Aprender a lidar com as emoções não é uma tarefa simples, ainda mais quando falamos de crianças que ainda não desenvolveram por completo a habilidade de entender o que estão sentindo. Quando vemos uma criança triste, podemos sentir dificuldades em ajudá-la. 

Por isso, vamos entender melhor do que se trata a tristeza infantil, quais são suas causas e como identificar o que seu filho está sentindo para que você possa ajudá-lo da melhor forma possível. 

O que é tristeza infantil?

As emoções são parte integral do processo de desenvolvimento de uma pessoa e devemos ter em mente que todos os sentimentos vividos por um adulto podem afetar também as crianças de formas diferentes. 

O sentimento de tristeza pode surgir de diversas maneiras, mas também é uma resposta muito comum à frustração. Para as crianças, é especialmente difícil lidar com essas novas emoções pela falta de vivência e entendimento do que se está passando. 

Expressar emoções é algo que devemos ensinar e valorizar nas crianças. Isso porque essa é a melhor maneira de ensiná-los a lidar com os sentimentos e desenvolver inteligência emocional. 

Mas, sabemos também que não é fácil para os pais lidarem de forma tranquila quando percebem que seus filhos apresentam episódios de tristeza e melancolia. Por isso, é importante buscar entender as causas para, assim, pensar na melhor maneira de lidar com essa situação. 

O que causa tristeza nas crianças?

Como já foi dito antes, as crianças tendem a ter dificuldade de entender os próprios sentimentos por não entenderem o que está acontecendo. A frustração de não conseguir lidar com determinadas situações é uma das maiores causas de tristeza nas crianças. 

Por exemplo, quando crianças se frustram em uma brincadeira isso pode gerar um gatilho para um episódio de tristeza e melancolia. Essa é uma situação muito comum e que vai acontecer novamente. Por isso, é muito importante ensinar sobre as divergências e obstáculos.

É também comum que crianças que passam por traumas como separação dos pais, bullying, morte de um ente querido e grandes mudanças tenham que lidar com a tristeza e outros sentimentos.

Além disso, durante a pandemia tivemos que lidar com situações diferentes e que afetaram diretamente as crianças. 

Por exemplo, o distanciamento da escola, sentir falta dos amigos e colegas, falta de interação com outras crianças, afastamento de parentes como tios e avós, entre outros, foram situações que afetaram as crianças de forma significativa. 

Como saber se a criança triste está com depressão?

Apesar de terem características parecidas, vale lembrar que tristeza não é depressão. Por isso, cabe aos responsáveis observarem e analisarem de maneira atenta cada situação e procurar um profissional sempre que necessário. 

Nesse caso, psicólogos podem ajudar a entender do que se trata os episódios de tristeza, podendo tratar através da terapia e até mesmo fazer a indicação de outros profissionais como por exemplo o psiquiatra. 

Uma coisa é certa, é fundamental que os pais tenham uma participação ativa na vida dos filhos e consigam identificar sinais de atenção no dia a dia. Conheça algumas diferenças entre tristeza e depressão. 

Diferença entre tristeza e depressão

A depressão infantil é um transtorno psicológico que tem como principal característica e sintoma uma tristeza persistente e dificuldade em seguir com a sua rotina de atividades que antes deixavam as crianças alegres e eram consideradas divertidas. 

Essa depressão pode surgir a partir de um trauma passado na vida da criança ou até mesmo vir de uma reação química do corpo. É muito comum que crianças que passam por grandes traumas passem a desenvolver depressão e até mesmo ansiedade infantil.

Nesses casos, o acompanhamento de um médico psiquiatra é necessário e o acompanhamento psicológico pode auxiliar na eficácia do tratamento. 

Uma boa dica para diferenciar a tristeza da depressão é entender a frequência e a intensidade desses episódios de melancolia. 

Ou seja, é normal que a tristeza venha a partir de um algo externo e pontual que aconteceu e tende a passar logo. Já a depressão tende a ter episódios mais longos e persistentes. Por isso, fique atento à rotina e comportamentos dos seus filhos. 

Choros mais frequentes, introspecção, afastamento e outras mudanças de comportamento podem ser um sinal de alerta. 

O que fazer quando seu filho está triste?

Perceber que seu filho está triste pode ser algo muito difícil para os pais, trazendo inseguranças e dúvidas. Mas, o ideal é que os pais busquem agir com muita paciência e calma. 

O primeiro passo é entender os motivos desse sentimento. A partir daí, busque criar um canal de comunicação aberto e sincero, dando espaço e tempo para que a criança expresse seus sentimentos. 

A educação emocional é fundamental para lidar com essas emoções, já que na maioria dos casos de tristeza a origem é a dificuldade de lidar com os próprios sentimentos. 

Psicólogos e terapeutas podem ser grandes facilitadores nesse processo. Por isso, não tenha medo de procurar ajuda de um profissional para lidar melhor com esse tipo de situação. 

A psicoterapia é um aliada não apenas para as crianças que estão passando por episódios de tristeza e melancolia, mas também para os pais que possam estar enfrentando dificuldades para lidar com tudo isso. 

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