O que é “transferência” numa sessão de terapia?
Olá, o tema de hoje é polêmico, através dele irei abordar a transferência numa sessão de terapia em consultórios online ou físicos.
A transferência pode ser entendida como a troca de papéis entre as pessoas envolvidas. O terapeuta e o paciente entram numa composição mais profunda no acesso dos problemas relatados e normalmente acontece em um determinado estágio da terapia, sobretudo em casos de algum trauma que afetou a pessoa num momento específico.
Mas este acontecimento não impede você de realizar sua sessão e trabalhar os traumas, pois o interessante é avançar na conquista que será gradativa.
Toda transformação vem do que muitos especialistas chamam de “desconfortos”, justamente alinhando ao que Freud denomina de transferência negativa. Daí o surgimento ou aparecimento de um sentimento inadequado em sessão.
O aparecimento da transferência
O contexto da transferência, como o próprio nome sugere, remonta uma troca de papéis entre as pessoas nesta relação. Algo normalmente exposto a partir dos traumas do nosso paciente e potencializa ao ser acessado por nós, psicólogos, independentemente do sexo.
A pessoa que tem esses traumas enxerga no especialista, um pai, uma mãe e outras pessoas que geraram os impactos, seja na infância ou adolescência, namorado(a), amor da vida e etc…
O amadurecimento da relação entre psicólogo e paciente é construída com o passar do tempo. Principalmente quando as técnicas terapêuticas acessam os conteúdos traumáticos.
Afinal, todas as pessoas sofrem esta transferência na sessão?
Justamente é um tema polêmico, mas não acontece numa frequência elevada e você que busca uma terapia pode ficar despreocupado(a), pois em casos específicos aparece uma raiva e “bronca” do especialista por caracterizar o papel deste aparecimento na condição do trauma. Podendo o paciente lembrar do pai que foi abusivo, do marido, esposa, etc.
O medo não pode impedir o início de uma sessão de terapia. Afinal, as melhorias virão gradativamente, principalmente na aquisição em torno dos exercícios psicológicos como a Cadeira Vazia e a Carta Terapêutica, demonstrando eficiência nesta finalidade, ou seja, o ponto final necessário para seguir em frente.
A ideia da abordagem gestáltica é trazer no “aqui e agora” a relevância deste trauma e as dores ali presentes para o fechamento através desse contato e, assim, o paciente poderá retomar sua vida com sensação de finalização perante esse assunto, antes inacabado.
O tratamento dos traumas
Na Gestalt-terapia trabalhamos a interpretação deste cenário conflitante no “aqui agora”, significando a observação direta aos impactos desta vivência que, às vezes, transportam para outras pessoas, pois acabam funcionando como fuga da realidade.
A técnica da Cadeira Vazia vai funcionar na fala expressiva que a vítima então exerce sobre a pessoa que causou os danos, podendo inverter os personagens e constituir uma fala de reconstituição.
Constituindo essas falas dentro do experimento, o conceito de finalização em torno das emoções e pensamentos vão dando lugar a solidez assertiva e a busca gradativa do bem-estar.
Eliminamos a transferência ou ela fica inativa?
Mediante questionamentos, a transferência faz parte de uma inversão visual dos problemas ou impactos na vida das pessoas.
Quando falamos na eliminação deste atenuante, as pessoas ficam com a dúvida se: ainda terão esse sentimento diante etapa ou se irá desaparecer.
Como mencionei neste texto, trata-se de um episódio esporádico. Então, através dos exercícios psicológicos durante a sessão, é estabelecido um padrão em torno da responsabilidade destas ações. Evitando que haja fuga da realidade durante o tratamento.
Qual a responsabilidade do terapeuta para que a transferência não se torne nociva ao paciente?
É de extrema importância que o (a) psicanalista, psicólogo ou terapeuta:
- Saiba deixar o paciente no lugar de terapia;
- Evite ser íntimo na vida social;
- Respeite o paciente na terapia, evitando comentários íntimos que o leve pensamento fantasioso sobre seu psicólogo, psicanalista ou terapeuta;
- Estabeleça ao paciente a regra importante de contrato terapêutico, onde fica claro que o único elo é a terapia;
- Em caso de transferência onde haja confusão de papéis e o paciente sinta-se envolvido emocionalmente, chamar para realidade do mesmo o papel proposto em sessão.
Por isso é tão polêmico esse tema. Mas, ao mesmo tempo, de extrema importância, pois assegura o bom trabalho e empenho de profissionais sérios e seus pacientes.
Eu posso te ajudar
Eu posso te ajudar a entender os seus sentimentos e emoções. Você pode conversar comigo sobre ansiedade, insônia, procrastinação, autoestima e depressão.
Vem comigo nessa jornada rumo ao autoconhecimento!
Psicóloga Clínica, pós graduada em Docência do Ensino Superior. Pedagoga e Bacharelada em Letras, sou uma amante nata das relações humanas e as possíveis transformações que a clínica psicológica pode trazer para o indivíduo, pesquisando sempre na adição de melhorias na qualidade de vida de todos e me comprometendo junto a você, construir processualmente condições para atingir o seu sucesso em minha terapia, sejas bem-vindo(a) conte comigo! CRP: 06/158748
Tive uma colega (de local de trabalho), com formação em Assistência Social, que mesmo em conversas “informais”, sentiu-se “em análise” e “impotente” em superar suas limitações mesmo com conhecimento técnico e, como dissestes em teu texto, o profissional da área se afasta! No fato que relatei, ela sentiu a “limitação” do contexto ter sido como “transferência” que ela fez em conversa informal e em ambiente de trabalho de atividade Não terapêutica!