A lesão por esforço repetitivo ou LER é uma síndrome composta por distúrbios musculoesqueléticos provocados por movimentos repetitivos e contínuos, que afetam músculos, tendões e ossos.
Diferente da LER, o DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) é um termo técnico usado para descrever um conjunto mais amplo de doenças, que surgem em decorrência da atividade laboral.
A lesão por esforço repetitivo no trabalho costuma afetar alguns profissionais, como operários, caixas, digitadores e profissional de saúde, em razão da execução contínua de movimentos repetitivos, do uso de força contínua ou de manter posturas inadequadas.
Essas condições favorecem o desenvolvimento de lesões em tendões, músculos e nervos.
Além dos riscos físicos, o ambiente laboral com cobrança por produtividade, falta de pausas e de autonomia também contribui para o desgaste emocional, agravando a saúde mental e a suscetibilidade dos músculos e nervos.
Para comprovar a lesão por esforço repetitivo, há alguns exames e procedimentos necessários, que são os seguintes:
Quando há a comprovação da lesão por esforços repetitivos ou de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho resultantes da atividade laboral, o trabalhador tem direito ao afastamento do trabalho e benefício previdenciário.
Somado a isso, a legislação garante a estabilidade provisória do contrato de trabalho quando a doença ocupacional é reconhecida e atestada.
Nesse sentido, a Lei n.º 8.213/91, art. 20, assemelha um acidente de trabalho a doença ocupacional, enquanto a Instrução Normativa DC/INSS n.º 98/2003 regulamenta o reconhecimento de LER/DORT.
A lesão por esforço repetitivo, como mencionamos, faz parte dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, e corresponde a quadros clínicos presentes na CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), que reconhece e registra doenças.
As causas, normalmente, estão associadas a movimentos repetitivos, sobrecarga contínua, posturas forçadas e inadequadas ou falta de tempo de recuperação, que afetam nervos, tendões, articulações e músculos.
A identificação correta no CID possibilita relacionar o nexo causal entre trabalho e adoecimento, fundamental para o diagnóstico e ação preventiva.
No sistema CID‑10, as condições que compõem uma lesão por esforço repetitivo ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho estão enquadradas nas categorias G50-59, G90-99 e M00-M99.
Essa categorizada possibilita a identificação oficial da doença, facilitando o registro estatístico, respaldando a notificação ao sistema de saúde ocupacional e embasando as reivindicações de direitos do empregado.
Do ponto de vista biológico, a lesão por esforço repetitivo no trabalho surge a partir de uma repetição recorrente, postura inadequada e esforço físico prolongado, que resultam em microtraumas presentes nos tecidos musculoesqueléticos e nervosos.
Essas condições de saúde podem limitar os movimentos, causando dor e impactando no bem-estar do trabalhador.
Confira alguns exemplos:
Essas doenças interferem significativamente na rotina do trabalhador, que sente dor, tem limitações nas atividades e também pode apresentar consequências para sua saúde mental, como frustração e ansiedade, além de sensação de incapacidade.
Quando a lesão por esforço repetitivo não for tratada adequadamente, o quadro pode se agravar, prejudicando não somente a saúde física, mas também a vida profissional e pessoal do profissional.
Alguns sintomas comuns de evolução das lesões incluem formigamento, dormência nas extremidades, dor persistente mesmo em repouso, rigidez muscular e articular, além da perda de força.
As consequências da falta de tratamento da lesão por esforço repetitivo incluem:
O tratamento para a lesão por esforço repetitivo exige uma abordagem médica e fisioterapêutica, mas a prevenção é um cuidado primordial.
Por isso, é importante ajustar os ambientes laborais, incentivar pausas ativas e adotar posturas ergonômicas corretas, o que pode diminuir consideravelmente as chances de recorrência ou prevenir a evolução para um quadro crônico.
A fisioterapia é uma abordagem voltada à recuperação funcional, redução da dor e reeducação postural, que pode ser feito por meio de exercícios de fortalecimento muscular, alongamentos e técnicas manuais, como eletroterapia e liberação miofascial.
A avaliação de um médico especialista, como ortopedista, também é importante para a prescrição de medicamentos, como anti-inflamatórios ou analgésicos.
Em casos complexos, outras medidas, como imobilização ou outro tipo de intervenção, como bloqueios, infiltrações e até cirurgias, podem ser necessárias.
Alguns alongamentos e exercícios preventivos ajudam a evitar o desenvolvimento de LERT/DORT e proteger a saúde do colaborador, incluem as seguintes práticas:
Prevenir a lesão por esforço repetitivo e o DORT exige uma gestão eficiente do bem-estar e do clima organizacional.
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