Em junho, depois de alguns testes e feedbacks dos nossos clientes, colocamos no ar o novo site do Zenklub. Não só um novo visual do site, como também um novo aplicativo para smartphone e algumas funcionalidades que já estávamos preparando para vocês.

A essência do nosso serviço, de facilitar que qualquer pessoa encontre melhores formas de viver, no ar desde 2016, continua lá, de vento em popa, o que mudou mesmo foi a nossa forma de imprimir e expressar os valores e a missão do Zenklub.

Depois de tudo pronto, funcionando – ok, tivemos alguns “bugs”, mas quem nunca? – fiquei admirando aquele novo www, mas mais do que isso percebi que estava olhando também para um Rui diferente do Rui de 2016, que co-fundou o Zenklub aos 26 anos. Hoje, 2 anos depois de trocar o papel de médico nos EUA, para virar empreendedor no Brasil, algumas coisas mudaram.

Como todo empreendedor, trago junto a essa função uma história de vida por trás, que também, como para tantos outros, se faz importante para você entender o que nos motiva a ter esse momento “fora da caixa” que tanto é falado por aí.

O Zenklub nasceu de dois motivos pessoais. O primeiro, um acontecimento familiar, em que a minha mãe teve síndrome de burnout em 2015, que além de a levar a precisar de ajuda de um especialista para se recuperar, também me mostrou o quão despreparado eu como médico, e pessoa, estava para lidar com questões do foro emocional.

Naquele momento, eu também percebi que um esgotamento nervoso não acontece da noite para o dia, ele acontece como o somatório de várias gotas de água que acabam transbordando um copo. E assim, como em muitas famílias, senti o peso da negligência de varrer questões emocionais – e as nossas também – para debaixo do tapete.

Afinal, em pleno século XXI ainda preferimos ignorar o elefante na sala em vez de lidarmos de frente com nossas fragilidades e questões emocionais?

O segundo ponto, é que como médico eu não me sentia 100% realizado na missão de cuidar de pessoas, pois as pessoas, na minha visão, chegam ao médico doentes o que faz com que nosso trabalho seja curar doenças, e não proativo a dar-lhes mais saúde.

Muitos me perguntam como abandonei a carreira clássica de clínico, a tão falada especialidade ou mesmo “médico estuda tanto”, não é mesmo? E 8 anos depois de entrar na faculdade medicina percebi que há muito mais na saúde do que ser médico.

O sistema de saúde é falho, ele na verdade poderia se chamar “sistema de doença” e mais, ele não coloca nós as pessoas, no centro do modelo. Não é à toa que chamamos as pessoas de pacientes, não de clientes.

Então, por que não reunir essas duas percepções e experiências, e criar uma plataforma que tornasse cuidar do nosso bem-estar emocional mais acessível, cômodo e fácil, e que simultaneamente desafiasse as pessoas a buscarem ser ainda melhores?

O Zenklub precisava existir e eu poderia criar esse espaço. Era um mercado que precisava mudar. Mas, como falei no começo dessa conversa, não foi só o mercado ou o Zenklub que mudou, eu também mudei.

A mudança foi perceptível aos poucos. Diante de uma rotina longa de construir uma empresa, um produto inovador e prestar um serviço de excelência aos nossos clientes e especialistas, nós conseguimos construir mais do que um espaço de videoconsultas.

Criámos algo que vai muito além, que comunica, informa, presta ajuda e promove que cuidar de si próprio pró-ativamente não é um tabu ou o famoso mimimi, é um mindset necessário nos dias de hoje para quem quer viver bem e ser realizado. Afinal, todos temos desafios diários que nem sempre conseguimos superar sozinhos.

Talvez eu precisasse mesmo viver a experiência com a minha mãe para perceber isso. Mas, ok, licenças a parte, o Zenklub me ajudou a criar uma perspectiva diferente sobre as coisas, e, principalmente, a desenvolver habilidades emocionais que eu não tinha parado para pensar.

A inteligência emocional, para quem nunca pensou ou pesquisou a respeito, é baseada em quatro pilares: o autoconhecimento, o autocontrole, como perceber as suas emoções e saber reagir a elas, a empatia e habilidades sociais, como ter mais pessoas ao seu redor e saber lidar com elas.

Então, Rui, agora sentes-te pleno em todos os aspectos da tua vida? Não, e a questão não é essa. Como falei, é uma busca contínua, afinal, todos os dias acordamos querendo ser alguém melhor, procuramos novos desafios, queremos outras conquistas.

Isso faz parte de ser um ser humano e o Zenklub não quer promover a perfeição, mas sim novas formas de nos olharmos no espelho e nos relacionarmos com os outros, seja no trabalho, na família, no círculo de amizade ou em nossos relacionamentos.

Por isso, depois desses anos e refletindo agora sobre esse novo Zenklub, mais mobile e de fácil acesso como nunca, um app que fala para todos – aqueles que querem ser melhores pais e aqueles que querem controlar sua ansiedade, aqueles que querem mudar de trabalho e aqueles que têm a carreira de sonho mas que sentem dificuldades no dia a dia – um Zenklub que mostra a importância de continuar em movimento, de exercitar o cérebro e as suas emoções.

E é por isso que te convido, para que também você faça esse exercício e se revisite, veja o seu próprio www pessoal, a sua missão, os seus desafios e os seus valores.