Esqueça as questões morais e as convenções sociais: sexo sem compromisso pode fazer bem, sim! Algumas condições limitam os perfis que se beneficiam com essa prática, mas em geral, é uma questão de saúde e bem-estar.

Quando nos libertamos de pré-julgamentos e aceitamos formas alternativas de ter prazer e obter satisfação sexual, percebemos como esse universo é amplo e democrático. Neste post, você vai conhecer as vantagens, os pontos de atenção e algumas dicas.

O que é sexo sem compromisso?

Já parou para pensar sobre o que é sexo sem compromisso? A indústria do cinema já retratou esse assunto em vários filmes, mostrando os diversos pontos de vista e implicações na vida de uma pessoa.

Sexo sem compromisso nada mais é do que fazer sexo sem estar namorando, casado ou com qualquer tipo de vínculo entre o casal. Diferente do que pode parecer, o sexo sem compromisso não é desprovido de sentimentos, porque o sexo em si já configura uma emoção.

Podemos até considerar que hoje existe um alinhamento entre o que já era validado para homens e um pouco mais restrito para as mulheres. Afinal, encontros eróticos efêmeros raramente eram motivo de censura quando praticados por eles, mas se tornavam alvo de críticas quando vivenciados por elas. Agora, é apenas uma questão de opção – que precisa ter seus prós e contras bem avaliados.

O que a ciência diz sobre a sexualidade humana?

Culturalmente, já temos uma aceitação razoável para o sexo casual desvinculado de amor ou expectativas relacionadas a relacionamentos, inclusive casamento. Diferentemente do que é retratado no mundo do Sexo Sem Compromisso filme, em que o homem se envolve e acaba apaixonado pela mulher, é possível tirar proveito do sexo feito puramente por prazer.

O sexo casual é uma forma saudável de satisfazer desejos sexuais quando há consenso a respeito das expectativas sobre o ato. O grande desafio está justamente em ter a consciência de que não serão criados vínculos afetivos, mesmo que a experiência seja muito boa.

A visão estritamente científica sobre o sexo é desassociada do amor. A teoria de Gordon Gallup, psicólogo evolutivo da Universidade do Estado de Nova York, explica que o formato da glande peniana tem a função de extrair, durante o ato sexual, o sêmen de outros homens deixado na vagina da mulher. Ou seja, a estrutura dos órgãos sexuais estaria adaptada para uso com múltiplos parceiros.

A prática de sexo sem compromisso é saudável?

Sim, sexo sem compromisso é saudável para corpo e mente. É fonte de bem-estar, reduz estresse e ansiedade. O que precisa ser levado em consideração é que ele faz bem para quem consegue efetivamente lidar bem com isso. É complexo porque alguns desdobramentos da prática podem levar a mágoas e corações partidos. Ou então, ao estabelecimento de um namoro. E nenhum desses “desfechos” faz parte da proposta original.

Sexo sem compromisso é para todo mundo?

Antes de criar um perfil no aplicativo de relacionamento, tenha em mente que nem todo mundo vai se dar bem com sexo sem compromisso. Especialmente as pessoas muito românticas, que costumam ter relacionamentos mais duradouros e monogâmicos, podem se frustrar com o sexo efêmero. Se esse é o seu caso, evite essa abordagem.

É preciso estar bem resolvido com a própria sexualidade e muito ciente de que não haverá qualquer obrigação resultante da relação. E aí temos um paradoxo: o sexo sem compromisso está comprometido em ser descompromissado. Então, duas pessoas combinam que o evento é consumado sem a perspectiva de haver um “depois”.

Algumas reflexões podem ser úteis para avaliar se um sexo casual será benéfico para você. Vale observar alguns pontos antes de tentar o sexo sem compromisso.

O que é uma relação sexual para você?

Não custa analisar o quanto você associa a relação sexual com uma ocasião afetiva. É fundamental ter isso em mente quando está cogitando o sexo casual.

Por isso, só invista nessa empreitada se não houver uma conexão profunda ou esperanças relacionadas a um estereótipo de “feliz para sempre”. É apenas sexo – e tudo bem com isso!

Alinhe as expectativas

Não basta você estar bem resolvido com relação ao que segue uma relação sexual efêmera – é preciso que seu parceiro ou parceira esteja na mesma página. Se há um acordo entre os dois de que se trata de uma realização física e não afetiva, as chances de sentir solidão são reduzidas.

É importante destacar que as sensações de felicidade e prazer que vêm do sexo são resultantes de reações químicas – e não necessariamente de amor.

Não há estudo que garanta as chances de sucesso no sexo casual porque isso depende de sua vivência e expectativas românticas. A emancipação da sexualidade em relação às normas morais liberta as pessoas das amarras sexuais. Então, cabe a você estipular o que esperar desse encontro casual.

Aproveite a liberdade

Você está livre de qualquer peso moral. Então, se jogue! Deixe de lado o pudor, os medos e seja feliz! Se estiver em busca de um orgasmo intenso, faça o que for preciso para alcançá-lo! E, é claro, jamais deixe de lado o sexo seguro.

Quando o sexo casual não é uma boa ideia

Há momentos da vida que não são favoráveis ao sexo sem compromisso. Algumas situações específicas inviabilizam o sexo casual e é preciso saber reconhecê-las.

  • Você acabou de sair de um relacionamento
  • Se as pessoas mais próximas de você estão em relacionamentos estáveis e você se sente “por fora”
  • Se você se apaixona facilmente
  • Questões ideológicas ou religiosas não te permitem vivenciar relações sexuais efêmeras.

Se você não teve uma experiência positiva com sexo casual, pode encontrar na terapia sexual apoio para superar e seguir em frente. No Zenklub, você está a um clique de receber apoio especializado, com segurança, privacidade de e no conforto do seu lar.

Referências

GALLUP GG, BURCH RL. Semen Displacement as a Sperm Competition Strategy in Humans. Evolutionary Psychology. SAGE Journals. Disponível em: https://doi.org/10.1177/147470490400200105

JOTA, Fernanda Schieber Saúde Vilas Boas de Oliveira. Entre O Escrito E O Dito: Dilemas Da Subjetividade Feminina Na Contemporaneidade – O Sexo Casual Em Análise. UNB – Universidade de Brasília IP – Instituto de Psicologia Departamento de Psicologia Clínica Programa de pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/3463