Como Carrie Fisher se tornou símbolo da luta pela saúde mental
A atriz Carrie Fisher, morta na última terça-feira (27) em decorrência de um ataque cardíaco, foi também uma das poucas estrelas de Hollywood a falar abertamente sobre saúde mental.
Conhecida por interpretar a princesa Leia no filme Star Wars (1977), Fisher tratou de maneira clara sobre o vício em álcool e drogas e sobre o seu transtorno bipolar e depressão no livro Wishful Drinking (editora Simon & Schuster, 2008, sem edição em português).
O transtorno bipolar, também conhecido como depressão maníaca, é marcado por alterações entre episódios de depressão e quadros de muito bom humor. Carrie Fisher recebeu o primeiro diagnóstico da doença antes de completar 30 anos. Por muito tempo, a atriz culpou a si mesma pela bipolaridade, e somente após conviver com a doença por 20 anos conseguiu falar abertamente sobre seus problemas.
“Eu pensei que eles [os médicos] me disseram que eu era maníaco-depressiva para me fazer sentir melhor em relação ao meu vício nas drogas”, disse em entrevista nos anos 2000.
Carrie Fisher desmistificava a doença falando abertamente sobre as dificuldades que ela tinha em conviver com o problema e se recusava a aceitar que ela e as outras cerca de 42.5 milhões de pessoas que sofrem da doença não poderiam ter uma vida completa em função do diagnóstico.
A atriz encorajava as pessoas a não se deixar definir pela doença e insistia que era preciso continuar perseguindo sonhos, se afastar dos estigmas e não ter uma vida limitada em função do transtorno bipolar.
Em uma coluna publicada no jornal The Guardian em novembro deste ano, Carrie Fisher pediu às pessoas para que procurassem ajuda em grupos de apoio e em pessoas que sofrem do mesmo problema. “Não sintam vergonha de pedir ajuda” foi um dos grandes legados da atriz para a comunidade que possui transtorno bipolar.
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