O sexo deve ser um momento de intimidade, conexão e felicidade. Porém, nem sempre é assim. Algumas pessoas com vagina podem sentir dores durante a relação sexual e, muitas vezes, acreditam ser comum. Mas não é.

O que é vaginismo?

O vaginismo acontece quando uma pessoa sente dor durante a relação sexual com penetração. 

Isso acontece porque os músculos da vagina se contraem de forma involuntária causando dor e desconforto, impossibilitando a relação.

Assim, essa condição atinge de 3% a 5% da população feminina e muitas  sequer sabem que isso existe e tem tratamento. 

Atualmente, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais  (DSM-V) classifica o vaginismo como um transtorno ligado a fatores psíquicos e biológicos, sendo chamado de Transtorno de Dor Gênito-Pélvica/Penetração (DGPP).

O que causa o vaginismo?

O vaginismo não tem uma causa certa, mas acredita-se que fatores emocionais estão ligados ao diagnóstico. 

Muitas vezes, os sintomas podem ter relação com abusos sexuais sofridos, uma criação rígida quanto à assuntos ligados a sexo ou insegurança em geral. Sintomas como ansiedade e medo da dor geralmente são comuns.

Em muitos casos, o diagnóstico é feito de forma tardia, justamente por conta do tabu em relação ao sexo.

Às vezes, os sintomas são associados a uma fase de estresse, e o sexo com penetração é deixado de lado por trazer incômodo e dor. Isso faz com que o diagnóstico e o tratamento não sejam feitos da maneira certa.

Da mesma forma, a falta de educação sexual faz parte do diagnóstico tardio. Como resultado, por falta de conhecimento e informação sobre o próprio corpo, muitas acreditam ser apenas uma fase e vivem com esse problema sem se darem conta.

Quais são os principais sintomas do vaginismo? 

  • Dor nas relações com penetração
  • Sensação de ardência durante a relação sexual
  • Baixa autoestima
  • Ansiedade
  • Contração involuntária da vagina
  • Dificuldade de usar absorvente interno
  • Dor durante um exame ginecológico

O vaginismo pode ser causado por gatilhos emocionais?

Sim, apesar de nem sempre serem percebidos por quem ainda não tem um diagnóstico. Conheça alguns um deles:

  • Medo ou ansiedade sobre o próprio desempenho sexual
  • Receio de gravidez
  • Relacionamento abusivo
  • Abusos sexuais
  • Vulnerabilidade
  • Experiências traumáticas ligadas à vida sexual

Qual é o tratamento para vaginismo?

O tratamento do vaginismo é um processo que requer muito autocuidado e paciência. O acompanhamento deve ser feito por um profissional de saúde como ginecologista e de saúde mental como psicólogos e sexólogos, pois é possível que as causas estejam ligadas a traumas.

Educação sexual também é importante nesses casos porque, conhecendo o seu organismo, bem como os gatilhos emocionais, a mulher tem como entender a sua dor e os processos que acontecem com o seu corpo.

Além disso, durante o tratamento é possível fazer alguns exercícios que podem ajudar a trazer mais confiança como exercícios de Kegel e pompoarismo.

Como fazer exercícios de Kegel?

Exercícios de Kegel são úteis, pois ajudam a fortalecer os músculos da região pélvica. Podem ser feitos todos os dias, divididos em 10 séries e 3 vezes ao dia. Veja o passo a passo:

  1. Esvazie a bexiga
  2. Contraia o músculo interno
  3. Realize 10 contrações
  4. Relaxe
  5. Comece novamente

Este exercício pode ser feito em qualquer lugar onde a mulher se sinta segura. No banho, deitada ou fazendo atividades. Mas é necessário ver com o médico que indicou o tratamento o momento ideal para as fazê-lo.

Como fazer pompoarismo?

Assim como exercícios de Kegel, o pompoarismo é uma técnica que consiste em contrair e relaxar a musculatura da vagina. Veja uma série simples para começar:

  1. Contraia a vagina e segure por 2 a 5 segundos
  2. Relaxe os músculos e descanse por 5 segundos
  3. Repita essa série 10 vezes

Além de ajudar na musculatura íntima, o pompoarismo também faz com que as relações sexuais sejam mais prazerosas para a mulher.

Como a terapia pode ajudar?

Se você se identificou com as causas do vaginismo, procure ajuda com o seu ginecologista, fisioterapeuta e consulte um especialista em saúde emocional.

Em resumo, essas três combinações podem te ajudar a entender melhor o seu corpo, além de trabalhar os traumas, medos e o autoconhecimento.

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