Dias de baixa autoestima são comuns e acontecem com todo mundo. Mas, quando a insegurança e insatisfação com a aparência ultrapassa alguns limites isso pode ser um sinal de TDC ou Transtorno Dismórfico Corporal.

Em tempos de redes sociais, estar insatisfeito com a própria aparência já se tornou quase uma regra. Ainda mais quando pensamos na facilidade dos procedimentos estéticos. Mas, vale lembrar que esses fatores podem nos afetar psicologicamente até mesmo ao ponto de desenvolverem transtornos alimentares ou de imagem.

O TDC é um transtorno mental bastante comum. É estimado que cerca de 1,7% para 2,4% da população é afetada por esse transtorno que geralmente começa na adolescência e atinge homens e mulheres da mesma forma.

O que é transtorno dismórfico corporal?

O transtorno dismórfico corporal (TDC) é um transtorno mental que tem como principal característica uma preocupação, sem controle, com a aparência. Essa preocupação está muito ligada aos defeitos, que muitas vezes são mínimos ou nem existem, mas para a pessoa se tornam intoleráveis.

Além disso, segundo o que é descrito pelo DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico), os sintomas do TDC trazem prejuízos para a vida social, no trabalho ou em outras áreas importantes para a pessoa.

Apesar de ser um transtorno único, alguns especialistas ainda discutem a possibilidade categorizar o TDC como uma forma de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Isso porque os dois transtornos têm algumas características parecidas, como por exemplo baixa autoestima, pensamentos desagradáveis e comportamentos compulsivos.

Mas, apesar das semelhanças, o Transtorno Dismórfico Corporal tem sintomas particulares que podem te ajudar a identificar e entender se você está passando por isso.

Sintomas do transtorno dismórfico corporal

Baixa autoestima

Os principais sintomas podem começar a partir de uma baixa autoestima. Esse pode ser o primeiro sinal de que a relação da pessoa com seu corpo e possíveis imperfeições não está equilibrada.

Preocupação extrema

Pessoas que sofrem com TDC tendem a se preocupar de forma fora do normal com seus defeitos. Além disso, esses defeitos tendem a ser detalhes que quase não aparecem ou são imaginários.

Comportamentos repetitivos

Nesse caso, a pessoa se preocupa tanto com a própria aparência que acaba criando manias. Por exemplo, é comum que quem sofre com TDC que olhe diversas vezes no espelho ou fique checando seu reflexo em qualquer lugar que vá.

Autocrítica e isolamento

O incômodo com a própria aparência pode ser tamanho que a pessoa passa a se isolar, mudar o jeito de se vestir, buscar esconder mais o corpo. Isso tudo parte da enorme insegurança e autocrítica.

Onde está a insatisfação?

Por mais que os defeitos e imperfeições muitas vezes nem existam, algumas características do corpo são os alvos mais comuns. Entre eles estão a insatisfação nas seguintes partes do corpo:

  • Pele
  • Seios
  • Quadril
  • Barriga
  • Cabelo
  • Órgão genital
  • Altura
  • Peso
  • Nariz
  • Pernas

O que o transtorno dismórfico corporal pode causar?

Infelizmente é comum que transtornos de imagem como esse acabem trazendo junto outros transtornos como por exemplo os alimentares. Conheça quais outras doenças podem estar associadas ao Transtorno Dismórfico Corporal:

Notou sinais de transtorno dismórfico corporal?

Caso você ou alguém próximo esteja apresentando sintomas ou sinais de Transtorno Dismórfico Corporal o ideal a se fazer é procurar mais informações e também ajuda de um profissional.

A psicoterapia é extremamente eficiente em casos como esse e pode te ajudar a alcançar muito mais qualidade de vida e autoconfiança. Se você sente que precisa de apoio, não hesite. Encontre um profissional para te ajudar. Bem-estar deve ser uma prioridade e é um direito de todos.

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Referências

Salina-Brandão, Alessandra; Cassetari, Bruna Miziara; Daroz, Roberta; Fernandes, Vanessa; Bolsoni-Silva, Alessandra Turini. Transtorno dismórfico corporal: uma revisão da literatura. 2011, Vol. 19, no 2, 525 – 540

Moriyama, J. de S., & Amaral, V. L. R. (2007). Transtorno dismórfico corporal sob a perspectiva da análise do comportamento. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 9(1), 13-26.