Sentir ansiedade já não é novidade para nós seres humanos, seja por uma questão pessoal ou profissional, a verdade é que em certos momentos, nos deparamos com ela. Os sintomas de ansiedade podem ser psicológicos e físicos, e podem ser indicadores de que algo não está equilibrado com você e o seu corpo.
Às vezes sensação de ansiedade torna-se parte da rotina e esse sentimento deixa de ser uma simples reação ou emoção, e passa a ser um transtorno de ansiedade generalizada. Nessas horas, é preciso ter em mente que há formas de você controlar e tratar, e, por isso, vamos aprofundar no tema para que você possa entender qual o seu próximo passo rumo ao seu bem-estar.
Sintomas de ansiedade
Como falamos, os sinais de ansiedade podem se manifestar psicologicamente e fisicamente e é preciso ficar atento a esses sintomas para que você possa medir o quanto a ansiedade está incomodando e atrapalhando a sua vida e as suas atividades rotineiras.
Para o especialista e psicólogo do Zenklub, Massashi Saito, “É importante entender que ansiedade não é algo tão ruim. Uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acha que existe um risco futuro, uma ameaça de algo que pode acontecer e mesmo que as sensações provocadas por essa ansiedade não sejam agradáveis, elas podem ser muito úteis. O problema é quando não se consegue controlar e a duração das sensações provocadas por ela, bem como não ter o controle daquilo que é real”, diz.
Vamos a lista de sintomas de ansiedade:
Sintomas físicos da ansiedade:
- Respiração ofegante e falta de ar;
- Palpitações e dores no peito;
- Fala acelerada;
- Sensação de tremor e vontade de roer as unhas;
- Agitação de pernas e braços;
- Tensão muscular;
- Tontura e sensação de desmaio;
- Enjoo e vômitos;
- Irritabilidade;
- Enxaquecas;
- Boca seca e hipersensibilidade de paladar;
- Insônia.
Sintomas psicológicos da ansiedade:
- Preocupação excessiva;
- Dificuldade de concentração;
- Nervosismo;
- Medo constante;
- Sensação de que pode-se perder o controle ou que algo ruim vai acontecer;
- Desequilíbrio dos pensamentos.
Veja mais detalhes desses sintomas no infográfico:
Como saber meu nível de ansiedade?
Há formas de você reconhecer e testar o seu nível de ansiedade, que devem ser utilizadas como mais uma ferramenta para você entender a sua necessidade de uma ajuda especializada.
Se você quer saber o seu nível de ansiedade, faça o nosso teste de ansiedade em questionário de 7 perguntas (duração de menos de 1 minuto). O teste é adaptado do teste científico Americano criado pelo Dr. Spitzer e Dr William (GAD – Generalized Anxiety Disorder 7).
Ansiedade ou medo?
É comum confundirmos os sintomas de medo com os sintomas de ansiedade. Isso porque, ambos têm sintomas parecidos, gerados a partir de uma preocupação excessiva que temos em relação a algo. Ter ansiedade ou sentir medo é uma reação totalmente normal nossa, e a partir delas podemos criar alertas ao nosso corpo que interessam inclusive a nossa sobrevivência.
O excesso de qualquer um desses sintomas que é preocupante e pode-se fazer a necessidade de um tratamento com especialista. O tempo prolongado que emitirá sinais a você sobre essa possibilidade de uma ansiedade crônica e até da criação de medos específicos ou irreais, que merecem mais atenção.
Para o especialista Saito, “ter medo e ter ansiedade são coisas diferentes. A ansiedade está ligada à percepção de uma ameaça futura e o medo, à percepção de uma ameaça no presente. Assim, pode-se dizer que, quando [a pessoa está] em uma crise [de ansiedade], a ansiedade desperta o medo e pode potencializá-lo, promovendo assim o desenvolvimento de mais sintomas de ansiedade cada vez mais intensos.”
Ansiedade ou depressão?
A depressão também carrega sintomas parecidos com os sintomas de ansiedade, podendo inclusive ocorrer os dois problemas simultaneamente. Segundo estudo, 2% dos casos de pessoas com diagnóstico de depressão passam também a apresentar transtornos de ansiedade; enquanto 24% das pessoas com diagnóstico de ansiedade, se tornam depressivas.
Um dos grandes motivadores desses dados são os pensamentos negativos sobre si próprio e sobre a vida de quem tem ansiedade. Observa-se também, comportamentos mais reclusos, por parte de pessoas ansiosas, a fim de evitar o contato com os sintomas do transtorno. Além disso, tanto a depressão quanto a ansiedade, apresentam disfunções neurológicas em seus transmissores, interferindo na produção de serotonina.
Por que sinto ansiedade e cheguei a esse ponto?
Para Saito, “Algumas pessoas chegam ao consultório se queixando que estão com muita ansiedade e que não sabem o que fazer com isso. Já outras, simplesmente chegam dizendo que não sabem o que têm, relatam alguns sintomas, e que durante o processo terapêutico descobrimos que é essa tal de ansiedade”.
“É preciso compreender que estar ou ser ansioso é algo muito sugestivo, e precisa ser bem analisado, pois existem inúmeras razões para que uma pessoa possa se enquadrar na ansiedade. Pode ser um momento e/ou uma fase que o paciente está vivenciando ou uma característica de sua personalidade. Mas se isso está incomodando, atrapalhando e interferindo em sua vida, em ambos os casos é possível trabalhar isso na psicoterapia.”, completa o especialista.
O que fazer em uma crise de ansiedade?
Em uma situação de crise, deve-se sempre procurar ajuda profissional, sendo que a terapia é um ótimo remédio. “Não tem receita pronta, pois cada um é cada um. Cada pessoa apresenta diferentes sintomas, por diferentes motivos. Quanto antes ela procurar ajuda, melhor! Isso evitaria ela permitir que o medo tome conta da situação”, diz Saito.
Como controlar a ansiedade?
Há algumas estratégias para você praticar que podem ajudar a controlar a ansiedade e os seus sintomas. Veja as 15 dicas práticas:
- Pratique atividades físicas regularmente;
- Pratique meditação;
- Faça exercícios de respiração;
- Seja mais organizado;
- Tenha foco e ocupe-se com o presente;
- Fique mais tempo com quem você ama;
- Confie em você;
- Controle o seu estresse;
- Tome um chá, um suco de maracujá e um banho morno;
- Pratique o autoconhecimento;
- Valorize seu momento de descanso e preserve suas horas de sono;
- Evite pensamentos negativos;
- Inclua na sua dieta alimentos com triptofano (eles ajudam na manutenção dos seus neurotransmissores);
- Dedique momentos para cuidar de você;
- Mentalize pensamentos positivos;
Se mesmo adquirindo boas práticas, você ainda se sentir desconfortável com os sintomas, não deixe de procurar a ajuda de um psicólogo online ou presencial. Sem dúvidas ele poderá te ajudar a criar novas ferramentas de controle e te ajudar a viver muito melhor.