A campanha Outubro Rosa e a relação com a saúde mental.
Lançada no início da década de 90 nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa tem como objetivo divulgar informações sobre o câncer de mama. Além disso, busca fortalecer o movimento de prevenção e detecção precoce da doença.
É graças a essa campanha que, ao longo dos últimos 30 anos, as informações sobre o câncer de mama se tornaram muito mais acessíveis. Também, muitas mulheres já incorporaram o autoexame às suas rotinas.
Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o total de mortes relacionadas a esse tipo de câncer contabilizado pela instituição em 2019 (último dado disponível) foi de 18.295, sendo 18.068 mulheres e 227 homens. Sim, o câncer de mama, ainda que muita gente não saiba, também pode aparecer nos homens.
Este ano, a campanha do Zenklub para o Outubro Rosa tem como objetivo lembrar as pessoas de um outro aspecto relacionado à doença: a saúde mental e emocional.
O que a saúde mental tem a ver com o câncer de mama?
Muita coisa! A começar pela autoestima. Já é sabido que o tratamento para o câncer é muito agressivo ao corpo. Um dos efeitos colaterais mais conhecidos é a queda de cabelo.
E nesse caso o implante capilar BH não será a melhor alternativa, visto que um tricologia não pode auxiliar até que seja totalmente resolvido a questão da saúde.
De acordo com a psicóloga Lucilene Luiz da Silva, que tem aperfeiçoamento em psicologia da saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), esse comprometimento da autoestima pode se estender para outras áreas da vida, afetando por exemplo os relacionamentos e até a vida sexual.
O papel da terapia no tratamento do câncer
As alterações no corpo, a incerteza com relação a vida e até as mudanças drásticas de rotina são elementos que mexem muito com a saúde mental das pessoas. Nesse sentido, fazer terapia pode ser um suporte fundamental para que essas mulheres possam passar pelo tratamento do câncer de mama de forma mais saudável emocionalmente.
A psicóloga Anna Luisa Brant de Carvalho Frimm, com formação em psicanálise e 20 anos de experiência em consultório, explica que o paciente de câncer se depara com muitos sentimentos – medo, raiva, tristeza, revolta, descrença… -, o que pode ocasionar instabilidade emocional (oscilações do humor) e com muita frequência a depressão.
“É comum relatarem muita angústia frente às incertezas com relação ao futuro, ansiedade acentuada e estresse”, diz.
Como as empresas podem ajudar?
Pense que muitas das mulheres (e, como vimos, homens também) atingidas pelo câncer de mama trabalham. Além disso, durante o processo de tratamento, manter esse emprego pode ser difícil.
Isso porque, o tratamento e seus efeitos colaterais mudam drasticamente a rotina da paciente. Nesse sentido, é importante que empresas estejam aptas a saber lidar com essas situações da forma mais humana possível
Atitudes práticas que empresas podem adotar nesses casos incluem:
- Oferecer acompanhamento e suporte psicológico;
- Capacitar as lideranças para saber acolher pessoas;
- Oferecer horários de trabalho flexíveis e possibilidade de trabalho remoto para que essas colaboradoras possam conciliar com o tratamento;
- Adoção de programas de conscientização e educação sobre fatores de risco;
- Oferecer planos de saúde que possam cobrir o tratamento ou parte dele.