Adoecimento do professor: por que esse assunto está cada vez mais em pauta?
O adoecimento do professor é um assunto que está cada vez mais presente entre especialistas da saúde, como por exemplo, psicólogos.
Tal fato tem provocado uma reflexão sobre as dificuldades e os desafios que esses profissionais precisam lidar em seu dia a dia, e como estes desafios podem causar impactos mentais, físicos e emocionais.
Devido ao seu papel social, o professor carrega muito mais do que a atribuição de ensinar. Isso o leva a um estado de exaustão, muito estresse, ansiedade e muitas outras condições preocupantes de saúde mental, que acabam resultando em problemas em sua saúde física.
É preciso falar cada vez mais sobre esse assunto e, mais que isso, as instituições devem encontrar a melhor forma de ajudar seus docentes. Afinal, professores são profissionais imprescindíveis para a formação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, desde a alfabetização até a preparação para uma profissão.
Os professores são peças facilitadoras do aprendizado e têm enorme importância para a sociedade.
Por isso, iremos abordar alguns tópicos importantes sobre o adoecimento do professor neste artigo, sobre as causas e possíveis soluções. Acompanhe!
Adoecimento do professor: isso é realmente comum?
O acometimento de doenças mentais, físicas ou psicossomáticas é uma das grandes preocupações em relação aos profissionais que exercem a função de professor.
Além disso, não é um problema novo, é uma situação que tem sido abordada há várias décadas. Portanto, é uma condição comum, devido aos vários fatores que esse trabalho envolve. Como exemplo:
- A responsabilidade em lidar com crianças e adolescentes em fase de crescimento, muitas vezes sem uma estrutura ideal, como apoio de profissionais psicossociais e envolvimento familiar. Sobretudo no ensino público, que conta com poucos investimentos por parte do estado e seus municípios;
- Alunos que possuem problemas familiares em suas casas e, como consequência, levam atitudes e questões problematizadoras para a sala de aula que podem interferir ou atrapalhar sua rotina na escola;
- Muitas vezes profissionais da educação não possuem o mínimo da estrutura necessária para dar aula e educar seus alunos conforme o planejamento resultante da ausência de computadores e até materiais básicos como giz, mesas, cadeiras, entre outros;
- O piso salarial abaixo da média também se enquadra como um fator, resultando muitas vezes na necessidade de entrar em greve, por exemplo. Mesmo em pautas reivindicatórias de movimentos de professores, pouco se vê sobre temas como saúde e bem-estar docente;
- São poucas as escolas com ações e programas voltados à promoção da saúde de crianças e jovens, tendo professores como mediadores sem que seja considerada a sua própria saúde;
- Não vemos políticas públicas voltadas à saúde dos professores, tampouco vemos a condição pautada em reformas educacionais;
De acordo com esses cenários, podemos notar que essa pauta é quase invisível, condicionada, muitas vezes, a ser deixada de lado até mesmo pelos próprios interessados devido a falta de atenção e incentivo.
Trabalho + estresse: a fórmula do adoecimento
Por que o professor adoece em razão de seu trabalho? Primeiro, vamos lembrar que qualquer profissional que não tenha um ambiente de trabalho saudável e condições para desempenhar suas tarefas está sujeito a ser acometido por estresses psicológicos e físicos.
No entanto, o adoecimento do professor carrega muitas outras variáveis, que vão, aos poucos, causando diversos tipos de condições de saúde. Isso se estende aos professores dos diversos níveis, da educação regular à educação superior.
A correria diária, as leituras, as preparações de aulas, a correção de trabalhos e provas, as relações entre professor-aluno, que nem sempre são as ideais, resultam em uma sobrecarga que faz com que professores precisem se desdobrar para conseguir atender todas as demandas.
Somado a isso, consideremos também que é comum que professores sigam a jornada em mais de uma instituição, para complementar o salário, por exemplo.
O estresse, pela carga de trabalho e pelo tempo escasso para dar conta de tudo, é um dos grandes vilões e pode desencadear outras condições mais graves como a síndrome de burnout, por exemplo.
O adoecimento do professor universitário
O professor universitário, além de tudo isso que citamos no tópico anterior, ainda precisa participar de comissões, sofre a pressão por publicações e pesquisa, precisa aprender sobre novos recursos tecnológicos, além de estar submetido às regras técnicas institucionais e de instituições governamentais, como MEC, CNPq, entre outros.
Ao acumular tantas funções, um ciclo de problemas pode se iniciar. Há também o sentimento de desvalorização, precarização do trabalho, sucateamento das universidades, além de outros problemas de ordem social e os nem imaginados, como a pandemia.
A pandemia da Covid-19 afetou trabalhadores de todos os setores. Na Educação, além dos desafios que já citamos, forçou profissionais a se adaptarem a um novo modelo de ensino, o remoto.
Sem recursos e preparação necessários, esse novo cenário causou bastante ansiedade e preocupação, situação que colaborou ainda mais para o desenvolvimento de doenças e desequilíbrio emocional.
Tudo isso torna exaustiva a rotina desses profissionais, resultando em falta de tempo para dedicar à sua vida pessoal e ao seu lazer, e provocando condições como a de estresse, ansiedade, Síndrome de Burnout, síndrome do pânico, depressão, insônia, dentre outras.
Há na literatura acadêmica muitas pesquisas que tratam do adoecimento do professor universitário, normalmente conduzidas por profissionais da área de Psicologia decorrentes de cenários como os apresentados previamente.
O objetivo é entender e avaliar o acometimento de doenças a partir do entendimento do trabalho do professor universitário e de sua relação com ele. Para isso, os pesquisadores aprofundam conhecimentos sobre a prática da docência superior, a relação instituição-trabalhador, as demandas geradas pelo trabalho, dentre outros cenários.
Como as instituições podem apoiar os docentes?
O primeiro passo é conversar sobre o adoecimento do professor e tornar isso uma pauta recorrente e geral nas instituições. Se não há conversa, nem identificação de casos, não há como apoiar.
As instituições de ensino podem implementar programas, criar campanhas de conscientização, realizar palestras e seminários e, a partir disso, lutar por políticas públicas que contemplem medidas de apoio a professores com problemas de saúde física ou mental, decorrentes do trabalho.
Outra forma de mudar um pouco esse cenário é, dentro do possível, criar planos de ação para melhorar as condições de trabalho focando em providências que também tornem melhor as relações professores-alunos-sociedade.
Conclusão
O adoecimento do professor é uma realidade. Percebemos que o adoecimento do professor está ligado ao fato dele precisar lidar com muitas e diferentes demandas, tanto de ensino quanto administrativas. Isso acaba drenando seu tempo e sobrecarregando sua mente.
Apesar do amor e dedicação à profissão, não é fácil para o professor trabalhar sem as condições adequadas para sua função. Deixando de lado seu lazer em função de realizar todas suas atribuições ou trabalhar sob pressão para desenvolvimento de pesquisas científicas.
Dessa forma, sob o sinal de cansaço, esgotamento ou qualquer outro sintoma, o ideal é que esses profissionais busquem ajuda especializada, antes que a condição se encaminhe para um quadro mais sério.
Além disso, que busquem ou criem espaços para a conversa sobre o adoecimento do professor e os impactos disso em sua vida pessoal e profissional.
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Me pareceu surreal querer trazer todo conteúdo ministrado em cada “série escolar” em “vídeos aulas”: história e geografia, por exemplo, são ministraveis por video aula, mas, Matemática, Física até matérias de medicina como Genética e análises pré cirúrgicas em que a prática se faz necessária tem que ser presencial, onde parece haver um afã em “fechar” os laboratórios de anatomia, colocando os Cirurgiões a operar Não pessoas, mas robôs. Numa reportagem o câmera foi feliz em mostrar um cirurgião “desolado” por ter que “trocar” o bisturi pelo mouse de comando das mãos robóticas! Havia entre as décadas de 70 ao final da década de 90, a “tese” que o acesso ao ensino superior era dificultado por que, por exemplo, o “descobrimento” do Brasil, aprendido no então 1.Grau, não foi “descoberta” mas o inicio da chamada Civilização em substituição a cultura universal indigena, já que Nação precisa atender ao requisito de Cultura Própria e Soberania, ao que o Brasil anda “terceirizando e privatizando”, Infelizmente. Até somos, presumo, unico País em que – a escrita e pronúncia – internacionalmente são alteradas! Até hoje, a professora de inglês, no final da década de 70, está para me responder porque nome próprio – incluindo – de País Não tem “tradução” mas Brasil tem (Brazil/pronúncia Bresil com o e acentuado)!!!!