13 Reasons Why reacende urgência de falarmos sobre suicídio
A série original da Netflix 13 Reasons Why rapidamente se tornou um movimento para se falar do ato de suicidar. Se você ainda não assistiu, a narrativa apresenta ao espectador os 13 motivos que levaram a jovem protagonista Hanna Backer a se suicidar. Os motivos são gravados por Hanna em 13 fitas cassete, e as fitas são entregues a todos que contribuíram para que Hanna acabasse cometendo suicídio.
Hollywood decide encarar o suicídio
Quem assina a produção da série é a cantora Selena Gomez, que já falou sobre seu quadro de depressão, em depoimentos bastante sinceros. Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, a atriz contou que, a princípio, ela atuaria como a protagonista Hannah Baker. “Eu me vejo muito nela e queria que todo mundo também conseguisse se identificar”, explicou a atriz. No entanto, um dos principais motivos pelos quais ela não ficou com o papel foi a dificuldade em lidar com o tema. “Eu estava em um momento muito ruim quando a produção da série começou. Fiquei afastada de tudo durante 90 dias e conheci várias pessoas com os mesmos problemas dos personagens. Eu não conseguiria fazer. Estava lá no último dia de gravação e fiquei acabada assistindo, porque eu passei pela mesma coisa”, revelou a atriz.
Opinião de especialista
A produção tem sido muito elogiada por trazer à tona um assunto que ainda é considerado tabu. Para a psicóloga do Zenklub Graciele Cavagnoli, a falta de informação contribui para que o suicídio ainda seja um assunto que tentamos evitar. “Quando um assunto é tabu, não o debatemos abertamente, não estudamos e não pesquisamos. Contudo, todos nós conhecemos alguém próximo que morreu por suicídio ou tentou. Por medo ou culpa, o suicídio permanece no limbo dos temas que muitos evitam. (..) Discutir o assunto e lutar contra esse estigma, poderá salvar muitas vidas”, diz a psicóloga do Zenklub. O artigo com a entrevista completa sobre cometer suicídio está aqui.
A série, que retrata conflitos vivenciados por muitos adolescentes, tem aberto espaço para debates sobre suicídio e bullying. Hoje vemos um diálogo transparente e abrangente, ao contrário de esconder o assunto como os mídias fazem. Inclusive isso nos motivou a escrever um artigo jornalístico sobre “Qual foi a última vez que ouviu falar sobre suicídio?”. Já existem grupos no Facebook, formados em sua maioria por adolescentes, que expõem o fato de que transtornos de saúde mental são mais frequentes do que muitos de nós imaginam.
Como tratar o suicídio?
Mais do que conversar sobre a série, falar com um profissional de saúde mental é o caminho para solucionar problemas que podem parecer insolúveis. O Zenklub, plataforma que oferece atendimento psicológico online, conta com mais de 100 profissionais que dão consultas por vídeo-consulta.
Mas, se você já pensou em suicídio ou conhece alguém que tenha pensado, o CVV (Centro de Valorização da Vida) também pode ajudar pelo telefone 141.
Faça o teste clínico de depressão
O reconhecimento e diagnóstico de depressão nem sempre são simples. Se você quer saber se tem depressão, clique no link: questionário de depressão e faça um questionário de 8 perguntas (duração menos de 1 minuto). O teste é adaptado do teste científico Americano criado pelo Dr. Spitzer e Dr William (PHQ – Patient Health Questionnaire).