Inclusão na infância contribui para autoestima na vida adulta
Os blocos coloridos da LEGO fizeram parte da infância de muita gente, e até hoje estão entre os brinquedos mais famosos em todo o mundo. No ano passado, a fabricante dinamarquesa lançou uma linha bastante diferente do que vinha apresentando ao mercado até então. Com personagens que promovem a inclusão, a coleção “City Fun in The Park” apresenta ideias bem conectadas com o espírito do nosso tempo.
Dentre os brinquedos, lançados no segundo semestre do ano passado, estão um pai dono de casa com seu bebê, uma mulher com roupa de executiva e um cadeirante, o personagem mais celebrado da coleção. Antes mesmo do lançamento, uma campanha online intitulada #ToyLikeMe, criada pela jornalista e ativista inglesa Rebecca Atkinson, pedia à empresa para fazer bonecos que pudessem representar as pessoas com deficiências.
“A mensagem enviada por um Lego em uma cadeira de rodas vai muito além de um bonequinho amarelo de plástico. É algo incrivelmente importante porque mostra para as crianças com deficiências que agora elas estão incluídas na sociedade”, disse Rebecca em entrevista à BBC Brasil.
Anna Luisa Brant Frimm, psicóloga que atende por consultas online no Zenklub, explica que é na infância que as sementes da autoestima são plantadas. “Quando, por exemplo, pessoas que têm papel significativo na vida de uma criança ficam constantemente dizendo ou fazendo coisas que a deixam triste, o conteúdo desses comentários são levados a sério por ela, não importando se o que foi dito é apenas “para o bem delas”, como algumas pessoas costumam acreditar e relatar. O mesmo acontece quando a criança é alvo de muitas críticas, ou até mesmo muito cobrada por desempenho.” Anna Luisa Brant Frimm.
“As crianças cujas necessidades emocionais são satisfeitas costumam desenvolver uma autoestima positiva, mostram-se seguras e confiantes frente à vida, lidam melhor com críticas, assumem mais riscos, costumam ser bastante motivadas, interessadas e curiosas e não temem tanto os novos desafios”, completa a psicóloga.
Ainda sobre inclusão na infância, a Fundação Dorina Nowill para Cegos lançou os braile bricks, um projeto experimental de alfabeto em braile que transforma blocos como as peças LEGO em uma ferramenta auxiliar de alfabetização e inclusão de crianças com deficiência visual.
Psicologia inclusiva
“Todo ser humano tem três necessidades básicas que estamos sempre buscando atender: ser amado, ser reconhecido e pertencer”, explica a psicóloga Fernanda Costa, psicóloga online no Zenklub. Por meio da plataforma, você encontra psicólogos proficientes em Língua Brasileira de Sinais. Conheça um especialista agora.