O diazepam é uma medicação ansiolítica, pertencente à família dos benzodiazepínicos, e pode ser administrada tanto oralmente quanto por injeção. Seu uso é indicado principalmente contra convulsões provocadas por algumas condições ou para transtornos de ansiedade. Além disso, o diazepam também pode atuar como complemento no tratamento de problemas neurológicos.

Trata-se, porém, de uma droga de tarja preta, vendida apenas sob prescrição médica uma vez que pode gerar efeitos colaterais, além de dependência.

Nas farmácias, o diazepam também leva nomes como: Ansilive, Calmociteno, Kiatriun, Noam, Somaplus e Valium.

Sumário:

  • Para que serve?
  • Como funciona e como age no organismo?
  • Para que é indicado?
  • Existem contraindicações? Quais?
  • Quais os efeitos colaterais?
  • O que corta o efeito do diazepam?
  • Quanto tempo dura o efeito do diazepam?
  • Diazepam pode gerar dependência?
  • Quais cuidados devo ter ao usar o Cloridrato de diazepam?
  • Quando interromper o tratamento?
  • Dúvidas Frequentes
  • Referências

Para que serve?

O diazepam é indicado principalmente para o alívio de sintomas de ansiedade ou outros transtornos relacionados à ansiedade em si. Além disso, ele também serve de complemento no tratamento de problemas neurológicos.

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Como funciona e como age no organismo?

Segundo estudos, o remédio age diretamente em neuroreceptores, que inibem as atividades celulares. Com isso, ele “freia o ritmo” cerebral.

Reduzindo a atividade do cérebro, o diazepam faz com que a mente se acalme, fazendo-se útil para combater transtornos de ansiedade.

Além disso, ao interagir com estes receptores, ele ajuda a conter descargas elétricas neurais, amenizando crises de convulsão.

Para que é indicado?

Uma vez que a utilização do Diazepam já acontece há mais de 50 anos, ele é considerado um dos fármacos mais seguros do mercado atual. Mas é importante lembrar que ele deve ser utilizado de forma responsável, na dose certa e por tempo adequado.

Assim, o remédio pode ser indicado para:

  • Transtornos de ansiedade: agitação, tensão, ansiedade etc
  • Espasmos musculares: em casos de traumas locais
  • Pacientes em recuperação de dependência alcoólica: ajuda a aliviar temores, possíveis anseios, delírios e até mesmo alucinações

Convulsões: ele também ajuda no tratamento de convulsões, uma vez que diminui as descargas elétricas cerebrais.

Existem contraindicações? Quais?

Apesar de seguro, é sempre importante frisar que, assim como os demais benzodiazepínicos, o diazepam pode causar dependência. Os remédios desta família também tem sua eficácia reduzida conforme o tempo de uso aumentar

Uma das principais orientações é nunca associar o Diazepam por conta própria, e sem uma consulta com um médico. Ele só deve ser utilizado em situações específicas, e é contraindicado para:

  • Gestantes
  • Mulheres que estão amamentando
  • Pessoas com glaucoma
  • Pacientes com insuficiência hepática, renal ou respiratória
  • Indivíduos diagnosticados com apneia do sono
  • Idosos
  • Crianças até os 12 anos
  • Alérgicos a qualquer componente da fórmula

Além disso, o diazepam também reage com uma série de medicamentos. Combinações destas substâncias podem atrasar, e até mesmo sabotar o tratamento, então fique sempre atento e seja transparente com o médico

  • Opióides
  • Antidepressivos
  • Hipnóticos
  • Antipsicóticos
  • Anticonvulsivantes
  • Antifúngicos
  • Antialérgicos
  • Remédios usados no tratamento de HIV
  • Relaxantes musculares
  • Omeprazol
  • Isoniazida
  • Dissulfiram
  • Rifampicina
  • Teofilina
  • Vitamina C

Quais os efeitos colaterais?

O diazepam costuma ser tolerado pela maioria dos organismos, desde que em doses adequadas e pelo menor tempo possível. Desta forma, o paciente pode experimentar alguns efeitos comuns como

  • Tremor nas mãos e problemas de coordenação
  • Confusão

No entanto, apesar de seguro, o diazepam também pode manifestar efeitos raros, em que você deve imediatamente procurar um médico

  • Amnésia
  • Alucinações
  • Peles e olhos amarelados
  • Dificuldade para respirar
  • Delírios
  • Efeito contrário do esperado em idosos e crianças

O que corta o efeito do diazepam?

Não existem muitas contra indicações quanto ao uso do diazepam para substâncias normais como café e leite, que popularmente são conhecidos por cortar o efeito de remédios.

No entanto, segundo estudos, existe uma medicação que corta o efeito do diazepam. Seu nome é Lanexat, também conhecido como Flumazenil. No entanto, trata-se de um remédio com aplicação venosa, e que só pode ser associado em um ambiente hospitalar e por profissionais da área.

No caso do uso acidental do Diazepam, ligue para um centro de desintoxicação, ou dirija-se ao pronto socorro. Preferencialmente, leve a embalagem do remédio para acelerar o atendimento.

Diazepam e Álcool

O uso do Diazepam com álcool deve ser evitado de qualquer forma. Essa associação pode aumentar os efeitos clínicos do medicamento, fazendo com que ocorra sedação grave e até mesmo parada cardiovascular e respiratória.

Quanto tempo dura o efeito do diazepam?

O diazepam começa a fazer efeito no organismo entre 15 a 45 minutos após a associação. Já a sua concentração máxima é atingida entre 30 minutos a uma hora e meia depois, e dura entre 2 e 3 horas.

Diazepam pode gerar dependência?

O uso contínuo de remédios da família dos benzodiazepínicos pode, sim, levar à dependência. O risco aumenta conforme as doses e duração do tratamento.

Além disso, os riscos aumentam caso o paciente tenha histórico do uso abusivo de drogas ilícitas e álcool. Para minimizar o risco, medicações como o Diazepam devem ser prescritas apenas após uma cuidadosa avaliação.

Quais cuidados devo ter ao usar diazepam?

O remédio não deve ser associado aos pacientes com alguma sensibilidade aos benzodiazepínicos, glaucoma, insuficiência respiratória, insuficiência hepática e apneia do sono. Também não devem ser usados como monoterapia, ou seja, usado como medicamento único, para o tratamento da depressão.

Assim, para começar a tomar o Diazepam, consulte um médico e sempre leia a bula da medicação para saber as contra indicações.

Quando interromper o tratamento?

É indicada a interrupção do Diazepam quando efeitos colaterais começam a aparecer, tais como: ansiedade, distúrbios do sono e alucinações. No entanto, vale ressaltar que por se tratar de um medicamento que pode gerar dependências, a interrupção deve ser gradual.

A deve durar algumas semanas, a fim de minimizar sintomas de abstinência. Para grande parte dos pacientes, o período de 4 a 8 semanas é o suficiente para interromper o tratamento, mas é sempre importante consultar o médico.

Embora não haja uma fórmula universal, algumas estratégias de redução podem ser utilizadas:

  • reduzir a dose em 50% a cada semana
  • reduzir a dose entre 10% e 25% a cada duas semanas
  • reduzir 10% da dose original a cada 1 a 2 semanas, até que se atinja 20% da dose original, e assim reduzir 5% da dose original a cada 2 a 4 semanas

Dúvidas Frequentes

• Diazepam dá sono?

Apesar de tolerado, o Diazepam pode causar cansaço e sonolência.

• Diazepam engorda ou emagrece?

O Diazepam não costuma interferir no ganho de massa, e também não tem propriedades para auxiliar na perda de peso. No entanto, por se tratar de um medicamento que auxilia no controle da ansiedade, pode diminuir o apetite.

• O que fazer quando esquecer de tomar a dose?

A medicação deve ser tomada sempre no horário indicado pelo médico. Mas em caso de esquecimento, e se o horário for próximo da dose seguinte, não tome a dose perdida.

Caso contrário, tome a dose esquecida assim que perceber e continue com a próxima no horário indicado.

• Qual a dosagem máxima de diazepam?

Para adultos, a dose máxima de diazepam varia entre 5 e 10mg. Dependendo da gravidade dos sintomas, pode-se atingir 20 mg.

• Qual medicamento pode substituir o diazepam?

Nenhuma medicação é capaz de substituir a outra. No entanto, pode-se utilizar genéricos com o mesmo princípio ativo como: dienpax, uni diazepax, compaz e relapax.

• Quem tem pressão alta pode tomar diazepam?

Sim, o diazepam pode ser associado a pacientes que têm pressão alta. O remédio, inclusive pode ajudar a baixar a pressão arterial, mas não é o tratamento indicado para hipertensão.

Referências

da Silva, Sílvia Raquel Filipe. Farmacocinética do diazepam.