9 a cada 10 brasileiros estão insatisfeitos com seu trabalho, de acordo com a pesquisa realizada pelo Survey Monkey. Segundo o estudo, 40% veem problema na forma como seus chefes lideram a equipe e isso impacta diretamente na produtividade.

Isso acontece porque muitos gestores seguem modelos rígidos de gestão, porém é necessário entender a diversidade dos funcionários e cenários para aplicar o conceito de liderança situacional.

Afinal, o que é liderança situacional?

Com o avanço do conceito ESG nas empresas, o questionamento de como líderes gerenciam sua equipe também se ampliou.  A liderança situacional consiste na capacidade de adaptação de um líder frente aos mais variados cenários. É preciso entender que não existe um estilo de liderança adequado para todas as situações, mas ocasiões e estilos diferentes de gestores.

A teoria situacional foi idealizada pelo cientista comportamental Paul Hersey e pelo especialista em gestão Kenneth Blanchard. O termo havia sido inicialmente definido como “Ciclo de Vida da Teoria da Liderança”.

Os estudiosos notaram que um combo de experiências, habilidades, comportamentos e práticas formavam os pontos fortes e fracos da gestão e deveriam sempre ser mapeados pelos chefes. 

Mas, e se fosse possível alternar entre esses estilos de acordo com as necessidades de cada caso? Essa é a liderança situacional, descrita por Blanchard e Hersey como a forma mais adequada de gerir equipes. 

Quais são os 4 estilos da liderança situacional?

  • Direção: Esse é o estilo que os subordinados possuem a menor autonomia. Neste caso, o líder orienta a equipe sobre as tarefas, que são supervisionadas até que os profissionais possuam maior capacidade
  • Orientação: Neste estilo, o líder deve oferecer uma supervisão constante, estímulos para a execução das tarefas, apoiar sugestões e idéias dos funcionários. Porém, a palavra final ainda é a do gestor.
  • Apoio: Aqui, a supervisão do líder é muito menor. Na verdade, a ideia é que ele facilite o trabalho e incentive os profissionais da equipe. Ele deve apoiar a análise de diferentes ideias e perspectivas, de modo a enriquecer os processos de forma colaborativa
  • Autonomia: Nesse caso, o papel do líder é muito menor na tomada de decisões e realização das atividades. O líder deve apenas delegar responsabilidades e atuar para manter a organização do trabalho.

Maturidade do Subordinado: entenda

Qual tipo de liderança aplicar e quando aplicar?  Isso depende do nível de maturidade da equipe. Portanto, é preciso considerar o nível de capacitação, ou seja, de competência para realizar as atividades com maior ou menor autonomia.

Baixa vontade e baixa capacidadeOs profissionais não possuem conhecimento e habilidades suficientes para trabalhar de forma autônoma. Isso porque são novos ou porque não se sentem preparados.
Alta vontade e baixa capacidadeOs profissionais possuem alguma experiência e por isso estão motivados e possuem habilidade. Entretanto, ainda é necessário apoio na realização das tarefas.
Baixa vontade e alta capacidadeOs profissionais possuem as habilidades necessárias para realizar o trabalho com autonomia. Mas não estão dispostos.
Alta vontade e alta capacidadeOs profissionais são capacitados e motivados o suficiente para realizar todo o trabalho com autonomia.

3 dicas para contornar problemas com a liderança situacional

  1. Conheça sua equipe

Para lidar com dilemas com a liderança situacional, é essencial que o gestor entenda qual é a maturidade de sua equipe para, então, aplicar o modelo de gestão mais adequado. 

O estilo de liderança denominado como direção é mais recomendado para a maturidade conhecida como baixa vontade e baixa capacidade. Nos casos de alta vontade e baixa capacidade, é mais adequado aplicar o modelo de orientação.

O estilo chamado apoio pode ser mais eficaz para uma equipe com baixa vontade e alta capacidade. Por fim, funcionários com alta vontade e capacidade podem ser liderados através da autonomia.

  1. Incentive a evolução da capacidade dos seus funcionários

Casos de lideranças muito centralizadas acabam sobrecarregando o gestor e, a longo prazo, não é sustentável, uma vez que o funcionário continuará desmotivado e sem confiança.

O mais interessante é que os profissionais sejam capacitados com o passar do tempo para que o líder possa “soltar as rédeas”. Incentive novas ideias, proatividade, enfatize a importância do colaborador. Tudo isso contribui para maior engajamento dos funcionários.

Veja também: Endomarketing: engaje os seus colaboradores

  1. Invista em treinamento da equipe

Para que uma equipe não fique dependente do líder para sempre, é necessário investir em treinamento. Treinamentos de equipe são voltados para a evolução de um time como um todo, e isso inclui habilidades técnicas, para a melhor execução das tarefas operacionais, e também habilidades comunicativas, comportamentais, etc.

Veja também: O que é Turnover, como diminuir e reter funcionários 

Como contribuir para desenvolver a liderança da sua empresa

É possível que os gestores não estejam familiarizados com as práticas da liderança situacional e não saibam exatamente como agir em cada caso. Por isso, além de treinar as equipes, também é importante investir em treinamento para os líderes.

É preciso desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes de bons líderes nos gestores, para que eles possam cumprir o seu papel de maneira mais correta. Um líder situacional precisa saber como gerenciar sua equipe em diferentes cenários e guiá-la ao sucesso.

A liderança situacional é algo que pode não ser desenvolvido de um dia para o outro. Dessa forma, os gestores podem identificar aqueles que são destaques na empresa, oferecendo-lhes novas possibilidades, para que possam desenvolver essa vocação. Assim, a tendência é que o time fique mais homogêneo e aproveite este conceito.

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