Em geral, todos nós passamos por mudanças de humor. Há pessoas que chamam de bipolar alguém que está passando por uma dessas fases de variação de estado de espírito. No entanto, utilizar somente essa característica é errado.
O Transtorno Bipolar é quando essas oscilações de humor são muito intensas. Ou seja, podem prejudicar e afetar a saúde mental. Hoje, cerca de 4 milhões de brasileiros têm o diagnóstico de bipolaridade.
Também chamado de doença maníaco-depressiva, o Transtorno Bipolar, é um distúrbio que tem como característica principal as alterações extremas do humor. Além disso, podem se dividir em episódios de mania e depressão.
Primeiramente, a fase da mania é quando a pessoa se sente extremamente ativa, energética e confiante. Por outro lado, na fase depressiva o mais comum é sentir cansaço, tristeza e falta de esperança.
Dessa forma, o transtorno começa a se manifestar no final da adolescência e no começo da vida adulta.
Os primeiros sinais variam de caso a caso: podem ser em sua maioria episódios maníacos ou depressivos. Além disso, em alguns casos, podem aparecer na forma de sintomas psicóticos, que é quando a pessoa perde o contato com a realidade.
Ainda não existe uma causa específica para o desenvolvimento do Transtorno Bipolar. Mas, o que se acredita hoje é que essa doença surja de uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais.
Entenda melhor cada um deles:
Não existem muitas informações sobre a relação da Bipolaridade com a genética mas o que se sabe hoje é que a maior parte das pessoas com o Transtorno Bipolar têm doenças como essa no histórico familiar.
Alguns estudos descobriram que o cérebro de pessoas bipolares apresentam alterações. Sendo assim, foram comparados os cérebros de pessoas que não têm o transtorno com as que têm.
Além disso, se sabe que o desenvolvimento da doença pode estar ligado a um desequilíbrio entre neurotransmissores.
Assim como acontece em outros transtornos, fatores ambientais como experiências traumáticas podem contribuir para os sintomas do Transtorno Bipolar.
Por exemplo, alguns desses fatores podem ser abuso físico ou emocional, alto nível de estresse ou sofrer uma grande perda.
Além disso, outro fator de risco pode ser o abuso de substâncias como álcool, tabaco e outras drogas. Sendo assim, esse comportamento pode ser um gatilho para esses episódios de mania ou depressão.
Além da variação de humor e confusão mental, esses episódios também podem afetar o sono, a energia e a disposição da pessoa que sofre com esse transtorno.
Em ambas as fases, é possível que a pessoa tenha sintomas como alucinações características da esquizofrenia.
Além disso, é importante dizer que tanto a fase da mania quanto a depressão podem durar semanas ou até meses. Cada caso é um caso, mas podemos tentar entender quais são os sinais e como a pessoa bipolar se sente em cada fase da doença:
Esse é um tipo de estado de mania que é considerado mais leve e menos prejudicial para a pessoa bipolar.
Ou seja, a hipomania permite que a pessoa continue sua vida normalmente, trabalhando ou estudando, sem sintomas psicóticos.
O Transtorno Bipolar pode ser dividido em quatro grupos, levando em conta o padrão e o período das oscilações de humor. Sendo assim, entenda melhor cada tipo:
É quando os episódios maníacos podem durar entre 7 dias e 6 meses. Dessa forma, os sintomas maníacos são tão graves que podem levar a internação hospitalar.
Sendo assim, os episódios depressivos são mais raros e podem durar uma média de 2 semanas. Episódios mistos, com sentimentos depressivos e maníacos ao mesmo tempo, também podem acontecer.
Nesse tipo, os episódios depressivos são os que mais acontecem. Além disso, podem ser intercalados com episódios de hipomania. Nesse caso, geralmente não há episódios mais sérios de mania.
Também chamado de desordem ciclotímica, esse tipo tem como padrão a variação de sintomas depressivos e de hipomania durante um período de pelo menos 2 anos (1 ano em crianças e adolescentes).
Fazem parte desse grupo todas as outras variações de transtorno bipolar que não se encaixam em nenhum dos grupos acima.
Em resumo, isso pode acontecer porque os sintomas não duram tempo o suficiente ou não há muitos sintomas que levam a um diagnóstico correto.
Ainda não se sabe de nenhuma cura certa para o Transtorno Bipolar. Mesmo assim, os sintomas podem ser controlados com um tratamento certo.
O tratamento é feito, normalmente, com uma combinação de medicamentos e terapia. Desse modo, a ajuda é tanto para a pessoa bipolar quanto para familiares e amigos que convivem com ela no dia-a-dia.
Saiba mais sobre as possíveis formas de tratar o Transtorno Bipolar:
Existem diferentes tipos de medicamentos que podem ajudar a controlar os sintomas. Os mais usados são estabilizadores de humor, antidepressivos e antipsicóticos.
Vale lembrar que para usar um remédio é preciso que haja uma indicação feita por um médico.
A terapia psicológica, ajuda ao dar apoio, educação e orientação para pessoas com o Transtorno Bipolar e suas famílias.
Entenda melhor sobre os tipos de terapia que são mais eficazes no tratamento desse transtorno:
O foco dessa terapia é ajudar a pessoa bipolar a identificar pensamentos que podem ser gatilhos para os episódios de mania e depressão.
Além disso, também ensina a pessoa a lidar melhor com o estresse e situações que provocam emoções intensas.
Nesse caso, o objetivo é ajudar a pessoa bipolar a entender melhor o seu transtorno. O mesmo serve para seus familiares e amigos.
Sendo assim, quanto mais as pessoas conhecem sobre o transtorno bipolar, mais eles podem controlar e ajudar alguém que está passando por um episódio.
Essa terapia tem como objetivo ajudar a pessoa bipolar a criar uma rotina equilibrada.
Dessa maneira, auxilia no controle do sono, dietas, exercícios e controle das emoções.
Para entender melhor sobre todos os tipos de terapia que ajudam no tratamento do Transtorno Bipolar, procure ajuda.
O trabalho junto a um psicólogo pode ser essencial para controlar emoções, reagir melhor aos episódios e enfrentar de maneira mais saudável situações estressantes e desafiadoras.
No Zenklub você tem psicólogos, psicanalistas e outros especialistas à sua disposição.