Se você fizer uma breve pesquisa no Google sobre porque insistimos em relaçionamentos ruins, irá identificar como características listadas que mantém as pessoas neste tipo de situação as seguintes: filhos, dependência financeira, comodismo, esperança de mudança, culpa, medo de ficar sozinha, baixa autoestima.
Não é de hoje que ouvimos falar dos motivos “aparentes” que levam as pessoas a permanecerem em relações ruins e talvez você também tenha vivenciado situações assim e sabe que pode ser difícil sair delas.
A verdade é que no campo do relacionamento amoroso existe muita confusão. Deixe-me explicar melhor, uma mistura de sentimentos combinada com doses de carência, insegurança, baixa autoestima e expectativas que deixam as pessoas muito vulneráveis e de alguma forma à mercê do outro. Isso cria um mundo de ilusão muito distante da realidade.
Os relacionamentos mostram mais de nós mesmos do que podemos imaginar.
Mas afinal, o que faz as pessoas permanecerem em relacionamentos ruins?
A resposta para esta pergunta começa com outro questionamento:
Para que serve um relacionamento na sua visão? Pare por um instante e responda a esta pergunta.
No dicionário, relacionamento significa:
Ato ou efeito de relacionar(-se); Capacidade de manter relacionamentos, de conviver bem com seus semelhantes.
Para cada pessoa, relacionar-se tem um significado e isto está diretamente relacionado com a nossa história de vida, com a história dos nossos pais, ou seja, de todo um sistema de acontecimentos que fizeram parte da nossa vida formando a nossa percepção à respeito do tema. Então, para respondermos sobre o motivo de permanecer em relacionamentos ruins precisamos descobrir quem somos de fato, ou melhor, olhar para a nossa história.
Somos seres regidos por uma infinidade de acontecimentos comandados pelo nosso próprio inconsciente. Isso significa que agimos de forma inconsciente e sem saber o por que as coisas acontecem. Isso impactará nos nossos comportamentos, seja nos relacionamentos com os outros ou conosco. Até que desvendamos o motivo deste comportamento.
Tem uma frase do Jung que gosto muito: “Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino”.
Vamos supor que a sua resposta sobre relacionamento esteja carregada de romantismo e se você tirasse o romantismo da sua resposta, o que seria relacionamento para você?
Uma vez ouvi uma definição inusitada sobre relacionamento que dizia que relacionamento é uma empresa com benefícios, onde se tem amor e sexo.
É uma empresa porque se você não tiver comprometimento, envolvimento, clareza do que está fazendo, não faz sentido nenhum achar que a intenção ou o amor serão suficientes para manter esta relação.
Se você não se dedica e tem objetivos claros para onde vocês estão indo e não têm uma visão estratégica de como você vai fazer isso dar certo, de como a vida em família pode dar certo.
Se não existe acordo e contrato para saber se o relacionamento não está funcionando, ele pode não dar certo.
Quando você tira o romantismo do relacionamento e entende o que é e para que serve e não serve o relacionamento, vai tirando as distrações do caminho.
Relacionamento não é só para curtir, não é só parceria, não é só companheirismo, tudo muda e terão altos e baixos desta construção.
O primeiro passo é se ter clareza do que quer, do que está fazendo e para onde está indo. O que estiver fora disto é distração.
Além disso, precisa ter clareza da sua visão de mundo, do futuro e da visão do seu par. Saber a construção do outro. A partir daí, saberá se está compatível ou não. Veja, romantizar o relacionamento, boas intenções tiram o foco da realidade e mantém a ilusão.
Colocar as cartas na mesa, sem jogos e reservas, isto sim é atitude para construir um relacionamento saudável, por meio de adultos bem intencionados.
Relacionamento implica em decisões diárias, clareza de objetivos, comunicação clara e franca sobre o que está acontecendo.
Verificar também como se coloca em vulnerabilidade com relação ao outro, não aceitando as verdades.
Acordos e contratos atualizados sempre que necessário para não perder de vista o que realmente importa: o desejo do casal de estarem juntos.
Vimos que a forma como você se relaciona faz parte de uma construção que começa antes mesmo do nascimento (intra-útero) e vai até a fase de formação da personalidade, até os cinco anos de idade. Ou seja, se as suas necessidades básicas emocionais foram atendidas durante esta fase, as chances de experimentar intimidade e de se sentir bem numa relação a dois é maior.
O contrário disto, será dificuldades nos relacionamentos, como relacionamentos de dependência e codependência.
As dificuldades nos relacionamentos acontecem porque as pessoas não foram amadas o suficiente e nem da forma correta.
Além disso, você pode ficar sem saber o que é amor. Por isso não desenvolve amor por si mesmo e acaba dependendo do amor do outro, se relacionando por carência para que este vazio seja preenchido.
O outro funciona como um espelho de quem somos e ali estão introjetadas nossas dificuldades, dores, traumas, carências, medos mais profundos, medo de se relacionar e se ferir.
Os nossos comportamentos no relacionamento estão ligados à nossa fase infantil. Durante o processo de formação da nossa personalidade, passamos por cinco fases que podem gerar traumas. Ou seja, medos profundos, tais como: medo de ser abandonado, excluído, traído, humilhado, rejeitado ou manipulado.
Iremos agir, pensar e sentir em tudo que se relaciona na nossa vida, ou seja, em todas as áreas da nossa vida a partir dos traumas gerados.
Quando você se conhece e sabe como funciona saberá o que precisa para tornar o caminho mais leve, entendendo porque se sente como sente ou pensa de determinado jeito e por não se aceitar tenta camuflar quem é de fato.
Além disso, terá liberdade para lidar com as nossas maiores dificuldades e medos ocultos porque quando sabemos o que é paramos de lutar e resistir e podemos encontrar o caminho leve para nos tirar da nossa própria prisão, do nosso abismo profundo. Não precisamos mais nos defender.
Então, conhecer a nossa essência abre a chave para mudar a nossa vida e obter os resultados que almejamos. Esta é a única forma de superar as dificuldades nos relacionamentos.
Você acredita ter amor suficiente por si mesma a ponto de não depender do amor de absolutamente ninguém?
Por fim, você é a única responsável por suprir suas necessidades, ninguém virá te salvar, somente você pode atravessar o seu próprio abismo.
Se conheça, ame-se, cuide-se e se valorize, você é a pessoa mais importante da sua vida!
Eu posso te ajudar a entender os seus seus sentimentos e emoções. Você pode conversar comigo sobre ansiedade, insônia, procrastinação, autoestima e conflitos familiares.
Vem comigo nessa jornada rumo ao autoconhecimento!