstico de doenças como depressão, ansiedade, esquizofrenia, compulsão alimentar e outros transtornos, e tratamento medicamentoso, com por exemplo, antidepressivos e ansiolíticos, como apoio ao tratamento dessas patologias mentais.  

O tratamento psiquiátrico pode ser feito em conjunto com o acompanhamento psicológico e tem como foco o cruzamento entre os seus sintomas, o seu histórico médico, as suas relações familiares e uma série de outros fatores. Portanto, além de uma série de perguntas sobre você, é possível que haja a necessidade da realização de algumas avaliações de rotina, como exames de imagem, laboratoriais e testes neurológicos, por exemplo.

A questão medicamentosa é considerada o item principal na diferenciação entre tratamentos com psicólogos e psiquiatras, e tem como principal objetivo melhorar a qualidade de vida do paciente e a redução de alguns sintomas. A duração deste tipo de tratamento varia de acordo com a resposta e a gravidade da patologia do paciente.

Até o século XVIII, os psiquiatras atendiam apenas em hospícios, mas com a mudança de posicionamento e a aproximação do tratamento ao tipo de cuidado que o psicólogo realiza, esses atendimentos passaram a ser também realizado em consultórios. Por essa questão, que muitas pessoas ainda carregam o estigma equivocado de que psiquiatras são apenas para cuidar de pessoas loucas.

Quem é o psicólogo?

É um profissional formado em psicologia, ciência que estuda o comportamento e processos mentais, como emoções, sentimentos, razão e pensamentos, com graduação de cinco anos e permissão para tratamento de problemas ligados à mente humana, a partir de diferentes técnicas.

As abordagens do tratamento são feitas a partir de conversas e técnicas psicoterápicas que irão identificar a motivação do comportamento disfuncional e do adoecimento mental do paciente.

Essa compreensão leva em consideração as dimensões sociais, psíquicas e biológicas, e a partir daí apresenta-se ferramentas, novas ideias e formas de transformações para o paciente ter uma vida mais saudável e equilibrada.

O tratamento é conduzido por meio da fala e da observação conjunta e pode durar meses ou anos, dependendo das condições e evoluções do paciente. Não há a introdução de medicamentos, mas, quando há a necessidade, os psicólogos encaminham o paciente para psiquiatras para que haja também esse aprofundamento do tratamento.

Além de tratamentos mais profundos, como depressão, angústia e ansiedade, é possível também encontrar outros conhecimentos sobre si próprio em uma sessão de terapia, como o desenvolvimento da sua autoestima, inteligência emocional, relações sociais e até transições de carreira e de vida.

Quem é o psicanalista?

A psicanálise surgiu no século XIX a partir de conceitos formados pelo médico neurologista austríaco Sigmund Freud. O trabalho do psicanalista envolve uma análise bem próxima ao que é feito pelo psicólogo, com a diferença que incluem em sua técnica, um estudo do inconsciente do paciente, por acreditarem que os seres humanos não possuem o controle total dos pensamentos. Por conta disso, é um trabalho mais longo que o do psicólogo.

O psicanalista vai propor questionamentos a você a partir da análise do seu discurso, investigando atos-falhos, esquecimentos e outros atos involuntários, com objetivo de encontrar o equilíbrio do paciente com o seu eu-interior e seus questionamentos internos.

É uma proposta de busca profunda por autoconhecimento e que estimula o paciente a dizer tudo que passa em sua mente, desde sonhos e desejos, a experiência vividas ao longo da existência.

Este profissional não é necessariamente formado em psicologia ou medicina, e também não está apto a utilizar medicamentos em seu tratamento.

Como saber se eu preciso de um psiquiatra? E um psicólogo?

É bem mais óbvio saber qual especialista procurar quando você sente uma dor muscular ou um problema de dente ou na vista, mas como será que você pode identificar que está na hora de buscar um psiquiatra ou um psicólogo?

Até agora, você entendeu que esses especialistas são profissionais que, em geral, cuidam das emoções, e que eles são capazes de trabalhar seus sentimentos, positivos e negativos, e incômodos, mas que não há uma regra que funcione para todas as pessoas para saber que essa ajuda é necessária.

Então, separamos aqui alguns pontos que você poderá observar em si próprio ou até mesmo em alguém querido que você está notando certa dificuldade emocional, para que enfim você compreenda qual momento tomar a decisão.

Vale lembrar que mesmo existindo situações e sentimentos mais específicos que nos faça recorrer mais imediatamente a um psiquiatra ou psicólogo, como uma tristeza profunda, desânimo e a ansiedade, você também pode trabalhar questões que aparentemente nada tem a ver com problemas em si. Você pode simplesmente buscá-los por uma vontade de desenvolver melhor suas habilidades, como o autoconhecimento e a inteligência emocional.

Principais sintomas:

  • Tristeza excessiva;
  • Medos, fobias e pânicos;
  • Fobias sociais;
  • Desânimo recorrente;
  • Variação constante de humor;
  • Insônia;
  • Problemas de concentração;
  • Baixa autoestima;
  • Crises frequentes de choro;
  • Transtornos alimentares;
  • Pensamentos negativos recorrentes;
  • Pensamentos suicidas;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Manias compulsivas;
  • Ouvir vozes;
  • Ter a impressão de estar sempre sendo seguido;
  • Irritabilidade;
  • Descontrole emocional;
  • Uso indevido de álcool, drogas e outros vícios.

Esses são alguns sintomas e que podem aparecer juntos ou separadamente. A avaliação e diagnóstico só será possível mediante ajuda médica, então, apesar de ser importante você desenvolver essa capacidade perceptiva de que algo não está equilibrado e que existem os sintomas, apenas o psiquiatra ou o psicólogo poderá ser assertivo na compreensão e tratamento dessas questões.

Para quem gosta de um resumo

Abaixo um breve resumo com as principais características que discutimos aqui sobre a diferença entre psicólogos e psiquiatras:

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