É possível diagnosticar depressão através de exames de rotina?
Trago neste artigo um tema bem complexo e presente nas clínicas de atendimento psicológico, onde há relatos dos sintomas depressivos e acaba passando uma análise importante: É possível diagnosticar depressão através de exames de rotina?
A carência de vitaminas, oscilações hormonais e outras condições analisadas nos exames periódicos como o Hemograma Completo, acaba apresentando dados que possam elencar uma interpretação aos sintomas mencionados na sessão.
A baixa produtividade, desânimo ou tristeza sem explicação, normalmente é interpretado por crises alinhadas à depressão ou outros sintomas psicológicos.
Porém, as pessoas desconhecem estas questões e acabam determinando um diagnóstico prematuro.
Como é feita a abordagem numa sessão?
O paciente / pessoa ao chegar na sessão de terapia passa por um processo de análise, sendo questionado os acontecimentos que encarregou aos cuidados terapêuticos, bem como os gatilhos para estes sintomas comentados.
Até aí ok…
Na análise é indispensável a conversa sobre os exames e a periodicidade, pois é possível identificar alguma situação que corrobora para o surgimento dos sintomas.
Quais são os exames essenciais?
O hemograma demonstra alguns dados interessantes, como é o caso do Triglicerídeo, colesterol ruim elevado, falta de ferro, T4, glândula da Tireoide, bem como outros importantes indicando alguma anomalia a ser considerada.
Quando os níveis de triglicerídeos estão elevados, isso indica baixa autoestima que, associando ao colesterol, dá na pessoa a sensação de mal-estar.
A literatura pressupõe que haja os cuidados para itens citados, visto que causa além do mal-estar problemas crônicos na saúde da pessoa.
Além disso, a terapia é indispensável, acomodando a prática do autocuidado, fundamental na visão unificada do “eu”.
A terapia funciona de que forma?
Na Terapia Cognitivo Comportamental ou denominada de TCC, os gatilhos são trabalhados a partir das crenças existentes e permeia para estes pacientes as mudanças essenciais.
As atividades simples motivam a reestruturação das crenças, mas sempre com um olhar aos resultados dos exames periódicos, visto que sem estes detalhes existirão poucos resultados.
Mas lembre-se…
A mente e o corpo devem funcionar numa junção assertiva, percebendo as inovações no conjunto das realidades. E aí sim, a terapia começa a fazer total sentido.
A depressão acaba minando a pessoa sobre a realidade, sendo o trabalho da terapia o confronto essencial, principalmente pelos exercícios propostos.
O exercício indicado em casos como esse deve vir numa análise através do “Diário Emocional”; anotando os sentimentos e os pensamentos, questionando a veracidade, lembrando que as sensações podem vir transvestidas pela ausência ou desregulação em algum nível importante.
Com o exercício do Diário Emocional é possível interpretar os efeitos destas problemáticas. Mas é necessário questionar onde é que surgiu, bem como a finalização através das falas: “Não quero mais essas emoções comigo!”, “Esses pensamentos estão me atrapalhando!”.
Ao perceber que o controle só dependerá de você, muitas pessoas acabam se perguntando quando ficará livre destes sintomas.
Não é uma tarefa fácil. Mas é imprescindível que você acredite num processo contínuo e frequente, principalmente no aparecimento das resistências naturais que motivam o abandono das terapias.
Vencer estes desafios só é possível quando há a reflexão em torno dos problemas, visualizando outro patamar.
A depressão como sintoma
Inúmeras pessoas acabam chegando na sessão relatando os sintomas de depressão, bem como já autodiagnosticam precocemente, algo que podemos mencionar erroneamente.
Os exames periódicos podem assinalar inúmeros gatilhos, sendo essencial o acompanhamento médico e o terapêutico nestes casos, tendo em vista a existência de outras problemáticas de cunho psicológico.
Descartando qualquer situação de ordem clínica através dos exames, parte do pressuposto do combate ao desânimo, tristeza ou outros sintomas que levam a sensação vinculado à depressão.
Além disso, confundir os sintomas faz parte natural de qualquer indivíduo que remete a interpretação dos sentimentos e emoções, apresentando o senso comum como modelo de excelência ou sobrevivência.
Cada pessoa terá uma reação específica e já comentada nas abordagens, mas a responsabilidade pelas conquistas se faz necessário ou nada será diferente.
A terapia torna-se um lugar de apoio e otimização do ser individual, tendo em vista o aprimoramento do olhar para si.
O tempo de sessão e a frequência
As pessoas ficam preocupadas com o tempo de tratamento, sendo essencial entender o aprimoramento dos potenciais, desenvolvendo o autocuidado e o olhar para dentro do “eu”.
Um tratamento dura em média de 3 meses a 1 ano, algo difícil de estabelecer pelo suporte e a responsabilidade da pessoa no comprometimento dos exercícios e a frequência.
Uma sessão semanal dará o entendimento efetivo sobre as causas que levaram aos problemas e a ausência dos cuidados em detrimento dos exames periódicos.
Além disso, lembrar que a mente e o corpo devem ter uma conexão assertiva, acaba aprimorando os olhares aos impulsos providenciados pelas crenças num passado que envolve a infância, adolescência ou a própria fase adulta.
Por fim, mesmo sendo pouco aderente entre as pessoas, os exames devem fazer parte do cotidiano e remonta um olhar ainda em desenvolvimento na sociedade.
Confira o vídeo que preparei sobre o assunto:
Eu posso te ajudar
Eu posso te ajudar a entender os seus sentimentos e emoções. Você pode conversar comigo sobre ansiedade, insônia, procrastinação, autoestima e conflitos familiares.
Vem comigo nessa jornada rumo ao autoconhecimento!
Formado em Geografia, pedagogo, psicanalista clínico, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Psicanálise e estudante de nutrição, sempre me preocupei ao longo dos anos com a psique humana, desencadeando formações complementares na Terapia Cognitiva Comportamental e tantas outras, pois o meu enfoque é proporcionar o lançamento de oportunidades que tragam bem-estar.
Já há aquela máxima: “Corpo são, mente sadia”! Até os Geriatras buscam a longevidade de seus pacientes, através do histórico de vida deles: como de uma paciente, desmotivada na caminhada e que a médica lhe disse que como o neto poderia se formar se viesse a não contar com o custeio da avó, para ele realizar o curso! Já, noutra situação, foi o geriatra que ouviu de sua paciente o desejo dela de sair da correria de São Paulo e morar em Floripa. Como ela sabia que poderia a prole alegar senilidade dela na venda do imóvel, perguntou se ele atestaria a lucidez dela, já que ela tinha mais de 70 anos e já eram médico e paciente há anos. Ouviu dele que ela estava mais lúcida que ele! A prole dela, naturalmente, passou a ter, onde viajar nas férias! Concluindo, penso que a partir da terapia é que deve ser cogitada a avaliação clínica! Quem esteja vivendo e não “apenas” sobrevivendo, busca fazer o check up ou, ao menos, exames laboratoriais, regularmente!