Você sabe o que é transtorno alimentar? A verdade é que existem mais questões relacionadas à alimentação do que as pessoas costumam conhecer. Leia este artigo até o final para conhecer 6 tipos de transtorno alimentar e como identificá-los.

1. Transtorno alimentar compulsório

O transtorno alimentar compulsório, popularmente conhecido como compulsão alimentar, é caracterizado pelo exagero, e apesar de poucos saberem, é o transtorno alimentar mais frequente entre as pessoas. Aqui, é possível identificar o exagero pelo exagero. Uma pessoa ingere uma grande quantidade de comida, variando entre 4 mil a 15 mil calorias em questão de minutos. 

Os possíveis gatilhos podem ser gerados ansiedade e stress. Além disso, de acordo com estudos, portadores deste transtorno podem até mesmo desenvolver obesidade.

Vale lembrar ainda que episódios isolados não devem ser motivo para preocupações. Exagerar uma vez não é sinônimo desta doença. Para um diagnóstico real é preciso procurar um profissional da saúde especializado.

2. Bulimia

A bulimia é um dos transtornos mais conhecidos, e é caracterizada por um episódio de compulsão alimentar, seguido por maneiras de evitar o ganho de peso. Assim, o paciente força a alimentação para fora do corpo por meio de vômitos provocados e a utilização de medicamentos.

Existe também, a bulimia restritiva, em que a pessoa passa por grandes períodos de jejum e executa exercícios físicos excessivamente. Estes métodos são utilizados sem a consciência de familiares e amigos.

3. Anorexia

A anorexia é caracterizada pela distorção de imagem. Nela o paciente costuma se enxergar muito acima do peso. Por isso, passa a tomar atitudes de risco como dietas excessivamente restritivas e abuso de exercícios físicos

Junto com a compulsão alimentar e a bulimia, costuma fazer parte de uma tríade muito vista nos consultórios.

A perda de peso ocasionada pelo distúrbio é perigosa, podendo causar enfraquecimento dos músculos e ossos, quadros de baixa imunidade, interrupção da menstruação nas mulheres, arritmia cardíaca e até mesmo convulsões.

4. Ortorexia

A ortorexia ainda não é um transtorno alimentar amplamente reconhecido pela comunidade científica, e foi descrito pela primeira vez em meados de 1997, mas é caracterizada pela obsessão por alimentos saudáveis.

Nesta condição, o paciente não se importa, necessariamente, com calorias, mas sim com a pureza e qualidade dos produtos. Assim, este transtorno pode gerar sofrimento, uma vez que o indivíduo costuma se recusar a comer pratos não preparados por ele, além de isolamento social, já que muitos evitam festas e confraternizações em que haverá comida.

5. Vigorexia

A vigorexia, assim como a bulimia, não é um transtorno alimentar relacionado à comida, e sim ao corpo. 

Nesta condição, o paciente é obcecado por músculos fortes. Diferentemente dos outros transtornos já citados, a vigorexia costuma acometer homens jovens, que se sujeitam a rotinas de exercícios exaustivos e exagerados.

6. Pregorexia

Este transtorno vem da palavra “pregnancy”, do inglês, que significa, gravidez.

O conceito é recente, e abrange todo e qualquer distúrbio alimentar que ocorra durante os meses de gestação. Por conta da preocupação com ganho de peso neste processo, muitas mulheres apostam em dietas restritivas, indução ao vômito e intensas rotinas de exercício.

No entanto, estas práticas podem culminar em desastres, como aborto espontâneo e dificuldades no desenvolvimento do bebê.

Como é o diagnóstico de um transtorno alimentar

Devido à gravidade destas condições, é preciso atentar-se aos sinais para encontrar um diagnóstico. Vale lembrar que estas doenças requerem o acompanhamento de médicos e especialistas

Os testes para diagnóstico de distúrbios alimentares geralmente contém:

  • Exames psicológicos: o profissional muito provavelmente questionará o paciente sobre seus pensamentos e hábitos alimentares
  • Testes físicos: Haverá uma sondagem para descartar outras condições que podem estar relacionadas aos transtornos alimentares. Aqui, podem ser solicitados testes laboratoriais

Exames extras: O médico poderá pedir testes adicionais para saber se não existem outras complicações relacionadas ao transtorno, como gastrite por exemplo.

Como tratar um transtorno alimentar?

Os tratamentos de distúrbios alimentares costumam acontecer em equipe, podendo envolver nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, clínicos generalistas além da própria família do paciente.

O processo de tratamento pode mudar de acordo com o transtorno, mas de forma geral pode incluir reeducação alimentar, remédios e terapia

Transtornos alimentares não são brincadeira, e requerem seriedade na etapa de cuidados. Por isso, não descarte a possibilidade de tratamento psicológico

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Referências

Espíndola, Cybele Ribeiro; Blay, Sérgio Luís. Bulimia e transtorno da compulsão alimentar periódica: revisão sistemática e metassíntese

Romaro, Rita Aparecida; Itokazu, Fabiana Midori. Bulimia nervosa: revisão da literatura

Conti, Maria Aparecida; Teixeira, Paula Costa; Kotait, Marcela S.; Aratangy, Eduardo; Salzano, Fabio; Amaral, Ana Carolina Soares. Anorexia e bulimia – corpo perfeito versus morte

Barthichoto, Marcela; Lopes, Juliana Evangelista. Ortorexia: uma compulsão por alimentos saudáveis