A ergonomia cognitiva é uma área da ergonomia que estuda a forma como o cérebro processa informações no trabalho, sob o ponto de vista da memória, atenção, concentração, tomada de decisão e carga mental.
No universo corporativo atual, marcado pela alta demanda cognitiva, excesso de estímulos e multitarefas, proteger a saúde mental dos colaboradores é fundamental para garantir um trabalho sustentável e seguro. Entenda a seguir!
A ergonomia cognitiva se baseia em 5 elementos principais para garantir o bom funcionamento mental.
Conhecer esses elementos possibilita a identificação de fontes de sobrecarga e ajuda a estruturar melhor o fluxo de trabalho e os ambientes laborais. Confira:
A atenção está relacionada à capacidade de se concentrar em estímulos relevantes, filtrando distrações ou ruídos externos.
Em espaços de trabalho, a atenção pode ser afetada, dificultando o processamento de informações com clareza, ampliando o risco de falhas, estresse e cansaço mental.
Diante disso, a ergonomia cognitiva busca proporcionar ambientes e processos que favoreçam o foco, reduzem interrupções e sobrecarga de informações.
Outro elemento fundamental na ergonomia cognitiva é a concentração, entendido como uma atenção sustentada e direcionada ao aprofundamento da atividade e à manutenção do foco por mais tempo.
Quando o volume de trabalho ou o ambiente divide a atenção, com estímulos excessivos ou interrupções frequentes, a concentração é comprometida, gerando um desgaste cognitivo e a queda da produtividade.
Dessa forma, esse tipo de ergonomia serve para organizar os processos de trabalho no sentido de obter blocos contínuos de concentração.
Por sua vez, o raciocínio refere-se ao processamento de informações para a resolução de problemas, planejamento de ações e tomada de decisões baseadas na percepção e na memória.
Em situações que envolvem alta pressão ou a sobrecarga mental, o raciocínio pode ficar prejudicado, resultando em decisões equivocadas.
Diante disso, a ergonomia cognitiva é usada para garantir o equilíbrio da carga mental, proporcionando maior precisão e clareza de pensamento.
A memória também é um elemento importante da ergonomia cognitiva, e está relacionada à capacidade de armazenar, recuperar e utilizar informações, sendo essencial para a execução de tarefas, tomada de decisão e aprendizado.
Quando há sobrecarga cognitiva, estresse ou fadiga, a memória pode ser afetada, aumentando os erros, comprometendo a produtividade e gerando insegurança.
Por isso, a ergonomia cognitiva atua na redução da carga mental, na organização de dados e em momentos de descanso, para manter a função cognitiva adequada.
Por último, a resposta motora é a habilidade de transformar processos mentais, como planejamento ou percepções, em ações físicas, que incluem uso de ferramentas ou interações no ambiente de trabalho.
Quando o fluxo de trabalho não leva em consideração os limites cognitivos, as decisões podem ser tomadas sob estresse, gerando erros, acidentes e fadiga.
A ergonomia cognitiva busca, justamente, o alinhamento do ambiente mental, dos sistemas e da rotina de trabalho para aprimorar respostas motoras, tornando-as mais precisas e seguras.
O modelo de trabalho atual exige muitos estímulos, atividades simultâneas e uma alta necessidade de atenção. Esse cenário eleva a carga mental, aumenta as chances de erros e os riscos de esgotamento, estresse e ansiedade.
Pesquisas demonstram que profissionais expostos a sobrecarga cognitiva são mais suscetíveis à queda de produtividade e adoecimento psicológico. Sendo assim, identificar esses riscos é uma medida imprescindível para proteger a saúde mental.
A sobrecarga de informações acontece quando há um grande volume de dados, demandas e informações, superando a capacidade de processamento do cérebro, causando cansaço mental, irritabilidade, confusão e dificuldade para tomar decisões.
Dessa forma, é importante criar regras de prioridades, organizar informações em processos claros e diminuir notificações, a fim de aliviar a sobrecarga emocional e recuperar a concentração.
Outro risco cognitivo são as multitarefas e as interrupções constantes, que dividem a atenção, comprometem a eficiência e aumentam o tempo necessário para executar e concluir atividades básicas, elevando também o estresse e as chances de erros.
Para minimizar ou mesmo mitigar esse problema, é necessário estabelecer períodos de concentração contínua, silenciar mensagens e alinhar critérios de comunicação interna para diminuir distrações desnecessárias.
Para proporcionar a ergonomia cognitiva, é essencial evitar a pressão de tempo e a sobrecarga de trabalho. Lembre-se que demandas contínuas e complexas acionam o estado de alerta permanente, aumentando os riscos de ansiedade, estresse e fadiga.
Ao longo do tempo, essas condições impactam a saúde emocional, a produtividade e o engajamento do colaborador.
Por isso, uma dica é determinar prioridades realistas, redistribuir atividades e definir limites saudáveis para equilibrar ritmo de trabalho e preservar a saúde mental e o bem-estar cognitivo.
A ergonomia cognitiva analisa como os processos mentais se relacionam com o trabalho, como os espaços laborais e as atividades podem ser estruturas para contribuir com o dia a dia no ambiente organizacional.
Quando adotada adequadamente, ela é capaz de reduzir o estresse, a fadiga mental e a sobrecarga cognitiva, contribuindo para prevenir a ansiedade, a estafa e outras condições de saúde mental associadas ao trabalho.
A ergonomia cognitiva também impacta na satisfação do profissional e na melhora do desempenho, uma vez que os colaboradores conseguem manter o foco e tomar decisões com clareza sem a sobrecarga mental.
Para melhorar o bem-estar psicológico e tornar o ambiente de trabalho mais saudável, as organizações podem adotar uma série de procedimentos, muitos deles simples, para tornar a rotina mais leve, produtiva e satisfatória.
Confira as práticas mais recomendadas:
Para implementar a ergonomia cognitiva no dia a dia das organizações, existem boas práticas que facilitam a construção de um ambiente laboral mais saudável e garantem o bem-estar cognitivo.
Entenda quais são elas:
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