A fluoxetina é o princípio ativo de um dos antidepressivos mais conhecidos no mundo: o Prozac, da farmacêutica Eli Lilly. Mas apesar da fama, ainda há muitas dúvidas sobre essa medicação. Para que serve a fluoxetina? Quais são os efeitos colaterais? Afinal, fluoxetina engorda? Ou emagrece? Descubra essas respostas e outras informações a seguir. E lembre-se: o seu uso deve ser somente sob prescrição e acompanhamento médico.

Introdução

A fluoxetina foi um dos primeiros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) a serem descobertos. Mas, com o nome comercial Prozac, chegou ao mercado na década de 1980 causando uma revolução na categoria de antidepressivos. Assim sendo, foi chamada à época de “pílula da felicidade”, e se tornou o medicamento referência da classe. Diversos estudos farmacêuticos evoluíram após o seu lançamento. E embora hoje estejam disponíveis diversas outras medicações, sua fórmula continua entre as mais prescritas no mundo.

O que é fluoxetina?

Antidepressivo da segunda geração, é um princípio ativo de medicações que atuam por meio dos neurotransmissores serotoninérgicos. Ou seja, é uma substância que atua no cérebro para aumentar os níveis de serotonina – um neurotransmissor responsável por regular o humor, apetite, entre outras funções. Dessa forma, faz com que os neurônios possam se comunicar melhor entre si. Por isso, ela ajuda a proporcionar maior bem-estar ao paciente.

Para que serve a fluoxetina

Em suma, serve para regular os níveis de serotonina no cérebro. Na prática, segundo a bula, para que serve a fluoxetina?

Quais são as contraindicações?

De acordo com a bula, a fluoxetina é contraindicada nos seguintes casos:

  • Pacientes com hipersensibilidade ao cloridrato de fluoxetina ou a qualquer um dos excipientes.
  • Em conjunto com tratamentos que utilizam inibidores da monoaminoxidase (IMAOs)
  • Em combinação com a administração de tioridazina

Precauções

Além de compreender para que serve o medicamento, é importante informar o seu médico sobre a presença de outras doenças ou tratamentos em andamento. A fluoxetina requer precauções e cuidados em alguns casos, como por exemplo:

  • Epilepsia ou histórico de convulsões
  • Diabetes
  • Arritmia cardíaca
  • Gravidez
  • Lactação
  • Glaucoma
  • Midríase
  • Problemas no fígado
  • Uso de drogas (atual ou no passado)
  • Tentativa de suicídio ou pensamentos suicidas
  • Doença renal
  • Crianças com menos de 7 anos

Interações medicamentosas

O cloridrato de fluoxetina não deve ser administrado simultaneamente com alguns remédios. Isso porque a interação química pode não só reduzir o efeito da fluoxetina, como também, causar danos à saúde. Portanto, sempre informe o seu médico dos remédios que está tomando. Só para ilustrar, conheça a seguir algumas classes e exemplos de medicamentos que devem ser evitados durante o tratamento com fluoxetina.

  • Antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) (fenelzida, isocarboxazida, moclobemida, tranilcipromina)
  • Outros tipos de antidepressivos (como o diazepam, lítio, amitriptilina, bupropiona)
  • Medicamentos para controle do batimento cardíaco (propranolol)
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (ácido acetilsalisílico)
  • Anticoagulantes (varfarina)
  • Remédios para controle do apetite (fentermina)
  • Medicação para dor (tramadol).
  • Medicamentos que agem no sistema nervoso central (fenitoína, carbamazepina, haloperidol, clozapina, diazepam, alprazolam, lítio, imipramina e desipramina)
  • Medicamentos que são metabolizados por um subgrupo específico de enzimas produzidas pelo fígado, o sistema P4502D6
  • Remédios que se ligam a proteínas plasmáticas
  • Erva-de-são-joão

Outra combinação que precisa ser igualmente evitada é a fluoxetina e álcool. Então, durante o tratamento, não é aconselhável a ingestão de bebidas alcoólicas.

Efeitos colaterais

Existem diversos efeitos colaterais de fluoxetina – de fato, isso vai variar de pessoa para pessoa. Entretanto, é importante destacar as ocorrências mais comuns, que são:

  • Redução de apetite
  • Náusea
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Diarreia
  • Insônia
  • Ansiedade
  • Fadiga
  • Dor de estômago
  • Diminuição da libido
  • Retardo na ejaculação
  • Impotência sexual

Nomes comerciais

Com efeito, o Prozac, do laboratório Eli Lilly, é o medicamento referência da fluoxetina. Mas atualmente é possível encontrar esse princípio ativo em sua versão genérica, além de outros nomes comerciais:

  • Daforin
  • Depress
  • Depoflox
  • Fluoxetin
  • Fluxene
  • Flozura
  • Neo Fluoxetin
  • Psiquial
  • Prozen
  • Verotina S
  • Zyfloxin

Dúvidas

Fluoxetina: como tomar?

A posologia varia de acordo com a doença a ser tratada e o organismo de cada pessoa. As doses costumam variar principalmente entre 20 a 40mg por dia, sendo que o máximo deve ser 80mg.

Fluoxetina dá sono?

O cloridrato de fluoxetina não dá sono. Todavia, o que pode acontecer é o paciente ter sonolência como uma reação adversa. Por isso, muitos médicos recomendam dosagens baixas no início do tratamento, a fim de minimizar os efeitos colaterais da fluoxetina.

Fluoxetina emagrece? Ou a fluoxetina engorda?

Antes de tudo, é bom saber: ela pode causar alterações no peso, tanto para menos, como para mais. Isso acontece porque a falta de apetite ou o consumo exagerado de alimentos podem ser sintomas da depressão e da ansiedade. A ação da fluoxetina irá regular o organismo. Além disso, a perda de apetite é um efeito colateral do remédio. Nesse caso, a pessoa pode perder peso, mas recuperar à medida que o tratamento segue. Em suma, não deve ser usada para emagrecer.

Devo tomar fluoxetina para ansiedade?

Sem dúvida, a fluoxetina para ansiedade é uma ótima opção. Mas a decisão do medicamento para tratar a saúde mental deve ser sempre do psiquiatra, que também deve acompanhar toda a terapia. E ainda que a fluoxetina para ansiedade seja uma excelente indicação, nem sempre o paciente atinge o resultado esperado e é preciso rever a medicação.

As informações desta página foram disponibilizadas com fins puramente informacionais. Em hipótese alguma, elas devem embasar a autoprescrição ou indicação para terceiros. Sempre consulte um especialista sobre qualquer assunto relativo à sua saúde mental.