Como a autoestima pode ser grande aliada na cura de transtornos alimentares
O número de pessoas que apresentam transtornos alimentares tem aumentado significativamente, chegando a ser atualmente classificada como uma questão de emergência sanitária em muitos países. Hoje, os transtornos alimentares mais conhecidos são a anorexia, bulimia e compulsão alimentar, mas existem muitos outros menos conhecidos e igualmente perigosos como a vigorexia, drunkorexia e a ortorexia.
Os transtornos alimentares geralmente são associados à mídia, que expõe continuamente um padrão físico cada vez mais magro e sempre como sinônimo de felicidade e de aceitação social. Porém, se todos nós somos diariamente expostos às mesmas propagandas, imagens e redes sociais, por que algumas pessoas desenvolvem algum tipo de distúrbio e outras não?
Transtornos podem estar relacionados à falta de autoestima
Pesquisadores de diversas áreas da saúde têm se ocupado cada vez mais dessa questão, e suas pesquisas nos apresentam dados que podem ajudar a responder de forma clara e mais profunda essa pergunta. Importantes psicólogos sistêmicos, como Hilde Bruch, Selvini Palazzoli e Minuchin, através de seus estudos, correlacionaram alguns transtornos à falta de autoestima, sentimento de inadequação e de incompetência e perfeccionismo. Os estudos feitos sobre a anorexia, bulimia e obesidade apontaram questões referentes a autoestima como causa desses transtornos.
Portanto, de acordo com a literatura científica é possível afirmar que os sujeitos que apresentam algum tipo de transtorno alimentar têm uma característica em comum: um déficit de autoestima.
Autoestima corresponde à imagem e a opinião que o individuo tem de si mesmo, que é construída com base nas suas experiências pessoais, sua autoimagem e a imagem que os outros têm dele. É construída através das experiências passadas, influencia os comportamentos atuais e determina como serão aqueles futuros.
Falta de autoestima influencia negativamente a vida
Uma pessoa com autoestima baixa é fortemente motivada a satisfazer as necessidades das outras pessoas, pois ser aceita e aprovada socialmente é muito importante para ela e na busca por essa aceitação acaba agindo de forma conformista e renunciando às suas vontades e liberdade de expressão.
Com relação à influencia da mídia, uma pessoa com baixa estima se compara com as modelos e com o que é exposto nas propagandas e nas revistas e se sente inseguro e inferior, a sua imagem real é muito diferente da imagem que ele gostaria de ter. Esse momento desencadeia uma serie de sentimentos e pensamentos negativos que “ativam” os mecanismos que levam aos transtornos alimentares.
Elevar a autoestima seria, portanto uma boa estratégia para superar um transtorno alimentar. Através da terapia você pode, por exemplo, ressignificar vivências passadas negativas, fortalecer a autoconfiança, elevar a autoimagem e encontrar formas de sentir-se mais seguro perante os outros sem temer julgamentos.
Além da terapia, a pratica de atividades corporais como dança, luta ou alguma atividade física, meditação e desempenhar atividades que te deem prazer também ajudam a desenvolver maior segurança pessoal e consequentemente aumentar a autoestima.
À medida que nos sentimento bem com nos mesmos, nos aceitamos e valorizamos, a opinião do outro passa a ter menos importância e conseguimos viver com tranquilidade e harmonia.