Você sabe como gerenciar os seus conflitos amorosos? Veja as dicas
Relacionamentos amorosos a gente sabe que cada um tem o seu. O seu jeito de amar, de se declarar, de se, como o próprio nome já diz, relacionar, é tudo uma escolha entre duas pessoas. Não há regras ou receita como um bolo. Mas pensa só, já que é uma opção com diferentes possibilidades, porque será que a maioria das pessoas tem problemas enquanto casal? E dentro dessas divergências, você sabe como gerenciar os conflitos amorosos na sua vida?
Isso que vamos conversar por aqui, junto com a especialista do Zenklub e psicóloga Anna Frimm, e te mostrar que esse problema não acontece exclusivamente com você (ufa!), que há ideias e práticas que podem te apoiar a resolver, caso esteja passando por isso nesse momento, e que por trás disso tudo, tem muito conhecimento que pode te ajudar a não chegar a ter problemas reais de relacionamento.
Somos todos diferentes. Ainda bem.
Você durante toda a vida recebeu informações, referências e educação de fontes diferentes das outras pessoas. Isso, aliado a sua personalidade, faz de você um ser humano único no meio de bilhões. Essas diferenças permitem que você considere e lide com as suas relações pessoais do seu jeito e, ao se relacionar com outra pessoa, amorosamente ou não, você se vê diante de novos formatos de personalidade que envolve diferenças de expressões, preferências, interesses e expectativas.
É nesse momento, em geral, que a possibilidade de conflitos aparece. Para a psicologia, no caso dos relacionamentos amorosos, há um acordo conjunto para que a rotina e a relação seja harmoniosa, e quando há uma mudança significativa – ou não – nesses padrões combinados, que as crises acontecem.
Segundo a especialista Anna Frimm, “No mundo contemporâneo, manter um bom relacionamento por anos a fio, tornou-se um grande desafio. Ficamos até mesmo surpresos e com uma pontinha de inveja, quando nos deparamos com casais que, com o passar dos anos, ainda vivenciam as delícias dos bons relacionamentos.”
Saber conviver a dois é uma arte!
Para a nossa especialista, a convivência a dois tem mudado ao longo dos anos, principalmente, pelo fato de que as pessoas estão valorizando mais as suas realizações pessoais do que apenas as do casal. “ Hoje, valorizamos nossa felicidade pessoal, não nos conformamos facilmente em manter um casamento inadequado e simplesmente “ir levando só por levar”. Buscamos construir relações harmoniosas e saudáveis ou acabamos por jogar a toalha e partirmos para novos relacionamentos.”
Essa mudança, reflete também na arte de viver a dois e o quanto as divergências se tornam grande problemas. “Os parceiros tem mais motivos para se desentenderem, pois as divergências de opinião podem ser muitas, o que requer alguma habilidade de negociação, caso contrário, o estresse toma conta da relação. Por outro lado, é imensamente libertador e gratificante para ambos, poder dialogar com o parceiro, externar ideias e posições, legitimar sentimentos.”
Há ainda que se considerar alguns fatores internos e externos que podem desestabilizar essa harmonia. Segundo Frimm, “conviver com um parceiro de temperamento difícil, hipercrítico e por vezes explosivo, intensifica a possibilidade de brigas e discussões, ainda que as afinidades existam. Ou ainda parceiros em ritmos de vida diferentes, um sonha ter filhos e o outro quer investir na profissão, ou a falta de atração sexual embora o caráter seja apreciado, ciúmes em excesso, um caso extraconjugal, falta de consenso para educar os filhos e por aí vai…”
Não se desespere!
Conflitos entre casais não precisam significar o fim de uma relação. São momentos pontuais que podem ser superados com diálogo e força de vontade de ambas as partes. Pensando nisso, separamos abaixo algumas dicas que podem te ajudar a contornar esses problemas para vocês retomarem o eixo das coisas. Vamos lá:
1 – Converse, ou tenha mesmo a famosa D.R (Discutir a Relação)
Falar abertamente, de forma respeitosa, sobre aquilo que te incomoda é alma do negócio. O silêncio e as indiretas não resolvem a situação e te afastam ainda mais da pessoa amada. Quem canta seus males espanta e quem fala não acumula sentimentos negativos e mágoas.
2 – A culpa é de quem?
Não tem essa. Acusar não vai solucionar. Tente entender as motivações da pessoa e reveja as suas atitudes para saber o quanto você contribuiu para que ela tomasse determinadas decisões que te deixaram magoado. Todo mundo erra e amanhã poderá ser você. A compreensão e a inteligência emocional vão fazer diferença aqui.
3 – Inteligência Emocional
Já que tocamos nesse assunto no item 2, o quanto você avalia a sua capacidade de administrar as suas emoções? A inteligência emocional, para a psicologia, é a capacidade que você tem de reconhecer e de avaliar os seus sentimentos e dos outros diante das situações, e a eficácia como você responde e lida com esses momentos. Trabalhar esse aspecto poder fazer você muito melhor, não só nos relacionamentos como também em outras atividades, como no trabalho. Perceba e descubra como as emoções reagem em você e no seu parceiro (a), pois assim você irá conseguir se posicionar melhor diante das adversidades.
4 – Respeito
Palavra-chave na hora de gerenciar conflitos amorosos. Seja nas atitudes ou nas palavras que você irá dizer para pessoa. O desrespeito pode levar a ações que você mesmo vai se arrepender depois.
5 – Tudo muda o tempo todo no mundo
Inclusive você e seu/sua parceiro (a). Você não é mais o mesmo de dias e meses atrás, nem as pessoas ao seu redor. Faz parte da evolução do ser humano. Ficamos mais velhos, fazemos novos amigos, conhecemos outras culturas, outras verdades, adquirimos novos ideais, mudamos de emprego, de cidade, enfim, todos os acontecimentos da sua vida refletem no seu jeito de considerar as coisas. A dica aqui é refletir e agir com flexibilidade.
6 – Expectativa
Você sabe quais são as expectativas e planos da pessoa amada com a própria vida? Não? Então está na hora de você alinhar isso com ele (a). Não estamos falando de um plano para a vida toda, pois como acabamos de falar, tudo muda. Estamos falando do quanto você e seu parceiro (a) estão em sintonia, do quanto vocês sabem o que é importante para o outro, para que, a partir daí, você compreenda como você pode se encaixar, sem abrir mão de todos os seus desejos e vontades. Pois é, aqui vem a flexibilidade de novo e a capacidade que esse termo nos dá de sermos mais harmoniosos em nossas ações.
7 – Tal pai, tal filho. Ou talvez não
A psicologia atribui aos relacionamentos amorosos uma expectativa de fuga ou de identidade de um amor às características de seus pais. Como assim? A sua história de vida faz muita diferença nas suas escolhas, e o relacionamento que você pode ter com seus pais, pode representar muito mais do que você imagina. Isso se dá por um processo inconsciente de desaprovação ou de identificação com eles e que nós acabamos levando para os relacionamentos amorosos e, principalmente, com a nossa expectativa com o outro.
8 – Reconheça e valorize os bons momentos
Mais do que passar o tempo todo reclamando ou avaliando – muitas vezes julgando – o outro, saber aproveitar e reconhecer os momentos bons do relacionamento vai te ajudar a não ter uma visão tão crítica e pessimista da vida a dois. E mesmo quando tudo parecer confuso e insatisfatório, abra os seus olhos e o seu coração para as pequenas conquistas que estão nas entrelinhas. Lembre-se das qualidades que você sempre admirou e reconheça os esforços mútuos para fazer tudo ficar bem.
As aparências enganam
Não viemos desmentir as nossas próprias dicas explicadas acima, mas viemos lembrar que se, mesmo com os esforços contínuos de ambos, a relação não se tornar prazerosa e feliz, não force a barra para desfilar um relacionamento de aparência para outras pessoas. Lembre-se que a sua felicidade e do seu parceiro (a) é a prioridade, e que somente vocês irão sentir as consequências das escolhas feitas.
Como a psicologia pode contribuir no gerenciamento de conflitos amorosos?
Psicólogos, psicanalistas e psiquiatras são especialistas que estão prontos para te ajudar a trabalhar o seu bem-estar emocional. Isso envolve também como você encara o desafio de manter suas relações pessoais, como namoros, casamentos ou qualquer outro nome que você queira denominar para o seu par (ou futuro par).
Para a especialista, “Em geral, os conflitos tendem a terminar num desgastante embate, cada um acreditando ter a razão, até que um dos lados cede de modo ressentido, ou o assunto se arrasta sem solução.
A situação piora ainda mais quando o casal adota um estilo destrutivo de comunicação, dando início a uma guerra sem fim. Os danos ao bem-estar emocional do casal são grandes.”
A decisão de procurar um profissional para cuidar de algum desconforto específico, como os conflitos amorosos, pode ser difícil, mas você já pensou em adaptar esse cuidado com o seu lado emocional ao seu estilo de vida e não apenas quando você sentir que está com problemas para resolver?
“Os parceiros de tempos em tempos precisam fazer alguns ajustes na relação, refletir a respeito e identificar o que pode ou não ser mudado nele, para continuarem a sentir satisfação em estar junto. Os casais que vivem constantemente em conflito e sentem a relação pesada, precisam buscar ajuda com um psicólogo especializado na área.
A terapia pode ajudar a resgatar uma relação em crise, identificar áreas de conflitos, discutir mudanças que cada um gostaria de ver no parceiro e quais aspectos cada um está disposto a mudar em si mesmo, servir, principalmente, como um estimulo à reflexão e à renovação”, finaliza Frimm.
O gerenciamento de conflitos amorosos está diretamente ligado a como você gerencia os seus próprios conflitos pessoais. Então, que tal você se tornar, antes de qualquer coisas, a pessoa que você gostaria de conhecer?
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Há quem diga que o segredo esteja em conversar, enquanto os corpos estejam se relacionando, afinal o que difere a espécie humana dos animais é o raciocínio, então porque evitar conversar durante o ato sexual, quantas dificuldades de ereção e orgasmo deixariam de existir! Se cada um, veio de educação familiar diferente, a melhor maneira de se conviver é “aparando arestas”! Ouvi de uma neta, que a avó dela, havia recebido a informação de que não havia completado o tempo de aposentadoria de maneira direta e, que eu dei a mesma informação Sem causar melancolia, ao ter dito à senhora que dois anos que faltavam para ela se aposentar era menor do que o tempo que a neta teria de formação escolar até começar a carreira profissional!