Antes de saber como ajudar uma pessoa com depressão precisamos entender melhor a doença em si. A depressão se dá quando temos uma deficiência na produção de neurotransmissores no cérebro. Essas substâncias, como a serotonina e a noradrenalina, são responsáveis por enviar impulsos nervosos para diversas partes do cérebro.
Fica difícil que uma pessoa seja feliz e ativa se ela não produz justamente as substâncias que transmitem esses impulsos. A ajuda de amigos e familiares é fundamental no tratamento.
Conheça as histórias de quem descobriu como ajudar uma pessoa com depressão
A intérprete Jéssica Santos, 25, tinha apenas 9 anos quando sua mãe começou a mostrar os sintomas da depressão:
“Um dia ela passou muito mal e meio que nunca mais foi a mesma. Ela perdeu muito peso e estava sempre meio infeliz, sem demonstrar o que realmente estava acontecendo”.
Para Jéssica, se o diagnóstico tivesse ocorrido antes, o tratamento seria diferente: “Ela não teve apoio. Ninguém sabia o que estava acontecendo”. Muitas vezes, a família se sente impotente. Não sabe o que o familiar tem, nem como atacar o problema.
Daniel, 25, (nome fictício) viveu algo parecido. Tendo passado por uma adolescência turbulenta, cheia de desentendimentos na família e envolvimento com drogas, a tia de Daniel chegou a se isolar em um quarto por cinco anos. “Eu não sabia o que estava acontecendo. Era muito novo” ele diz “Eu sei que ela tomava uns remédios por conta, mas não sei explicar quais”.
A automedicação teve efeito de curto prazo. A tia de Daniel saiu do isolamento, mas não tardou e os conflitos familiares voltaram. Contudo, a ingestão de remédios por conta própria não resolve o problema, apenas inibe os sintomas iniciais.
A mãe da blogueira Bárbara Duarte, 40, também seguiu esse caminho: “Foram 7 anos no total. Ela criou dependência pelo remédio”. A mãe de Bárbara sempre teve um temperamento difícil e a depressão e seu diagnóstico tardio só pioraram o relacionamento entre as duas.
“Eu tinha 15 anos. Minha mãe é uma pessoa difícil. Porém, no tempo do auge da doença brigávamos demais. Ela vivia reclamando das minhas amigas da escola, me chamava de burra, essas coisas que são ótimas para uma adolescente!”.
Para evitar os arroubos da mãe, Bárbara ia para a casa da avó. Ela ressalta que o acompanhamento profissional fez falta. “Ela sempre se recusou a ir em psicólogo ou psiquiatra. Achava que era coisa de desocupado. Talvez alguém de fora conseguisse fazer com ela enxergasse que, se ela se separasse do meu pai, teria uma vida mais calma”.
A importância de fazer o diagnóstico e tratar a depressão
O diagnóstico rápido e o acompanhamento profissional foram fundamentais para que a professora Bárbara Trovão, 30, pudesse ajudar no tratamento de seu marido. “O psiquiatra dele o ajuda com mecanismos para lidar com seus sentimentos. Mas é um tratamento caro e infelizmente, ele não pode ir lá tantas vezes quanto gostaria de ir”.
O diagnóstico foi feito em 2008, um mês depois do casamento dos dois. “Eu senti medo. Estava recém-casada, não sabia como agir, achava que eu tinha que lidar com tudo sozinha. Então o doutor dele me chamou para uma sessão e me deu muitas instruções de como lidar. Isso me ajudou muito”.
Bárbara e seu marido têm duas filhas, de dois e um anos. Segundo ela, a depressão nunca atrapalhou na criação das meninas. Não leve o mundo nas costas. Se você percebeu que algum amigo ou familiar está desenvolvendo sintomas de depressão, procure um profissional. O Zenklub tem um time preparado para lidar com essas situações. Preste atenção em quem você ama.
Faça o teste clínico de depressão
O reconhecimento e diagnóstico de depressão nem sempre são simples. Se você quer saber se tem depressão, clique no link: teste de depressão e faça um questionário de 8 perguntas (duração menos de 1 minuto). O teste é adaptado do teste científico Americano criado pelo Dr. Spitzer e Dr William (PHQ – Patient Health Questionnaire).