Ser mãe é um momento de muitas descobertas sobre si e o outro ser que chegou ao mundo. Depois da mesa de parto, as mulheres passam por diversas mudanças sociais, econômicas, físicas e psicológicas que vão moldar seus pensamentos dali por diante. O puerpério é a primeira grande delas.
Apesar da ótima notícia de um nascimento de um filho ou filha, nem sempre essas mudanças são boas. O corpo, a mente, os pensamentos e as novas emoções aparecem e junto com elas a pergunta: como ser mãe?
E nós estamos aqui para te ajudar a lidar melhor com esse período.
Entenda o que é puerpério, as mudanças que acontecem no seu corpo, o que é Baby Blues, depressão pós-parto, psicose puerperal, e como lidar com todas essas novas emoções.
Quem acabou de dar a luz precisa de um momento para reconhecer a nova condição de maternidade, além de acompanhar algumas mudanças físicas e emocionais que ocorrem no pós-parto. E esse processo é chamado de puerpério.
Após o nascimento do bebê, o corpo sofre algumas modificações e este é o período ideal para que a mãe se acostume a eles.
Esse processo demanda bastante do emocional, principalmente pela vontade de voltar ao corpo que se tinha antes do parto e também sobre a busca de como ser mãe.
O puerpério dura, em média, de 45 a 60 dias, mas para quem escolher amamentar por mais tempo que o recomendado (6 meses), ele pode durar um pouco mais.
O puerpério tem três fases:
Além das alterações físicas, existem também as emocionais, pois, a partir desse momento a mulher busca respostas de como ser uma boa mãe, de como voltar ao trabalho, como amamentar corretamente, cuidar do recém nascido e também do corpo.
Diante de tantas novidades e mudanças, é necessário saber o que acontece no seu corpo durante este período. Confira quais os principais sintomas do puerpério ligados a fatores biológicos:
Com a chegada da maternidade, a mulher enfrenta muitas mudanças no corpo e na mente. Sair com um ser dependente no colo pode gerar algumas dúvidas de como ser uma boa mãe, como amamentar, como cuidar do corpo, da mente, da casa, como lidar com a sociedade agora que se é mãe.
Tudo chega ao mesmo tempo e isso pode causar certo desconforto.
Neste período, as alterações hormonais e as mudanças na nova vida podem deixar as emoções à flor da pele, então, o esgotamento, cansaço, alterações de humor, vontade de chorar sem motivo e a falta de libido tomam conta da nova mãe.
Segundo pesquisa feita pela American Pregnancy Association de 70% a 80% das novas mães experimentam o sentimentos negativos após o nascimento do bebê.
Quando tudo isso ocorre por mais tempo que o esperado, acontece a chamada Depressão Pós-Parto ou Baby Blues.
A depressão pós-parto aparece, principalmente, quando a mãe já passou por uma depressão seja durante a gravidez ou antes dela. Mas, caso nunca tenha passado, alguns fatores podem desencadear a DPP:
Os principais sintomas associados à depressão pós-parto são:
Para saber mais sobre o que é e como tratar esse sintoma, confira nosso artigo sobre DPP.
Assim como na DPP, o Baby Blues também carrega sintomas como falta de ânimo, de libido, etc, mas sua principal característica (e que diferente da depressão) são os estados melancólicos e regressivos.
Veja os principais sintomas do baby blues:
A psicose puerperal também acontece durante o pós-parto, diferente do Baby Blues e da Depressão Pós-Parto, esse tipo de transtorno pode se tornar perigoso tanto para a puérpera quanto para o recém-nascido.
Na fase puerperal a mulher passa por alucinações, delírios e vive a perda da realidade. Geralmente, esse episódio acontece na primeira semana após o parto.
Os principais sintomas são bem parecidos com os do Baby Blues e da Depressão Pós-Parto, mas neste caso, os sintomas iniciais são:
Conforme o tempo, alguns pensamentos como o não reconhecimento do bebê, delírios de grandeza, pensamentos e vozes que incitam a mãe ao infanticídio podem aparecer.
Além disso, o risco de suicídio nesse período também é muito grande, principalmente no primeiro mês após o parto.
Ser mãe é novidade na vida de uma mulher. Nem sempre quando nasce uma criança, nasce uma mãe. São muitas coisas novas para aprender, afinal, existe um ser totalmente dependente de cuidados, atenção e carinho.
Porém, nesta fase, que é o início da vida da maternidade, lidar com o puerpério requer autoconhecimento e conhecimento sobre como ser mãe, afinal, não se tem uma receita ou resposta pronta para que isso aconteça porque cada uma tem sua realidade.
Algumas têm rede de apoio, outras não. Algumas mulheres precisam voltar a trabalhar e não têm com quem deixar os seus filhos, outras sim. Nem todas conseguem amamentar seja por falta de conhecimento ou porque não conseguem porque não produziram leite.
A maternidade é singular para cada uma e para lidar com o puerpério, primeiro, é preciso ter em mente que as realidades são totalmente diferentes.
Praticar o mantra do “um dia de cada vez” e o “não se culpe”, é fundamental neste processo. Como ser mãe é uma dúvida comum nessa fase, mas é importante pensar que, quando damos o melhor de nós, somos a melhor mãe que podemos ser.
Claro, a rede de apoio também ajuda muito neste período, seja ela feita no trabalho, com a família, os cônjuges, amigos, colegas. Porém, além de nem sempre termos essa rede, assistência profissional é fundamental.
Baby Blues, depressão pós-parto e psicose puerperal são muito parecidas, e somente um especialista na área pode identificar e identificar o melhor tratamento para que a maternidade seja mais leve daqui pra frente.
O Zenklub tem mais de 500 especialistas que podem te ajudar nessa jornada de autoconhecimento, bem-estar e ajudar a entender a lidar com as demandas que você terá daqui pra frente!
E lembre-se: você não está sozinha!