Reeducação alimentar: o que é e como fazer (+7 dicas)
Reeducação alimentar, duas palavras que exigem muita força de vontade para realizar.
Mas com o passo a passo certo, certamente você terá mais facilidade para aplicar a reeducação alimentar em sua vida.
Afinal, ao cuidar do seu corpo, você também cuida da sua mente, o que irá melhorar de forma considerável o seu bem-estar. Se cuidar sempre vale a pena!
Então continue por aqui para receber todas as dicas sobre reeducação alimentar que temos para passar!
O que é reeducação alimentar?
Reeducação alimentar é a mudança permanente das escolhas dos alimentos ingeridos, optando por opções mais saudáveis para o organismo.
De fato, para obter plena reeducação alimentar é preciso disciplina e orientação.
No entanto, tais práticas de mudança do estilo de vida valem muito a pena, uma vez que possibilitam melhora significativa da saúde física e mental.
Qual a diferença da dieta e reeducação alimentar?
Embora possam parecer sinônimos, definitivamente dieta e reeducação alimentar são diferentes.
Dieta é um plano alimentar feito com início, meio e fim para que se alcance certo objetivo.
Por outro lado, a reeducação alimentar são mudanças nos hábitos da alimentação, envolvendo a transição, para toda a vida, de escolhas de alimentos mais saudáveis e funcionais.
Reeducação alimentar ajuda a emagrecer?
Com certeza! As escolhas alimentares fazem toda a diferença no processo do emagrecimento.
Por exemplo, ao consumir, na maior parte dos dias da semana, alimentos de alto valor calórico, cheio de gorduras ruins e açúcares, aumenta-se muito as chances de ganhar peso.
Em contrapartida, ao ingerir, durante sua rotina alimentar, opções mais leves e saudáveis, como carboidratos de alto índice glicêmico (que demoram mais tempo para serem absorvidos), gorduras boas, frutas e vegetais, é bem mais fácil emagrecer.
Isso acontece porque nesses casos, seu corpo recebe alimentos que nutrem o organismo, acelerando o metabolismo.
Reeducação alimentar é caro?
Para fazer reeducação alimentar não é preciso escolher alimentos caros e raros (e com nomes até engraçados) como, por exemplo:
- Caviar de esturjão albino;
- Chá de Panda;
- Trufas brancas;
- Atum de barbatana azul;
- Melão Yubari King;
- Cogumelos matsutake;
- Queijo Pule.
Muito pelo contrário, você pode fazer uma reeducação alimentar com opções simples e muito saudáveis, as quais você encontra em qualquer mercado.
De qualquer forma, é importante passar por um nutricionista para que ele estruture um cardápio simples e barato para os seus objetivos (emagrecer, ganhar massa muscular e/ou ter mais saúde) e organismo.
Cardápio simples e barato para reeducação alimentar
Alimentos comuns e mudanças simples nos hábitos alimentares podem ajudar.
Dê uma olhada na lista abaixo de opções que você pode incluir na sua dieta e manter sem se preocupar com o preço:
- Arroz branco (casca, farelo e germe removidos), integral (apenas a casca externa foi retirada) ou parboilizado (sofreu o processo de parboilização, isto é, o pré-cozimento, através da imersão do arroz em água quente);
- Feijão;
- Peito de frango;
- Ovo;
- Batata-doce;
- Atum enlatado;
- Banana, mamão, laranja;
- Frutas da estação;
- Aveia;
- Vegetais e grãos (dê preferência aos frescos, mas você também pode encontrar opções congeladas mais em conta como brócolis, couve-flor e grão de bico);
Cada região possui opções específicas, que podem ser mais acessíveis. Por exemplo, cidades litorâneas tendem a ter opções de peixes, excelente item para sua dieta, bem mais baratos e frescos.
Além disso, você pode optar por incluir na sua reeducação alimentar suplementos como o Whey Protein Concentrado, que cabem no bolso, são saudáveis e práticos.
Quais são os benefícios da reeducação alimentar?
Melhora seu paladar
Crianças que são expostas desde cedo a uma alimentação saudável, com várias opções de frutas, legumes e proteínas de alto valor biológico, apresentam melhora do paladar na vida adulta.
Especialmente crianças na fase pré-escolar (2 a 6 anos), que recebem bons alimentos do seus pais, possuem menor predisposição a desenvolver um paladar seletivo.
Ou seja, ao cuidar da alimentação das crianças, permite-se que elas cresçam com mais saúde e ainda perpetuem bons hábitos alimentares na vida adulta.
Auxilia na saúde
Ao cuidar da alimentação, você irá otimizar sua saúde como um todo.
Algumas das melhoras observadas são:
- Fortalecimento do sistema imunológico;
- Melhora do funcionamento cerebral;
- Diminuição e manutenção do peso;
- Aumento da disposição;
- Melhora do humor;
- Prevenção de doenças;
- Fortalecimento dos ossos, músculos, tendões e articulações;
- Regulação do equilíbrio do corpo (homeostase).
Em outras palavras, a reeducação alimentar afeta não só a saúde física como também a mental, promovendo alterações positivas globais no organismo.
Controle de peso
A obesidade é uma dos problemas de saúde mais comuns do século XXI.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas – 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 crianças.
A melhor forma de evitar e tratar a obesidade, é através da alimentação, porque o emagrecimento só é possível ao ingerir menos calorias do que o corpo necessita para seu funcionamento. Ou seja, é necessário promover o déficit calórico para perder peso.
Pode ajudar com transtornos alimentares
A reeducação alimentar, como se deve imaginar, é a principal forma para se tratar e prevenir transtornos alimentares como, por exemplo:
- Anorexia;
- Bulimia;
- Compulsão alimentar;
- TARE (transtorno alimentar restritivo evitativo);
- Ruminação;
- Alotriofagia (ingestão de itens que não são alimentos – terra, carvão, tecidos);
- Ortorexia (obsessão por alimentos saudáveis);
- Vigorexia (alimentação voltada só para ganhos estéticos, mesmo que haja prejuízos há saúde – associação com uso de anabolizantes é comum);
- Diabulimia (junção de diabetes com bulimia);
- Drunkorexia (substituição de alimentos por bebidas alcóolicas);
- Fatorexia (mesmo com todos os critérios médicos, a pessoa não se vê obesa);
- Pregorexia (transtornos alimentares relacionados com a gestação).
Diante de qualquer transtorno alimentar, é essencial buscar ajuda de um psiquiatra para que seja realizada avaliação específica do caso.
7 dicas para começar a reeducação alimentar!
1. Planeje sua refeição
Parte considerável dos “furos” da alimentação saudável ocorre por falta de planejamento.
Ou seja, se você deixar suas refeições preparadas e organizadas para seu dia, certamente terá menos chances de pedir um fast food, por exemplo.
Além disso, essa prática de planejamento, permite que você tenha mais disciplina e constância na ingestão de alimentos saudáveis.
2. Beba muita água
70% do corpo é água. Há algumas partes, como o cérebro, cuja composição chega a mais de 80% só de água!
Assim, é possível perceber que água é (literalmente) vida! Além de compor o corpo, possui uma série de outros benefícios como:
- Ajudar a eliminar toxinas;
- Aceleração do metabolismo;
- Auxilia no emagrecimento;
- Combate acnes, celulites e estrias;
- Facilita a digestão;
- Regula a temperatura corporal;
- Lubrifica e amortece as articulações;
- Ajuda na concentração;
- Melhora o humor.
Por isso, a recomendação é ingerir 30 a 50 mL de água por kg de peso corporal todos os dias. Por exemplo, uma pessoa de 100 kg deve beber de 3 a 5 litros de água todos os dias para manter seu organismo em bom funcionamento.
3. Pratique exercícios físicos
A atividade física regular é uma grande aliada para a reeducação alimentar.
Afinal, os exercícios potencializam os benefícios de uma alimentação saudável.
Além de ajudar a construir massa magra, a prática regular de exercícios aumenta a capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade e ainda reduz ansiedade e estresse.
Para aproveitar ao máximo os benefícios, o ideal é praticar exercícios ao menos 3 vezes por semana, totalizando 150 minutos ao longo da semana.
4. Se alimente com mais frequência
Embora o jejum possa ter benefícios, de uma forma geral, a alimentação com periodicidade é mais interessante para as pessoas que querem fazer reeducação alimentar.
Não é preciso alimentar-se rigorosamente de 3 em 3 horas, mas espaçar as refeições para ao menos 4 ao longo do dia pode ser uma opção vantajosa para aproveitar ao máximo a digestão dos alimentos e ainda obter outras vantagens como:
- Aceleração do metabolismo;
- Redução da fome e ansiedade;
- Evita o consumo exagerado de comida e picos de glicemia.
5. Evite alimentos ultraprocessados
Você já ouviu aquela frase que diz que, para ter uma alimentação saudável é preciso “desembalar menos e descascar mais”?
De fato, alimentos ultraprocessados são ricos em conservantes, corantes e outras substâncias que podem fazer mal para sua saúde.
Quando consumidos em excesso ou frequentemente, isso pode ter uma série de repercussões negativas como, por exemplo, aumento do risco de doenças e dificuldades para perder peso.
6. Faça comida caseira
Cozinhar é uma verdadeira terapia.
Além disso, ao fazer sua própria comida você sabe exatamente quais são os itens usados no preparo.
Isso permite fazer pratos mais saudáveis com temperos ricos em propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
7. Coma mais frutas, proteínas e vegetais
Frutas e vegetais são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Tudo isso melhora sua saúde intestinal e os processos do seu corpo como um todo.
As proteínas exercem um papel fundamental na construção e preservação de músculos do corpo, os quais são essenciais para a agilidade e disposição no seu dia a dia.
Para uma pessoa sem nenhuma doença e que pratica atividade físicas de forma regular, é recomendado ingerir de 1,6 a 2,2 gramas de proteína por cada kg de peso corporal todos os dias.
Conclusão
A reeducação alimentar é um processo que envolve mudança de estilo de vida.
Apesar de exigir esforço e disciplina, mudar os hábitos alimentares vale muito a pena, pois melhora não só a saúde física como também a mental.
Para manter a consistência e o progresso constante, é importante ter o acompanhamento de especialistas em saúde mental ao longo do processo de reeducação alimentar.
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Referências
Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub, plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.