Você sabe o que são autoestima e autoconfiança? Sabe qual a diferença entre elas? É muito comum que haja confusão sobre as particularidades de cada um desses termos, mas há algo em comum entre elas: são bastante importantes no desenvolvimento do indivíduo.
Ao final da leitura, você perceberá como aquelas frases comuns “você precisa ter força de vontade” ou “melhore já sua autoestima” não fazem muito sentido e não são funcionais para o indivíduo.
De fato, os sentimentos não nascem com a criança e podem ser desenvolvidos durante toda a sua vida, sendo produto das contingências de reforçamento. Continue com a gente para saber mais sobre a autoestima e autoconfiança…
Autoestima é produto de contingências de reforçamento positivo de origem social, ou seja, quando uma criança se comporta de maneira específica e seus comportamentos são retribuídos com atenção, carinho, ou outras maneiras de reforço social generalizado positivo, sua autoestima é aumentada.
Essencial para o desenvolvimento é o reconhecimento que os pais expressam ao filho pelos seus comportamentos, é também sentir-se amada pelo outro, independente de seus comportamentos.
Os pais não precisam, necessariamente, esperar que os filhos se comportem da maneira desejada, mas sim participar para que esses comportamentos sejam instalados. Portanto, a autoestima é quando os pais têm como prioridade os filhos e não somente o desempenho, o comportamento da criança.
A autoconfiança é a crença de conseguir realizar algo.
Ela é desenvolvida quando a criança emite um comportamento e produz consequências no ambiente que fortalecem tal comportamento. Esse sentimento está associado a desempenho, a comportamentos bem sucedidos.
Para ficar mais claro, pensemos em uma criança tentando aprender a chutar uma bola no gol: se a bola entra, somente o fato de a bola passar no meio das traves reforça positivamente o comportamento de chutar de uma determinada maneira.
O comportamento poderia ser reforçado também por alguém elogiando o chute ou batendo palmas para a criança. Para que os pais possam ajudar o filho a desenvolver autoconfiança, é importante que haja liberdade para que as crianças possam emitir seus próprios comportamentos e terem estes retribuídos pelo ambiente. Quando os pais se comportam no lugar dos filhos, não criam condições para o desenvolvimento deste sentimento.
Embora tenham definições parecidas, a autoestima é a percepção de valor que uma pessoa tem sobre si própria. Por outro lado, a autoconfiança é a crença que se tem acerca da realização pessoal de determinada atividade ou feito.
É necessário deixar claro que ambos os termos referem-se a sentimentos, contudo, diferente do que se pensa normalmente, segundo a Terapia por Contingências de Reforçamento (TCR), sentimentos também são comportamentos e não tem origem dentro do ser, na “mente” ou qualquer outro lugar inacessível ou abstrato. Tanto autoestima quanto autoconfiança são manifestações corporais do indivíduo e se expressam da mesma maneira que os demais sentimentos.
Fica mais claro se pensarmos na ansiedade: quando alguém está ansioso, há alterações no organismo, como aumento da frequência cardíaca, sudorese, entre outros. Essas são os chamados comportamentos respondentes, ou seja, são involuntários do organismo. Juntamente com estas manifestações orgânicas, acontecem também os comportamentos operantes, aqueles que são aprendidos, voluntários, como por exemplo, gritar, bater, telefonar, mandar mensagens.
Após esse esclarecimento, entendemos então que os sentimentos de autoestima e autoconfiança, assim como quaisquer outros, são estados corporais desencadeados por eventos ambientais. Logo, se os sentimentos não surgem dentro do ser, eles dependem do contexto, do ambiente para que sejam desenvolvidos.
Tanto uma quanto a outra são cruciais para a aquisição de metas e objetivos pessoais.
Afinal, sem a percepção de valor sobre si e a firme crença de conseguir alcançar o que se deseja, é difícil obter êxito nos propósitos.
Há uma série de técnicas para se desenvolver esses atributos na personalidade. Em um primeiro momento, é necessário saber se o paciente possui baixa autoestima e, diante disso, realizar a abordagem específica.
A falta de autoestima e autoconfiança implica em dificuldades para realizar. Assim, quem sofre disso corre o risco de perder grandes oportunidades e não viver, em última análise, da forma como mais deseja.
Vale lembrar que os sentimentos não são causas das ações das pessoas e sim manifestações respondentes e operantes do organismo que está inserido em um ambiente.
Assim, ao falar de educação dos filhos, é necessário que os pais propiciem ambientes adequados para a produção tanto de autoconfiança como autoestima, uma vez que eles são produtos de contingências de reforçamento, assim como os comportamentos.
Para valorizar o próprio ser, é necessário, primeiro, conhecer-se.
Caso tal roteiro não seja seguido, até se pode tentar desenvolver certa autoestima e autoconfiança, mas, corre-se o risco de não se ter clareza na visão pessoal.
Por isso, investir em um atendimento especializado é interessante para que se analise a própria personalidade com menos vieses e tendências.
Como diz o psicólogo canadense Jordan Petersen, o ser humano adquire mais satisfação na vida quando ele mescla em seu dia a dia o caos e a ordem.
Assim sendo, procurar melhorar em vários aspectos da vida é importante para fortalecer a visão positiva sobre si.
Para se aperfeiçoar nos vários pontos da vida como, por exemplo, o profissional é necessário cuidar da saúde mental, vencendo ansiedades ruins, fobias ou até mesmo falta de motivação.
Para aprender com os erros, é importante refletir sobre 2 pontos:
O primeiro deles é pensar se você considera que está em constante mudança ou crê que é de uma forma quase que imutável. Essas diferenças de mentalidade interferem no aprendizado, pois quem pensa que pode mudar tem a disposição para se desenvolver.
Além disso, é importante se abrir à memória. É claro, não é fácil lembrar dos erros, pois muitas vezes feridas são abertas novamente. No entanto, isso é essencial para que se possa compreender o que não aconteceu como você gostaria e assim agir diferente nas situações futuras.
Cada pessoa é única.
Você tem seu modo de ser, pensar, agir e de se desenvolver.
Comparações com outros é, portanto, algo a ser evitado para desenvolver sua melhor autoestima e autoconfiança.
Não se pode buscar aquilo que não existe, certo?
Por isso, é de suma importância criar metas claras para conquistar.
Idealmente, tais objetivos devem estar alinhados com seu propósito de vida, pois assim você terá maior motivação para buscá-los.
As grandes conquistas podem parecer muito distantes.
Nesse sentido, dividi-las em várias “pequenas” vitórias e se recompensar por cada uma delas é uma estratégia interessante para manter a autoestima e autoconfiança.
A cada recompensa, você encontrará mais ânimo para continuar a buscar o que acredita e deseja.
Carol Dweck, professora de psicologia na Universidade de Stanford, recomenda a busca constante pelo desenvolvimento.
Além de conferir mais sentido à vida, Carol reforça, em seu livro “Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso”, que as pessoas mais bem sucedidas são as que creem firmemente que seu contínuo progresso.
Em outras palavras, desenvolver a autoconfiança e autoestima gera um ciclo virtuoso, pois promove um estado de contínuo desenvolvimento.
A psicologia promove o autoconhecimento, fator crucial para desenvolver a autoestima e autoconfiança.
Há vários tipos de terapia e cada um deles irá analisar o paciente com técnicas distintas.
No entanto, todas as abordagens oferecem recursos aos pacientes que permitem se conhecer melhor e buscar com maior clareza seus objetivos.
Autoestima e autoconfiança: duas palavras, muito significado.
Ao desenvolver essas características você poderá ter grandes conquistas na vida.
Um especialista em saúde mental pode te ajudar a aprender como melhorar a autoestima e autoconfiança através de orientações personalizadas.
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