Olimpíadas no Rio: um psicólogo pode valer ouro
Atleta precisa de treinador ou de psicólogo? Precisa dos dois! Imagina só: Olimpíadas no Rio, o mundo inteiro prestando atenção nos atletas, pressão a mil. Imagina se na hora H o psicológico trava? Lá se vão quatro anos de treino.
Não raro, principalmente quando falamos de futebol, é comum ouvir o técnico dizer após uma derrota: “o time estava bem treinado, mas o moral está baixo”. Esportistas lidam com níveis muito grandes de pressão e, da mesma forma que precisam estar aquecidos e taticamente preparados, precisam estar psicologicamente prontos para lidar com expectativas e frustrações. Às vezes, o maior adversário são eles mesmos.
Em situações de alto nível de estresse e ansiedade, como em uma final de campeonato ou num torneio importante como as Olimpíadas do Brasil, agora em agosto, uma situação de descontrole emocional pode não só prejudicar o atleta como toda sua equipe. Imagine o membro de um time descarregando toda sua fúria sobre o árbitro? Ou pior, sobre os próprios companheiros? Assim fica difícil ganhar qualquer competição.
“Esportes coletivos requerem concentração de toda a equipe […] Um atleta em desalinho é semelhante a uma engrenagem que não funciona perfeitamente” diz o fisioterapeuta Bruno Nestlehner.
O atleta olímpico Adriano Lourenço também ressalta a importância de se manter a cabeça no lugar. Sua modalidade, o Kung Fu, exige concentração máxima e técnica perfeita. “A concentração é responsável por 80% do sucesso no dia da competição. Já houve vezes em que o treino físico não foi tão bom, por causa de lesão ou algo assim, mas por eu estar muito focado, tive um resultado bom”.
Apesar da importância do foco e da concentração na modalidade, a seleção brasileira de Kung Fu não conta com acompanhamento psicológico formal. Os atletas assistem a palestras.
Para fortalecer a mente do atleta contra situações e ambientes estressantes, integrar equipes e – por que não? – garantir a integridade física do árbitro, o psicólogo e o preparador físico trabalham em conjunto
A tarefa do psicólogo no centro de treinamento é blindar o atleta contra fatores que possam prejudicar seu rendimento e trabalhar junto com o corpo médico na detecção e prevenção desses. Nesse sentido, o profissional de saúde mental opera como um facilitador do trabalho do preparador físico.
De acordo com Bruno, o trabalho dos psicólogos na preparação de atletas tem sido cada vez mais bem aceito: “as equipes esportivas estão cada vez mais multidisciplinares. O psicólogo é mais um profissional que pode ajudar a decidir partidas. O trabalho mental também é muito importante e deve ser valorizado”.
No entanto, o assunto ainda não é unanimidade no meio esportivo. O próprio técnico da seleção brasileira de futebol dispensou o profissional de saúde mental do time no último mês de abril. Segundo ele, o trabalho seria “inviável”. Nós do Zenklub já achamos que inviável mesmo é perder de sete a um dentro de casa.
Treine sua mente como um atleta para tirar de letra as competições do dia a dia. Marque uma consulta com um de nossos psicólogos.