Quem está no controle, você ou os seus pensamentos?
Existem várias formas de pensar. Os pensamentos fazem parte da nossa essência, eles dão sentido e significado para as nossas experiências, despertam nossos sentimentos e estão presentes durante todo o tempo ao longo da nossa vida. E o simples ato de não pensar em nada já significa que você está pensando em algo. Vamos fazer um teste?
Tente não pensar em um urso branco!
O que passou pela sua mente foi o urso branco ou nada? Se pensou em nada, o que seria o nada para você? Para termos uma ideia do que seria o nada, precisamos pensar, elaborar o conceito de nada.
O que são os pensamentos?
A palavra pensar, tem sua origem no latim “pensare’’ que significa: pesar ou avaliar o peso de algo.
Pensar é um processo psicológico mental, subjetivo e particular de cada um de nós. Ele está envolvido com a maneira como entendemos e sentimos o mundo e como temos consciência da realidade.
Pensar nos ajuda a tomar decisões, a refletir, a nos relacionar com o mundo, com a sociedade em que estamos inseridos e com as pessoas em nossa volta.
Está relacionado com o nosso senso crítico e nos proporciona elaborar percepções, emoções, sentimentos e significados que damos para objetos, experiências, lembranças, imagens e acontecimentos, ou seja, pensar nos ajuda a interpretar o ambiente à nossa volta.
Conheça as 5 formas de pensamento
Existem várias formas de pensar. Geralmente, algumas pessoas percebem aqueles pensamentos mais negativos ou pessimistas que as fazem sentir inseguros ou com medo de alguma situação, entretanto, existem pessoas que terão a tendência de pensamentos mais positivos.
Existem duas formas de pensar que estão relacionadas com a linha do tempo: passado e futuro.
Além disso, separei 5 outras formas de pensamento para você aprender a identificar. Veja abaixo.
1) Ruminação
Quando pensamos ou lembramos de alguma experiência traumática envolvendo o nosso passado, geralmente nomeamos esta forma de pensar como ficar “pensando sempre” ou “ruminação”.
Geralmente, essa forma de pensar vem acompanhada de algum trauma ou experiência que ocorreu e ficamos remoendo-a, pensando no que poderia ter sido feito ou revivendo aquela experiência.
Essa forma de pensar acaba desencadeando alguns sentimentos como arrependimento, mágoa, tristeza ou raiva.
2) Preocupação
A outra forma de pensar relacionado com o tempo e que acarreta o sentimento de ansiedade é pensar no futuro, a preocupação.
Quando pensamos nas várias possibilidades que podem acontecer, podemos sentir preocupação, estresse ou ansiedade devido ao querer antecipar o problema, pois o nosso pensamento elabora estratégias e meios para lidar com a situação que irá acontecer.
Além disso, quando pensamos demasiadamente no futuro, deixamos de viver o momento presente. E quando esta preocupação com o futuro vem acompanhada de pensamentos negativos ou pessimistas, ficamos ansiosos e podemos expressar um comportamento de fuga da situação de enfrentamento, além de deixarmos de viver o momento presente.
3) Dissonância cognitiva
A dissonância cognitiva é uma forma de pensar que busca justificar algo que nos faz mal. Por exemplo, uma pessoa que fuma cigarros. Ela sabe das consequências e o mal que isso pode gerar para a sua saúde, porém, ela busca justificar o seu hábito alegando que às vezes fumar a ajuda a relaxar e que ela pode parar quando quiser ou que é prazeroso fumar um cigarro acompanhado de uma xícara de café.
4) Crenças limitantes
As crenças são pensamentos que acreditamos e estão enraizados em nós, pois fazem parte de como interpretamos e julgamos o mundo e a sociedade. Elas podem nos limitar em determinados aspectos da nossa vida, como por exemplo, “eu não consegui terminar o meu curso, então eu acredito que eu não sou capaz de terminar um novo curso que eu for começar”.
5) Auto regras
As auto regras são pensamentos que buscam justificar determinado fim, como por exemplo: “eu só vou confiar nesta pessoa quando ela contar algum segredo dela para mim”.
Entretanto, não avaliamos que podem existir outras características que ajudam com que confiemos em uma pessoa. Por exemplo, se ela transmite confiança, se é fofoqueira ou se ela guarda segredos.
2 dicas de como identificar pensamentos negativos
Existe uma prática no mindfulness ou na atenção plena que é um exercício sobre você monitorar seus pensamentos.
Quando perceber algum sentimento ruim, busque dar um nome para este sentimento ou emoção, depois faça uma pergunta para você mesmo, “o que eu estava pensando quando senti isso?”
Então, você vai começar a identificar a correlação do que estava sentindo com o que estava pensando. Veja essas 2 dicas.
1) O pensamento de um jeito diferente
Depois que você identificar o pensamento que te trouxe esta emoção ruim, busque pensar de um jeito diferente. Outra técnica interessante é conversar com este pensamento negativo de uma maneira assertiva. Procure dar uma resposta para este pensamento ruim, com objetivo de colocar um ponto final neste pensamento ao invés de continuar reforçando-o.
Quando reforçamos uma forma de pensar negativa criamos uma mentalidade ruim e isso impacta em nosso dia a dia. Eu sei que às vezes deve ser difícil pensar de um jeito diferente ou confrontar esses pensamentos, mas é importante você criar um repertório de alternativas para os seus pensamentos.
2) Não tente evitar o seu pensamento
Não tente evitar ou lutar contra os seus pensamentos, aceite-os. Eles estão presentes na sua mente por algum motivo, então entendê-los é muito importante para você perceber que não tem nada de errado pensar de um jeito “ruim”, porém, ao invés de você se punir por estar com algum pensamento ansioso, tente entendê-lo e aceitá-lo como parte do seu processo ao contrário de evitá-lo.
Um dos objetivos da terapia cognitiva-comportamental é proporcionar o autoconhecimento e inteligência emocional. Quando conseguimos dar um nome para os nossos sentimentos fica mais fácil rastrear os nossos pensamentos negativos, ansiosos ou de ruminação e evitar comportamentos de esquiva ou fuga que podem impactar na nossa qualidade de vida.
Eu posso te ajudar
Eu posso te ajudar a entender os seus seus sentimentos e emoções. Você pode conversar comigo sobre ansiedade, depressão, pânico, stress, angústia, relacionamentos, profissão ou família. Vem comigo nessa jornada rumo ao autoconhecimento!
Psicólogo clínico na abordagem cognitiva-comportamental, graduado em psicologia pela faculdade Anhanguera de Bauru/SP, cursando especialização em Terapia cognitiva-comportamental. Idealizador do projeto papo de psicólogo, palestrante e desenvolvedor de pessoas! CRP: 06/145502.
Costumo dizer que pensamento é a ligação nossa com os outros. A mente seria como Antena Parabólica. Por isso, todo pensamento “impõe” que lhe apliquemos o filtro do Raciocínio e Decisão: lógica em mantê-lo ou não em nossa mente!
Não podemos controlar nossos pensamentos, mas podemos evitar que eles nos controlem.