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Higiene ocupacional: O que é, etapas, riscos e como implementar

Escrito por Zenklub | 09/12/2025

A higiene ocupacional é uma área voltada à identificação, análise, controle dos riscos físicos, químicos e biológicos presentes nos espaços laborais.

Além de ser uma exigência legal, ela atua na preservação da saúde dos colaboradores e na prevenção de doenças ocupacionais, garantindo que a empresa esteja em conformidade com as normas regulamentadoras. Confira!

Quais são as etapas da higiene ocupacional?

A higiene ocupacional baseia-se em quatro etapas fundamentais: antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos, guiando todo o processo de prevenção de doenças e acidentes no trabalho. 

Entenda a seguir como cada fase atua na segurança ocupacional, possibilitando a detecção de perigos, análise de exposições e a implementação de estratégias eficazes para preservar a saúde dos trabalhadores:

Etapa 1: antecipação dos riscos ambientais

A antecipação é a primeira fase para garantir a higiene ocupacional e deve ser adotada antes do início das operações. 

Ela tem como finalidade prever riscos ambientais potenciais durante a etapa de planejamento das instalações, processos e atividades. Nessa fase, são avaliadas as metodologias de trabalho, o layout e os insumos usados para mitigar riscos 

Etapa 2: reconhecimento e identificação de perigos

Na etapa de reconhecimento e identificação de perigos são realizadas inspeções minuciosas em todos os ambientes ocupacionais para identificar e registrar a natureza dos perigos presentes

O objetivo é compreender e analisar onde e como os riscos se manifestam, incluindo, maquinários, processos e condições de exposição, entregando uma base técnica para direcionar mensurações e estabelecer prioridades de intervenção.

Etapa 3: avaliação quantitativa da exposição

A avaliação quantitativa é a etapa técnica que compõe a higiene ocupacional, na qual se adota ferramentas e métodos específicos para analisar o nível de exposição dos colaboradores a agentes ambientais

Ao obter os dados, eles são comparados com os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15, que define parâmetros para diversos fatores, como calor, ruído, poeiras e substâncias químicas, permitindo calcular o risco real e definir as ações corretivas.

Etapa 4: controle e mitigação dos riscos

O controle e mitigação dos riscos consiste na etapa de ação, quando são aplicadas estratégias administrativas, de engenharia e individuais para mitigar ou reduzir os riscos detectados

Essa fase deve priorizar a extinção e substituição do agente nocivo, a adoção de melhorias no ambiente e adaptações operacionais, além do uso de Equipamentos de Proteção Individual para garantir a eficácia das ações e o atendimento à legislação trabalhista.

Impacto da falta de higiene ocupacional na saúde e produtividade

A falta de ações voltadas à higiene ocupacional pode resultar no surgimento de doenças ocupacionais físicas e emocionais, que são as seguintes:

Saúde física:

  • Surdez induzida por ruído;
  • Intoxicações químicas;
  • Problemas respiratórios graves (decorrentes da falta de atendimento aos limites de exposição técnica definidos).

Saúde mental:

Esses fatores aumentam as taxas de absenteísmo, além de expor a empresa a risco de acidentes graves, contrariando a NR-1, que define a gestão de riscos ocupacionais, e a NR-24, que aborda as condições mínimas de higiene e de conforto nos espaços laborais.  

Como identificar os riscos ocupacionais no trabalho?

A fase de identificação dos riscos ocupacionais deve envolver a inspeção sistemática do  ambiente de trabalho, a fim de reconhecer os riscos ambientais presentes nos espaços laborais. 

É, justamente, nessa fase que é adotada a codificação por cores, destacando os potenciais perigos para, posteriormente, incluí-los no PGR. 

A codificação por cores é a seguinte:

verde -> seguro

amarelo -> atenção

vermelho -> crítico

Essa identificação inicial ajuda a determinar as ações de mitigação prioritárias, garantindo, assim, a conformidade legal e reduzindo as chances de acidentes e doenças ocupacionais.

Riscos físicos

Os riscos físicos estão ligados à exposição dos colaboradores a agentes e incluem os seguintes:

  • vibração
  • calor
  • frio
  • radiações 

A norma NR-15 determina o monitoramento dessas condições por meio de laudos técnicos e a comparação da intensidade dos riscos aos parâmetros estabelecidos. 

Dessa forma, a empresa deve precisa fazer medições ambientais, registrar os números e aplicar medidas corretivas em situações em que os valores se aproximem ou superem os limites legais.

Riscos biológicos: prevenção e impacto na saúde

Já os riscos biológicos referem-se aos organismos vivos ou seus subprodutos que podem provocar infecções ou doenças ocupacionais, como:

  • bactérias
  • vírus
  • fungos

Em hospitais e laboratórios, detectar onde esses agentes estão presentes, mapear os grupos expostos e adotar medidas de contenção, vigilância sanitária e a realização de treinamento é essencial para reduzir o impacto na saúde e evitar contaminações cruzadas.

Riscos químicos no trabalho

Por sua vez, os riscos químicos no trabalho estão relacionados à exposição aos seguintes agentes:

  • poeiras
  • gases
  • vapores
  • névoas de substâncias tóxicas

Esses agentes costumam ingressar no organismo por meio de diferentes vias, como absorção pela pele, ingestão e inalação, causando efeitos como intoxicação, doença ocupacional ou lesão orgânica.

Para identificar esses agentes, a empresa deve classificar o risco, avaliar a via de absorção, calcular concentração e comparar com os limites estabelecidos NR-15. Ao serem identificados, estes devem ser incluídos no PGR e tratados como prioridade.

Segurança do trabalho e normas de higiene ocupacional

A atuação do departamento RH deve estar alinhada às exigências previstas na NR-9 e na NR-15, que compõem a base da higiene ocupacional nas empresas.

A NR-9 determina que o empregador implemente o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos), que deve contemplar a identificação, avaliação e controle dos agentes físicos, químicos e biológicos presentes no ambiente de trabalho. A norma também ressalta que o PGR deve “prever medidas de prevenção que eliminem ou reduzam os riscos”, o que se aplica diretamente a situações como exposição contínua a ruído ou calor excessivo.

Já a NR-15 define quais atividades são consideradas insalubres e estabelece parâmetros de tolerância para agentes nocivos, como calor, ruídos e substâncias químicas. 

A normativa determina que “a insalubridade será caracterizada por perícia técnica”, reforçando a necessidade de monitoramento constante e avaliações periódicas — especialmente quando há riscos de exposição prolongada durante o expediente.

Para estar em conformidade com essas obrigações, a empresa deve acompanhar continuamente o PGR, registrar todos os agentes avaliados e implementar medidas corretivas sempre que forem detectados níveis acima dos limites de tolerância previstos nas normas.

Além disso, a gestão técnica de riscos à saúde mental deve integrar essas ações, uma vez que a exposição frequente a agentes nocivos pode desencadear estresse, ansiedade e outros impactos psicossociais, exigindo suporte emocional contínuo e políticas de prevenção eficazes.

EPIS e EPCS: Equipamentos de higiene ocupacional

As medidas previstas para o controle em higiene ocupacional definem que as ações mais eficazes são adotadas antes de empregar à proteção individual. 

  • Extinção ou substituição do agente de risco identificado.
  • Adoção de controles de engenharia, que incluem ventilação, barreiras ou enclausuramento. 
  • Implementação de controles administrativos, como treinamentos, processos, diminuição do tempo de exposição. 

O uso tanto de EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) deve ser a última alternativa de defesa, adotado somente em casos em que as etapas anteriores não extinguem o risco por completo. 

Sendo assim, esses equipamentos devem ter uma atuação complementar e não substituir os cuidados administrativos e técnicas mais efetivas de controle de exposição.

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Promover a saúde ocupacional também está ligado ao bem-estar integral dos trabalhadores. Por isso, contar com parceiros especializados, como o Zenklub corporativo, é fundamental.

Nossas soluções são focadas na melhoria da qualidade de vida no trabalho e no fortalecimento da  cultura de segurança e prevenção.

Entre elas estão mapeamento de riscos psicossociais, programas de bem-estar, psicólogo online, trilhas de cuidado individual e acompanhamento contínuo da equipe.

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