Viver a vida de forma equilibrada é uma busca saudável a ser feita. No entanto, em alguns momentos, pode ser que as coisas fujam do eixo e surja uma crise nervosa.

O cérebro é como uma rede elétrica complexa composta por incontáveis cabos e geradores de energia.

A forma como vivemos interfere no funcionamento dessa rede elétrica. Ou seja, à medida que sofremos de estresse e ansiedade, algumas interferências podem surgir.

Diante de tais alterações, o corpo começa a manifestar alguns sinais e sintomas que indicam que a mente está à beira de um curto-circuito, uma crise nervosa.

Mas a boa notícia é que existem formas de regular o funcionamento da mente e prevenir essas crises nervosas.

Venha com a gente entender mais sobre o assunto!

O que é crise nervosa?

Crise nervosa é um colapso emocional que prejudica de forma momentânea o funcionamento da mente.

Geralmente, há uma fase prodrômica da crise nervosa. Em outras palavras, há indicativos que o corpo dá dizendo que ele está prestes a entrar no estado de crise.

Também conhecido como colapso nervoso, a crise nervosa em si não se trata de uma doença, No entanto, esses ataques podem ser a manifestação de um transtorno da mente.

Ou seja, a crise nervosa por si só é um sintoma, uma vez que indica uma causa específica. Uma vez diagnosticado e tratado o problema de base, as crises tendem a cessar.

Causas da crise nervosa?

De fato, o mundo atual oferece muitas ferramentas que fazem nossa mente ficar mais agitada. 

Afinal, quanto mais informações o cérebro tem para lidar, mais trabalho ele terá e gastará mais energia para processar tudo isso.

Além disso, quanto mais intensas forem as emoções, mais “memória” emocional será consumida. 

Diante disso tudo, pode chegar um ponto que a mente simplesmente “buga”, ou seja, trava diante do excesso de estresse e ansiedade.

Dentre as causas da crise nervosa, pode existir um transtorno mental não tratado como, por exemplo:

  • Transtorno do pânico;
  • Transtorno de ansiedade generalizada;
  • Episódio depressivo maior;
  • Síndrome de Burnout;
  • Fobias.

Por outro lado, tais crises podem ter como fonte situações mais pontuais que desencadeiam estresse e ansiedade, entre elas:

  • Pressão excessiva no trabalho;
  • Dificuldades conjugais;
  • Situações de violência de qualquer tipo (psicológica, sexual, patrimonial, moral);
  • Traumas e lutos;
  • Acúmulo de pendências;
  • Grandes transições na vida (mudança de cidade, trabalho).

Independente da causa da crise nervosa, ela indica que algo não passa bem em nossa mente. 

Por isso, é essencial procurar entender bem esse sintoma e tomar uma conduta eficiente para controlá-la.

Sintomas da crise nervosa?

Na maior parte dos casos, a crise nervosa não surge de forma abrupta.

Assim, o corpo dará alguns sinais e sintomas antes de manifestar o ápice do sofrimento, que é a crise.

Algumas alterações indicativas de uma situação de vulnerabilidade para esse curto-circuito são:

  • Alteração de hábitos alimentares;
  • Insônia frequente (seja dificuldade para pegar no sono, seja para manter-se dormindo);
  • Isolamento – é comum a pessoa que está próxima de uma crise nervosa evitar relações com outros;
  • Inquietação e irritabilidade.

Dias ou horas antes de uma crise é comum aquele que está sofrendo, avisar as pessoas ao seu redor dizendo: “nem fale comigo hoje, porque eu estou uma pilha de nervos” ou “hoje eu não quero olhar para a cara de ninguém!”

Caso algo não for feito diante dos sinais iniciais, pode surgir uma crise nervosa, caracterizada por sintomas físicos e psicológicos, entre eles:

  • Vontade de gritar, correr ou bater;
  • Grande agitação psicomotora;
  • Palpitações;
  • Tonturas;
  • Náuseas;
  • Respiração acelerada;
  • Sensação de sufocação;
  • Exaustão;
  • Suor frio difuso ou localizado (mãos e pés);
  • Pequenos tremores nas mãos ou algum outro membro.

Por vezes, a crise nervosa pode simular um ataque de ansiedade, presente, por exemplo, na Síndrome do Pânico.

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O que devo fazer durante uma crise nervosa?

Uma crise nervosa pode ser algo bastante assustador não só para quem vive, mas também para as pessoas que estão ao redor.

Abaixo seguem algumas dicas para agir diante desse estado de sofrimento:

  • Respire fundo – o primeiro passo para controlar uma crise nervosa é acalmar a mente. Para isso, use a respiração, inspirando e expirando lentamente concentrando-se mais nos movimentos da barriga que do tórax;
  • Procure um ambiente confortável – quando os nervos estão à flor da pele, é importante procurar um lugar calmo, escuro e com uma temperatura agradável;
  • Dê tempo ao tempo – uma crise nervosa, por mais intensa que seja, não durará para sempre. Por isso, ter consciência que o sofrimento irá acabar é um ponto a ser lembrado durante o pico do estresse;
  • Xô violência – essa última dica é para aqueles que presenciam uma crise. Nunca use de violência para “ajudar” a pessoa em crise. Sacudir ou tentar prender seus movimentos são atitudes que jamais devem ser tomadas, pois só pioram o quadro e estimulam uma reação agressiva da pessoa.

Embora a sensação da crise nervosa seja desesperadora e por vezes a pessoa sinta uma sensação de morte iminente, é importante salientar que a tal situação não causa, por si só, o óbito.

Como é feito o diagnóstico da crise nervosa?

Não há, como é o caso dos transtornos da mente, uma série de critérios para realizar o diagnóstico da crise nervosa.

Visto isso, o que pode ser feito para evidenciar esse quadro é ter em mente os principais sinais e sintomas para percebê-los de forma assertiva.

Para reforçar, alguns dos pontos que devem chamar a atenção, uma vez que indicam um possível colapso nervoso, são:

  • Senso de asfixia;
  • Medo de morrer;
  • Sensação de raiva;
  • Tendência a gritar;
  • Comportamento agressivo.

Assim, de uma forma geral, todo conjunto de manifestações emocionais e físicas que causam prejuízo na funcionalidade de uma pessoa pode ser classificado como crise nervosa.

Crise nervosa tem cura?

De fato, alguém que sofre com colapsos nervosos pode sim controlá-los a tal ponto que eles não aparecem mais.

No entanto, o tratamento da crise nervosa não é algo pontual, uma vez que envolve o controle da causa base do sofrimento.

Assim, diante de um tratamento adequado, com o acompanhamento de equipe multiprofissional associada a uma mudança do estilo de vida, crise nervosa tem cura sim.

Tratamento da crise nervosa

Não há um tratamento fechado para crise nervosa.

As opções terapêuticas são individualizadas de acordo com a causa por trás da crise e a intensidade dos sintomas.

No entanto, opções que melhoram a saúde mental e, por tabela, ajudam no tratamento das crises são:

  • Terapia;
  • Cuidados com o sono;
  • Meditação;
  • Exercício da espiritualidade;
  • Prática regular de exercícios físicos;
  • Alimentação saudável.

Em alguns casos, o uso de medicações tranquilizantes nos momentos das crises pode ser uma opção favorável para a melhora do quadro. 

No entanto, atenção: nunca use medicações controladas por conta própria! Procure sempre um psiquiatra ou psicólogo para realizar uma avaliação.

Conclusão

A crise nervosa é caracterizada por um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que geram grande sofrimento.

Toda crise manifesta que há algo de errado com a saúde da pessoa que sofre.

Por isso, é de grande importância procurar auxílio de um especialista em saúde mental para avaliar o quadro e propor o melhor tratamento.

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Referências