Ser mãe é uma experiência indescritível. Apenas quem tem o privilégio de viver a maternidade, com toda a sua singularidade e potência, consegue sentir e entender como esse é um acontecimento transformador. Uma vivência de revoluções, dentro das particularidades de cada mãe, que floresce repleta de amor, mesmo com todos os seus desafios.
Por isso, pensando no que é particular de cada uma, tem vezes que a aquela frase “mãe é tudo igual, só muda de endereço” não faz tanto sentido assim. Afinal, ninguém vive a maternidade igual à de outra; cada “ser mãe” é completamente único.
Mas tem outras vezes, também, em que a frase faz todo o sentido. Porque algumas emoções e sensações parecem ser quase que universais. E é sobre essas possíveis universalidades que nós vamos falar nesse texto; é em cima dessas experiências tão maternas que nós vamos tentar descrever o indescritível e, quem sabe, inspirar um olhar mais humano e tenro sobre o se tornar mãe.
Ser mãe é se descobrir
Ter um filho é poder descobrir essa pessoinha dia após dia: do que ela gosta, como ela age, como ela se desenvolve e quem ela é. Mas não é que ser mãe é viver tudo isso também consigo mesma?
Cuidar de uma outra vida, com tanto afeto, pode revelar muito de uma pessoa. Só que entrar em contato com esse tipo de revelação costuma sempre dar um medo; dentre os tantos medos e preocupações que, querendo ou não, fazem parte da maternidade. Felizmente, esse processo é um desafio que é possível ser superado.
Em outras palavras, é o enxergar a maternidade também como uma possibilidade de autoconhecimento. E que oportuno, não acha? Já que se conhecer mais é a oportunidade de encontrar mais completude, crescendo como pessoa e, claro, como mãe!
Ser mãe é reaprender o que é cuidado
Amar, ensinar, acompanhar, desenvolver e cuidar… E quanto cuidado! Cada uma à sua maneira, mas sempre cuidando. E, para uma mãe, poder cuidar é um dos momentos mais prazerosos da experiência; é aquilo que as faz sentir profundamente a maternidade. Muitas, então, se dedicam de corpo e alma, de maneira instintiva e muito bonita.
Mas é preciso ter atenção: esquecer-se de se cuidar, de praticar o autocuidado, é algo que não pode ser perdido. E, mesmo como mãe, cuidar de si mesma não é um ato egoísta, nem superficial. Muito pelo contrário: uma mãe que não se deixa de lado, se fortalece.
Então, para viver toda a delícia que é amar e prover para o filho, a maternidade deve ser acompanhada desse amor-próprio. Porque quem se cuida e se ama tem muito mais cuidado e amor para dar!
Ser mãe é encarar vulnerabilidades
Todos temos vulnerabilidades. Logo, toda mãe vai ter que ver o próprio filho ser vulnerável, o que pode ser muito difícil, mas que também abre muita possibilidade de ensinamentos. Além disso, toda mãe também vai acabar encontrando as vulnerabilidades que carrega dentro de si; e esse também é um desafio.
Portanto, ser mãe é, inevitavelmente, pensar coisas como: “eu não sei o que fazer”, “eu não estou entendendo”, “eu me sinto perdida”, “eu estou muito preocupada”… E compreender que isso faz parte é um passo importante. Porque nenhuma maternidade é marcada por saber tudo e tirar tudo de letra. A perfeição simplesmente não existe.
Além disso, assim como a vulnerabilidade de um filho pode aproximá-lo da mãe e permitir um momento de ensinamento, o mesmo vale para ela; que descobre quem pode apoiá-la, quem está ao seu lado e o onde ela deve continuar se desenvolvendo.
Mães + Zen
Tendo já passado por esses três pontos essenciais, que procuraram descrever em palavras o que, de fato, só se pode sentir, fica clara nossa intenção de ver Mães + Zen: mães que se conhecem, se cuidam, se aceitam e vivem a maternidade com muito amor! Mães que entendem que se valorizar não é deixar o filho de lado; que sabem que procurar ajuda não é um sinal de fraqueza; e que não existe maternidade perfeita!
E para entender melhor como é possível explorar todos esses lados, Izabella Camargo entrevistou a atriz Naiumi Goldoni, que tem um canal no youtube contando suas experiências como mãe. Como sempre, o papo foi parar no Zencast, nosso podcast sobre saúde emocional.
A seguir, separamos alguns destaques dessa conversa.
Conciliando o trabalho
Hoje em dia, as mulheres felizmente estão muito presentes no mercado de trabalho. Mas isso significa que ter um filho, ou apenas cultivar o desejo de um dia tê-lo, traz diversas questões de como dar continuidade aos vários planos da vida. Para Naiumi, esses são pontos importantes que devem ser avaliados; com soluções que podem surgir de onde se menos espera:
A gente se reinventa quando tem um filho.
Compartilhando as dificuldades
Naiumi diz que no cuidado com um filho, é comum ter a vontade de lidar com tudo sozinha. Só que compartilhar os desafios e o que se está sentindo são práticas que muito têm a ajudar. É assim, inclusive, que descobre-se que ser mãe é conviver com adversidades que muitas outras mães também encontram. É como ela diz:
A gente acha que é só com a gente que acontece. E não é!
Descobrindo o próprio potencial
Com altos e baixos, ter um filho é viver muitas felicidades e prazeres nos melhores momentos. Mas, muitas vezes é nos não tão bons que se percebe onde evoluir. E essa certamente evolução vem, até que se olha no espelho e se constata, como Naiumi também constatou:
Vai dar tudo certo e você é muito mais capaz do que você pensa.
Viver todo esse amor é ser mãe
Falamos no começo e repetimos: essa é uma experiência única e singular, com tantos lados e complexidades diferentes; o que ajuda a dar ainda mais beleza e intensidade para a maternidade. E embora cada uma trilhe sua jornada individual, diferentes trajetos acabam encontrando caminhos em comum.
Então, se você quiser saber mais da vivência da Naiumi, para entender como ela pode te inspirar, ouça agora mesmo ao episódio “Maternidade e vulnerabilidade com Naiumi Goldoni” do Zencast.
E lembre-se: não tenha medo de recorrer a alguém. Caso você esteja sentindo a necessidade de um acompanhamento profissional, por exemplo, fique tranquila: toda ajuda será sempre bem-vinda. Afinal, ser mãe é, também, encontrar maneiras de se fortalecer. Precisando, nós estamos aqui, com mais de 350 especialistas de saúde emocional prontos para te atender: encontre um especialista.