A ergonomia é uma área que busca aprimorar e otimizar as interações entre os profissionais e o ambiente de trabalho, proporcionando maior conforto, eficiência e segurança no desempenho das atividades diárias.
A sua principal finalidade é promover o bem-estar dos trabalhadores, prevenir lesões, aumentar a produtividade e garantir qualidade de vida de todos, criando espaços mais saudáveis, funcionais e adaptados às necessidades dos colaboradores.
Leia o nosso artigo e entenda o que é ergonomia, os principais tipos e como aplicar esse conceito nos ambientes empresariais. Vem com a gente!
Quais são os pilares da ergonomia?
A ergonomia baseia-se em pilares importantes que guiam a definição de espaços, atividades e ferramentas que contribuem com o desempenho e o bem-estar dos trabalhadores.
Esses pilares estão associados à valorização das pessoas e o desenvolvimento de soluções que alinhem conforto, eficiência e tecnologia. Confira quais são eles:
Valorização do ser humano: esse conceito coloca as pessoas no centro do sistema de trabalho não apenas como executores de tarefas, considerando, suas habilidades e limitações na concepção das atividades.
Tecnologia como aliada: as ferramentas tecnológicas devem ser implementadas para oferecer suporte e facilitar a realização das atividades.
Bem-estar e qualidade de vida: oferta de condições que preservem a saúde física e mental dos profissionais, tornando os ambientes mais produtivos e saudáveis.
Respeito às diferenças individuais: a diversidade de capacidades físicas, cognitivas e emocionais deve ser considerada ao planejar tarefas e os espaços de trabalho.
Responsabilidade social e coletiva: reconhece a importância de atender às necessidades e interesses de todos os agentes envolvidos: colaboradores, empresas e sociedade.
Origem e história da ergonomia
A ergonomia tem suas raízes na antiguidade, mas seu desenvolvimento como disciplina científica começou no início do século XX.
Durante a Revolução Industrial, a necessidade de melhorar a eficiência e a segurança nas fábricas levou aos primeiros estudos sobre a relação entre o homem e o trabalho.
No entanto, foi durante a Segunda Guerra Mundial que a ergonomia ganhou destaque, com a necessidade de projetar equipamentos militares que pudessem ser operados de forma eficiente e segura pelos soldados.
Com o tempo, a ergonomia se expandiu, incorporando conhecimentos de diversas áreas como fisiologia, psicologia, engenharia e design.
Essa união de saberes permitiu o desenvolvimento de técnicas e ferramentas para adaptar o trabalho às capacidades e necessidades humanas.
Objetivos da ergonomia
Os principais objetivos da ergonomia no ambiente de trabalho são voltados para melhorar a interação entre os trabalhadores e seu ambiente, equipamentos e tarefas.
Esses objetivos incluem promover a saúde e segurança, reduzindo o risco de lesões e doenças ocupacionais, como lesões por esforço repetitivo e distúrbios musculoesqueléticos, garantindo que o ambiente de trabalho seja seguro e saudável.
Além disso, a ergonomia busca também aumentar o conforto, ajustando o ambiente de trabalho para atender às necessidades individuais dos trabalhadores, proporcionando um espaço confortável e menos estressante, o que pode reduzir a fadiga e melhorar o bem-estar geral.
A ergonomia também visa cuidar da saúde mental nas empresas, ajudando a prevenir a fadiga e o estresse, estruturando as tarefas de forma que alternam períodos de atividade com pausas adequadas, prevenindo o cansaço excessivo e o estresse mental
Tipos de ergonomia
A ergonomia é dividida em diferentes tipos, cada um focado em aspectos específicos do ambiente de trabalho e das interações humanas. Esses tipos incluem a ergonomia física, a ergonomia cognitiva e a ergonomia organizacional.
Entenda cada uma delas a seguir:
Ergonomia física
- Design de móveis e equipamentos que suportem uma postura saudável;
- Disposição ergonômica de ferramentas e máquinas para evitar esforços excessivos;
- Criação de processos de trabalho que minimizem o risco de lesões musculoesqueléticas;
- Condições adequadas de iluminação, ruído e padrões térmicos para assegurar um ambiente de trabalho confortável e seguro.
Ergonomia cognitiva
- Design de interfaces de usuário (UI);
- Usabilidade de softwares e dispositivos;
- Carga mental durante a execução de tarefas;
- Forma como a informação é apresentada e processada.
Ergonomia organizacional
- Análise e redesenho de tarefas;
- Organização do tempo de trabalho;
- Ergonomia participativa (onde os próprios trabalhadores contribuem para melhorias ergonômicas);
- Implementação de práticas que promovam um ambiente de trabalho saudável e produtivo;
- Discussões sobre liderança, motivação e desenvolvimento de habilidades para criar um ambiente de trabalho que suporte o bem-estar dos funcionários e os objetivos da empresa.
Normas e regulamentações de ergonomia no trabalho
Atualmente, há uma série de normas e regulamentações, que abordam a ergonomia no trabalho, como:
- NR-6: Equipamento de Proteção Individual – EPI;
- NR-33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados;
- NR-35: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Altura;
- Norma Brasileira ABNT NBR 15051-1: Mobiliário para Escritórios – Cadeiras de Trabalho – Parte 1: Requisitos Gerais.
O que é NR-17?
A Norma Regulamentadora n.º 17 (NR-17) é a principal referência em ergonomia no Brasil. Ela estabelece diretrizes e requisitos para a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores.
Seu objetivo é garantir:
- Conforto: móveis ajustáveis, posturas adequadas, ferramentas ergonômicas;
- Segurança: prevenção de acidentes e doenças ocupacionais;
- Saúde: redução do estresse, fadiga e outros problemas de saúde;
- Desempenho eficiente: aumento da produtividade e qualidade do trabalho.
Benefícios da ergonomia no trabalho
Implementar práticas ergonômicas no ambiente de trabalho não é apenas uma questão de conforto e bem-estar, mas sim um investimento inteligente que gera retornos positivos para todos os envolvidos: colaboradores e empresas.
Entenda:
Para o colaborador
A ergonomia pode aumentar a produtividade no ambiente de trabalho de diversas maneiras:
- Melhora da postura: ajustes em mobiliário e equipamentos reduzem a tensão muscular e a fadiga, permitindo que os trabalhadores mantenham uma postura adequada ao longo do dia;
- Redução de lesões: equipamentos ergonômicos e práticas corretas de manuseio de materiais diminuem o risco de lesões por esforço repetitivo e outros problemas musculoesqueléticos;
- Conforto aumentado: um ambiente de trabalho confortável melhora o bem-estar geral, reduzindo o estresse físico e mental;
- Maior concentração: ambientes ergonomicamente projetados minimizar distrações e desconfortos, permitindo que os colaboradores se concentrem melhor nas suas tarefas;
- Melhor qualidade de vida no trabalho: práticas ergonômicas contribuem para a saúde geral dos trabalhadores, tanto dentro quanto fora do ambiente de trabalho, melhorando a qualidade de vida
Para a empresa
A ergonomia contribui para a redução de faltas e afastamentos, trazendo benefícios significativos para a organização:
- Redução de afastamentos por doença: ambientes de trabalho ergonômicos diminuem a incidência de lesões e doenças ocupacionais, resultando em menos afastamentos por problemas de saúde;
- Diminuição do absenteísmo: com menos dores e desconfortos, os trabalhadores têm menos motivos para faltar ao trabalho, aumentando a presença e a consistência da equipe;
- Aumento da produtividade: trabalhadores mais saudáveis e confortáveis são mais eficientes, resultando em uma produção maior e de melhor qualidade;
- Redução de custos médicos e de seguros: menos lesões e problemas de saúde reduzem os custos com tratamentos médicos e seguros de saúde;
- Melhoria da moral e retenção de talentos: um ambiente de trabalho que prioriza a ergonomia demonstra cuidado com o bem-estar dos funcionários, melhorando a moral da equipe e ajudando a reter talentos valiosos.
Como aplicar a ergonomia no trabalho?
A ergonomia no trabalho não é apenas um conjunto de regras ou um móvel ergonômico. É uma filosofia que visa adaptar o trabalho ao ser humano, criando um ambiente onde ele possa se sentir confortável, seguro, saudável e produtivo.
Para implementar práticas ergonômicas eficazes no seu ambiente de trabalho, siga estas etapas:
Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
A AET é o ponto de partida para qualquer programa de ergonomia. Por meio dela, você poderá identificar os riscos ergonômicos presentes no ambiente de trabalho e desenvolver soluções para eliminá-los ou minimizá-los.
Passos para realizar uma AET:
- Defina o escopo da análise: determine quais áreas ou setores do trabalho serão analisados;
- Colete dados: utilize métodos como observação direta, entrevistas com os trabalhadores, análise de documentos e questionários;
- Analise as informações coletadas: identifique os riscos ergonômicos presentes no ambiente de trabalho;
- Priorize os riscos: determine quais ameaças devem ser solucionado as com mais urgência;
- Desenvolva soluções: elabore medidas para eliminar ou minimizar os riscos ergonômicos identificados;
- Implemente as soluções: coloque em prática as medidas desenvolvidas;
- Monitore os resultados: avalie a efetividade das ações implementadas e faça os ajustes necessários.
Adaptação do ambiente de trabalho
Adaptar os postos de trabalho para atender às necessidades ergonômicas envolve ajustes que promovem conforto, segurança e eficiência. Utilize cadeiras, mesas e outros móveis que possam ser ajustados para se adaptar às características físicas dos trabalhadores.
Também vale incorporar teclados, mouses, suportes para monitor e outros equipamentos desenhados ergonomicamente. Invista na organização do espaço, dispondo ferramentas e materiais de forma que estejam ao alcance sem exigir posturas forçadas ou movimentos repetitivos.
Garanta uma iluminação adequada, controle de ruído e condições térmicas confortáveis.
Treinamento e conscientização
O treinamento é fundamental para que os funcionários compreendam a importância da ergonomia e aprendam a aplicar práticas ergonômicas no seu dia a dia. O treinamento deve abordar temas como:
- Conceitos básicos de ergonomia;
- Riscos ergonômicos presentes no ambiente de trabalho;
- Posturas adequadas para o trabalho;
- Uso correto de móveis e ferramentas ergonômicos;
- Importância da organização do posto de trabalho;
- Hábitos saudáveis para prevenir doenças ocupacionais.
Ergonomia em diferentes setores
A ergonomia pode ser implementada de formas diferentes, dependendo das exigências e características de cada setor, o que exige adaptações específicas para garantir a segurança, o conforto e a eficiência das atividades laborais.
Entenda:
Ergonomia no escritório
- Móveis ajustáveis: mesas e cadeiras projetadas para proporcionar apoio adequado à coluna e membros.
- Composição dos espaços de trabalho: posicionamento adequado de monitores, teclados e mouse para possibilitar o correto alinhamento corporal.
- Pausas regulares: incentivo a paradas frequentes para evitar o surgimento de tensões musculares e estresse visual.
- Educação postural: orientação sobre como ter uma postura adequada e saudável ao longo do expediente.
Ergonomia nas empresas remotas (home office)
- Adequação do espaço de trabalho: incentivo à existência de um espaço funcional em casa, com mesa, cadeira adequada e boa iluminação.
- Equipamentos ergonômicos: orientação e oferta de suportes para notebook, teclados e mouses externos que contribuem com uma postura adequada.
- Pausas regulares: incentivo aos intervalos ao longo do dia para alongamento e descanso visual.
- Suporte à saúde mental: oferta de programas de bem-estar emocional.
Ergonomia na indústria
- Equipamentos adaptados: customização de ferramentas para diminuir movimentos repetitivos e esforço físico.
- Layout funcional: distribuição adequada do espaço para proporcionar a movimentação segura e ergonômica.
- Orientação prática: capacitação frequente sobre práticas ergonômicas na utilização de equipamentos e transporte de cargas.
Ergonomia no setor de saúde
- Adaptação de mobiliário hospitalar: camas, cadeiras e instrumentos para garantir o conforto de pacientes e profissionais.
- Movimentação segura de pacientes: práticas ergonômicas para movimentos diversos, como levantar, transferir e posicionar pessoas com conforto e segurança.
- Prevenção de lesões em profissionais: uso de cintos, suportes e carrinhos para minimizar ou mesmo evitar sobrecarga física dos trabalhadores.
- Ambientes otimizados: organização dos postos de enfermagem, consultórios e espaços de procedimento, a fim de diminuir a necessidade de deslocamentos e facilitar o acesso a materiais.
- Capacitação contínua: treinamentos sobre a importância da prevenção de distúrbios osteomusculares.
Como a tecnologia pode auxiliar no controle da ergonomia no trabalho?
A tecnologia se tornou uma ferramenta poderosa para auxiliar na gestão da ergonomia no ambiente de trabalho.
Por meio de diversas ferramentas e soluções inovadoras, empresas podem prevenir riscos ergonômicos, promover o bem-estar dos colaboradores e aumentar a produtividade.
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