Família que a gente escolhe
Família é só irmão, irmã, pais, companheiros, filhos, avós, primos, tias e tio do pavê? Ou família também é feita pelos nossos amigos? Hoje, nós vamos falar sobre a família que a gente escolhe.
A importância da família
Seja unida ou não, ouriçada ou não, família é família. É esse grupo de pessoas que te acompanha na sua fase boa e, também, na ruim. É aquela galera que você sabe que pode contar sempre que precisar; e que você realmente gosta de ajudar quando te chamam.
Ter uma família significa aprender a dividir, a compartilhar, a trocar. Fazer parte de uma família é saber que existem pessoas que te acompanham, mesmo nesses tempos em que estamos mais individualistas. É com a família que a gente aprender a amar e a respeitar as diferenças. É com ela, e muitas vezes por ela, que a gente cresce e amadurece.
E não é para menos: nós somos seres sociais. Nós somos animais que sempre nos organizamos em grupos. Ter uma família faz parte da nossa essência. Enquanto que não ter uma pode ter consequências sérias para o nosso emocional.
A família que a gente escolhe…
Beleza. Se a gente entende que família é, acima de tudo, esse nosso mais importante grupo de apoio, então existe a família que a gente escolhe sim. Pelo menos, é assim que muitas pessoas estão começando a se organizar socialmente.
Hoje em dia, as famílias estão ficando menores, temos mais oportunidade de migrar (com as novas tecnologias) e as cidades estão crescendo (algo que tem impacto forte na maneira com a qual nos relacionamos, como dissemos recentemente num post aqui do blog). Por isso, para muitas pessoas, existe uma necessidade de formar, com amigos, grupos que tenham um senso familiar, de modo a conseguir ter uma boa comunidade de apoio – o que não necessariamente significa “substituir” uma família por outra, podendo ter um sentido mais complementar.
Além disso, pessoas LGBTQI+, por exemplo, podem passar por problemas reais com as famílias com quem cresceram, encontrando refúgio e alívio em seus amigos, como RuPaul frequentemente nos lembra. No Reddit (rede social de fóruns de discussão), o tópico “Families You Chose” (em português, famílias que você escolhe), é possível encontrar várias pessoas LGBTQI+ que procuram um apoio de caráter familiar fora de suas famílias.
E nossos amigos importam… Muito
Em 2017, a Universidade do Estado de Michigan, nos EUA, divulgou uma pesquisa, sobre o impacto de amigos, que chegou a sair em vários veículos, como no britânico The Guardian e na Veja, aqui no Brasil. No relatório da pesquisa, a Universidade mostrou que existe uma relação clara entre nossos amigos e nossa saúde emocional.
Para os pesquisadores, como as famílias podem muitas vezes ter dinâmica monótonas e negativas, nossos amigos, que surgem de escolhas conscientes, têm um papel importante em nosso bem-estar. Boas amizades nos deixam mais felizes e saudáveis, enquanto que amizades estressantes aumentam a probabilidade de doenças. Por outro lado, as famílias, no seu sentido mais tradicional, não costumam ter tanto impacto na nossa saúde.
Então, investir em amizades sólidas, duradouras e positivas, com toda cara dessa família que a gente escolhe, é uma forma boa e importante para cuidar da sua saúde emocional. Especialmente se você não tem um bom contato com a família que te criou.
Cuide ainda mais da sua saúde emocional
Cuidar da relação com os seus amigos, então, é uma forma de cuidar da sua saúde emocional. Inclusive, essa pode ser uma boa promessa de ano novo: construir relações mais sólidas com aquelas pessoas que fazem diferença na sua vida.
E, para te ajudar nessa jornada, você pode contar com o zenPremium. Quem assina nosso serviço tem acesso a diferentes conteúdos que vão te auxiliar a lidar melhor como seu dia a dia, além de novas ferramentas que vão te ajudar a mapear seu emocional constantemente. Gostou? #SeConhecerFazBem
Quem chega na faixa dos 50 anos e solteiro tem redesenhada a Familia: que são vizinhos do mesmo andar, quem caminha conosco (no meu caso pela orla). Nesses tempos em que núcleos familiares mais tempo juntos na residência, não é raro eu que poderiam chamar-me de solitário, ter me tornado ouvinte de caras casados ou de jovens que estão estressados com aulas remotas e pais tão presentes!