Existem diversos tipos de terapia, baseados em diferentes abordagens da psicologia e psicanálise. Além disso, muitas delas são baseadas em diferentes estudiosos e pensadores. Mas, afinal, como saber qual é o tipo ideal pra você?

Um dos erros mais comuns de quem não procura ajuda de um profissional é pensar que somente quem sofre de problemas como ansiedade ou depressão precisam recorrer à terapia psicológica.

O acompanhamento com um psicólogo é recomendado para diferentes vivências e fases da vida, como dificuldades no relacionamento, dúvidas em relação à carreira, busca por autoconhecimento ou mesmo para descobrir como determinados padrões de comportamento que estabelecemos inconscientemente podem influenciar diretamente na nossa vida.

Mas como saber qual tipo de abordagem é a mais adequada para o momento que estamos vivenciando ou com qual é que nós vamos identificar mais? Não existe fórmula para determinar quais tipos de terapia se adequam mais a você, mas conhecer como funcionam determinadas abordagens podem ajudar você nessa escolha.

A importância da terapia

A psicoterapia tem diversas finalidades, desde te ajudar no caminho do autoconhecimento até ocupar um espaço fundamental no tratamento de transtornos. De maneira geral, a terapia serve e é importante para ajudar as pessoas a lidarem da melhor forma possível com as suas questões emocionais.

Todas as pessoas lidam de forma diferente com os grandes acontecimentos em sua vida, sejam eles bons ou ruins. Por exemplo, passar por uma fase de luto pode ser algo extremamente difícil de lidar. 

Terapia é para quem quer se desenvolver

Nesses momentos, ou em qualquer outro, você pode recorrer à ajuda da psicoterapia, de psicólogos, psicanalistas e terapeutas. A terapia surge como uma ferramenta que te ajuda a entender e compreender os seus sentimentos e ações.

Por isso, é muito importante ter em mente que a terapia ajuda sim a tratar transtornos como a depressão, ansiedade e outros. Mas também te ajuda a enfrentar coisas mais comuns do nosso dia a dia, como por exemplo troca de carreira, relacionamentos, família, estudos, entre outros. 

Outro fator muito importante da terapia, é que ela te leva a praticar o autoconhecimento. Ou seja, entrar em contato com as suas emoções, entender suas limitações, quebrar preconceitos e até mesmo descobrir seu potencial e suas habilidades.  

Por que fazer terapia

Como já deu pra perceber, a terapia está aí para ser sua aliada, uma ferramenta de autoconhecimento e descoberta. Mas, e na prática, por que fazer terapia?

Um dos motivos mais importantes de fazer terapia, e onde ela é extremamente necessária, é para auxiliar no tratamento de transtornos, como a depressão, ansiedade, fobias, transtornos alimentares, bipolar, entre outros. 

Em casos como esse, a terapia é a forma principal de tratamento ou é trabalhada juntamente com o acompanhamento de um médico especialista como o psiquiatra. O Tipo ideal de terapia em casos como esse pode variar de pessoa para pessoa e também do tipo de transtorno. 

Outro ponto onde a terapia é muito importante, é quando a pessoa precisa aprender a lidar de forma mais saudável com seus sentimentos. Passar pela perda de um ente querido, enfrentar problemas nos relacionamentos, todos esses são exemplos de sentimentos que podem ser lidados melhor com o acompanhamento da terapia. 

Dessa forma, você pode recuperar seu bem-estar emocional após um abalo, ou melhorar seu relacionamento com as pessoas a sua volta. 

Mas, a terapia não te ajuda apenas nos momentos ruins. Ela pode ser muito benéfica ao passar por grandes mudanças de vida, como por exemplo uma troca de carreira, início de novos desafios, novas adições na família, maternidade, entre outras.

Em momentos como esse, a terapia pode te ajudar a estruturar um plano para essas novas mudanças, te ajudar a encontrar a confiança necessária ou entender as dinâmicas de um novo dia a dia. 

A verdade é que a terapia não vai te dizer o que você tem que fazer, e sim mostrar qual caminho você quer seguir através de questionamentos e provocações.

Tipos de terapia

Sem dúvida, a terapia pode te ajudar a enfrentar os mais diferentes desafios. Por isso mesmo, existem diversas abordagens diferentes, cada uma com características únicas. Mas, afinal, como saber qual o tipo de terapia ideal? 

Para isso, a melhor forma é pesquisar e entender um pouco mais sobre a estratégia terapêutica, buscar qual forma te deixa mais confortável e confiante e tentar. 

Vamos conhecer agora um pouco mais sobre os principais tipos de terapia, como eles funcionam e suas características mais importantes. 

Terapia Psicanalítica de Freud

Esse tipo de terapia, como o nome sugere, foi desenvolvida pelo austríaco Sigmund Freud. Ele percebeu que poderia curar as pessoas de seus transtornos mentais por meio da fala.

Ao entrar em um consultório de atendimento psicanalítico freudiano, você provavelmente vai se deparar com um divã. Os profissionais que seguem essa linha preferem que o cliente não os encare frente a frente. Isso porque querem evitar que as pessoas fiquem inibidas.

As primeiras sessões de terapia geralmente são avaliativas. Sendo assim, o psicanalista vai te fazer perguntas preliminares para ver se você necessita da ajuda da psicanálise ou te encaminhar para outro profissional.

Durante as sessões você será livre para falar sobre absolutamente tudo. Do mesmo modo, o psicanalista vai te ajudar a remover barreiras que te impedem de expressar ideias e sentimentos. Por fim, a partir dos seus relatos, o profissional fará interpretações e compartilhará ideias.

O psicanalista normalmente não te dirá o que fazer ou como agir. Mas, mesmo assim, fará questionamentos que te levarão a refletir e falar mais sobre as questões trabalhadas.

Sendo assim, o tempo de acompanhamento costuma ser mais longo, podendo durar anos. Isso porque é uma modalidade da psicanálise que explora os problemas desde a raiz. 

Está pronto para tentar a cura pela fala? Marque uma sessão com um dos especialistas em psicanálise do Zenklub.

Terapia Junguiana

A terapia Junguiana também tem seu nome como inspiração, já que foi desenvolvida por Carl G. Jung. Uma das características mais marcantes da terapia junguiana é que você vai responder algumas perguntas sobre os seus sonhos. 

Isso porque, o inconsciente é uma das principais fontes de análise nesse tipo de terapia. Sendo assim, uma das suas formas de análise é entender seus sonhos.

Além disso, é muito comum que o profissional desta linha se utilize de técnicas relacionadas à arte, como por exemplo desenhos e a escrita. O foco aqui é fazer com que o paciente se sinta confiante e guie a sessão da forma como sentir que deve. 

Terapia Behaviorista

A princípio, existem vários braços que derivam da psicologia behaviorista – ou comportamental. Mas a abordagem geral é muito parecida.

Nesse sentido, para os profissionais desta linha o comportamento humano é produto de uma série de fatores. Ou seja, nada que fazemos é por acaso. Por exemplo, você se apresenta de maneiras diferentes quando está almoçando com a sua mãe e quando está num happy hour com o pessoal do escritório. O meio tem influência grande na maneira como agimos.

Esta abordagem é mais direta e visa à correção de comportamentos por meio da exposição da pessoa a seus medos. Por exemplo, se você tem medo de falar em público, seu psicólogo comportamental provavelmente irá propor uma série de exercícios que farão o medo diminuir aos poucos.

Além disso, é possível que seu terapeuta proponha alguma “tarefa de casa”, podendo até mesmo te acompanhar em alguma atividade externa. Por exemplo, como em uma apresentação, caso seu medo seja falar em público.

Humanismo

De maneira bem resumida, os humanistas entendem que só podemos mudar o mundo quando nos aceitamos inteiramente. Pode parecer um pouco estranho dizer que o melhor jeito de mudar é se aceitando, mas na terapia do humanismo essa afirmação faz sentido.

Ou seja, muitas pessoas que enfrentam problemas com vícios, como álcool e drogas, se beneficiam bastante desta linha de trabalho. O tratamento para essas pessoas começa a fazer efeito quando eles aceitam que existe um vício. A partir daí, começa a mudança.

Esta linha de trabalho não se limita somente a esses casos. O fim de um relacionamento longo pode ser tratado pelo viés humanista, por exemplo.

Esse é um dos tipos de terapia que não tem uma estrutura tão rígida quanto o comportamental, por exemplo. Sendo assim, o foco aqui é trabalhar a auto aceitação e o amor próprio.

Psicoterapia breve focal

O objetivo é melhorar a qualidade de vida em um curto espaço de tempo. Sendo assim, as dificuldades mais comuns a serem resolvidas são ansiedade, crises de relacionamento, estresse, problemas de autoestima e dúvidas em relação à carreira.

Essa técnica chegou no Brasil no começo dos anos 1970. A princípio, veio para suprir a necessidade de dar assistência às pessoas que não tinham acesso a consultórios particulares.

Para o psicólogo Renisson Araújo, o atendimento por vídeo-consulta faz esse papel hoje. Ele relata que percebeu no atendimento online um novo público, que traz suas vivências e busca por orientações mais breves.

Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) 

Esta é uma modalidade de terapia similar à behaviorista. Muito indicada para pessoas que sofrem com transtornos de ansiedade.

Os profissionais que trabalham com terapia cognitivo-comportamental acreditam que a maneira como as pessoas entendem o mundo é a fonte dos transtornos da mente. Ou seja, não foi o assalto semana passada que fez de você uma pessoa ansiosa, mas a sua percepção sobre o ocorrido é que está mexendo com a sua cabeça.

O objetivo da TCC é ajudar o cliente a se conhecer melhor. Ou seja, analisar os próprios pensamentos, – especialmente os pensamentos automáticos, intrusivos – seus sentimentos e a influência dos mesmos em seu comportamento. A maioria dos nossos pensamentos são automáticos, e aceitos como verdades absolutas.

O terapeuta cognitivo-comportamental vai trabalhar na mudança da sua visão sobre o mundo e os acontecimentos. Sendo assim, é uma técnica diretiva que tem sessões bem estruturadas. Na maioria das vezes, no início do tratamento, o profissional vai te informar sobre o número de sessões necessárias para tratar do problema.

Psicoterapia Corporal Reichiana

Não confundir com Reiki. Para Wilhelm Reich, sentar e falar sobre problemas não era o bastante. Era preciso colocar a mão na massa.

Para os profissionais reichianos, as dores da mente se traduzem no corpo todo. De modo que este terapeuta irá propor exercícios de mudança de postura e respiração, por exemplo. É uma terapia que trabalha o mental através do físico.

Os clientes passam por avaliações e têm técnicas desenvolvidas individualmente.

Mindfulness – Atenção Plena

Para terminar nossa lista de tipos de terapia vamos falar de algo recente no mundo. Acontece tanta coisa à nossa volta que concentrar-se em uma tarefa por vez se tornou um desafio e tanto. O Mindfulness ou Psicologia da Atenção Plena é uma forma de ensinar a mente e tem como objetivo aumentar o foco do cliente.

O terapeuta de Mindfulness emprega técnicas de meditação para aumentar o potencial de foco do cliente. Esta linha emprega muitas técnicas do budismo, mas sem viés religioso algum.

O mais legal dessa linha é que além de te transformar em um mestre do foco e da atenção, esse método ainda contribui muito para a diminuição do estresse.

Como escolher o modelo de terapia ideal para você

Já vimos que existem diversos tipos de terapias e abordagens, mas como escolher o tipo ideal para o que você gostaria de tratar? 

Por mais que se pesquise cada tipo, leia informações e busque entender mais sobre as estratégias terapêuticas, a maneira mais eficiente de escolher um tipo ideal é iniciando a terapia.

Durante a primeira sessão, exponha para o psicólogo ou terapeuta os motivos que te levaram a procurar por terapia, tente ser o mais aberto e descritivo possível. Dessa forma, o profissional pode te apresentar como trabalhar essas questões no viés terapêutico ou pode até mesmo te indicar outro tipo ou profissional.

Por isso, faça sua pesquisa e dê o primeiro passo no tipo de terapia em que você se sentir mais confortável. Lembre-se que os profissionais estão lá para te ouvir e te auxiliar. 

Conclusão 

A psicoterapia é uma ferramenta poderosa e grande aliada da saúde mental e emocional. Conhecer os diversos tipos de terapia e abordagens terapêuticas pode abrir portas para o autoconhecimento, para superar desafios e tratamento de diversos transtornos.

Buscar ajuda profissional não deve ser vergonha e a terapia já ajudou e continua ajudando muitas pessoas. O psicólogo é um profissional capacitado que age de acordo com um código de ética visando o melhor atendimento para quem o procura.

Conheça os especialistas do Zenklub e encontre o profissional certo para você! 

COMECE AGORA.

Referências

Eizirik CL, Hauck S. Psicanálise e Psicoterapia e Orientação Analítica. In: Cordioli AV, editor. Psicoterapias: abordagens atuais. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. p.151-66.

Cordioli AV. As principais psicoterapias: fundamentos teóricos, técnicas, indicações e contra-indicações. In: Cordioli AV, editor. Psicoterapias: abordagens atuais. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. p.19-41.