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Ergonomia cognitiva: o que é, exemplos e aplicações

Escrito por Zenklub | 19/12/2025

A ergonomia cognitiva é uma área da ergonomia que estuda a forma como o cérebro processa informações no trabalho, sob o ponto de vista da memória, atenção, concentração, tomada de decisão e carga mental.  

No universo corporativo atual, marcado pela alta demanda cognitiva, excesso de estímulos e multitarefas, proteger a saúde mental dos colaboradores é fundamental para garantir um trabalho sustentável e seguro. Entenda a seguir!

5 elementos fundamentais da ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva se baseia em 5 elementos principais para garantir o bom funcionamento mental.

Conhecer esses elementos possibilita a identificação de fontes de sobrecarga e ajuda a estruturar melhor o fluxo de trabalho e os ambientes laborais. Confira:

Atenção

A atenção está relacionada à capacidade de se concentrar em estímulos relevantes, filtrando distrações ou ruídos externos. 

Em espaços de trabalho, a atenção pode ser afetada, dificultando o processamento de informações com clareza, ampliando o risco de falhas, estresse e cansaço mental. 

Diante disso, a ergonomia cognitiva busca proporcionar ambientes e processos que favoreçam o foco, reduzem interrupções e sobrecarga de informações. 

Concentração

Outro elemento fundamental na ergonomia cognitiva é a concentração, entendido como uma atenção sustentada e direcionada ao aprofundamento da atividade e à manutenção do foco por mais tempo. 

Quando o volume de trabalho ou o ambiente divide a atenção, com estímulos excessivos ou interrupções frequentes, a concentração é comprometida, gerando um desgaste cognitivo e a queda da produtividade

Dessa forma, esse tipo de ergonomia serve para organizar os processos de trabalho no sentido de obter blocos contínuos de concentração. 

Raciocínio

Por sua vez, o raciocínio refere-se ao processamento de informações para a resolução de problemas, planejamento de ações e tomada de decisões baseadas na percepção e na memória

Em situações que envolvem alta pressão ou a sobrecarga mental, o raciocínio pode ficar prejudicado, resultando em decisões equivocadas.

Diante disso, a ergonomia cognitiva é usada para garantir o equilíbrio da carga mental, proporcionando maior precisão e clareza de pensamento. 

Memória

A memória também é um elemento importante da ergonomia cognitiva, e está relacionada à capacidade de armazenar, recuperar e utilizar informações, sendo essencial para a execução de tarefas, tomada de decisão e aprendizado.

Quando há sobrecarga cognitiva, estresse ou fadiga, a memória pode ser afetada, aumentando os erros, comprometendo a produtividade e gerando insegurança.

Por isso, a ergonomia cognitiva atua na redução da carga mental, na organização de dados e em momentos de descanso, para manter a função cognitiva adequada. 

Resposta motora

Por último, a resposta motora é a habilidade de transformar processos mentais, como planejamento ou percepções, em ações físicas, que incluem uso de ferramentas ou interações no ambiente de trabalho. 

Quando o fluxo de trabalho não leva em consideração os limites cognitivos, as decisões podem ser tomadas sob estresse, gerando erros, acidentes e fadiga.

A ergonomia cognitiva busca, justamente, o alinhamento do ambiente mental, dos sistemas e da rotina de trabalho para aprimorar respostas motoras, tornando-as mais precisas e seguras. 

Os riscos cognitivos no ambiente de trabalho moderno

O modelo de trabalho atual exige muitos estímulos, atividades simultâneas e uma alta necessidade de atenção. Esse cenário eleva a carga mental, aumenta as chances de erros e os riscos de esgotamento, estresse e ansiedade

Pesquisas demonstram que profissionais expostos a sobrecarga cognitiva são mais suscetíveis à queda de produtividade e adoecimento psicológico. Sendo assim, identificar esses riscos é uma medida imprescindível para proteger a saúde mental.

Sobrecarga informacional

A sobrecarga de informações acontece quando há um grande volume de dados, demandas e informações, superando a capacidade de processamento do cérebro, causando cansaço mental, irritabilidade, confusão e dificuldade para tomar decisões. 

Dessa forma, é importante criar regras de prioridades, organizar informações em processos claros e diminuir notificações, a fim de aliviar a sobrecarga emocional e recuperar a concentração.

Multitarefas e interrupções constantes

Outro risco cognitivo são as multitarefas e as interrupções constantes, que dividem a atenção, comprometem a eficiência e aumentam o tempo necessário para executar e concluir atividades básicas, elevando também o estresse e as chances de erros. 

Para minimizar ou mesmo mitigar esse problema, é necessário estabelecer períodos de concentração contínua, silenciar mensagens e alinhar critérios de comunicação interna para diminuir distrações desnecessárias.

Pressão de tempo e sobrecarga de trabalho

Para proporcionar a ergonomia cognitiva, é essencial evitar a pressão de tempo e a sobrecarga de trabalho. Lembre-se que demandas contínuas e complexas acionam o estado de alerta permanente, aumentando os riscos de ansiedade, estresse e fadiga. 

Ao longo do tempo, essas condições impactam a saúde emocional, a produtividade e o engajamento do colaborador.

Por isso, uma dica é determinar prioridades realistas, redistribuir atividades e definir limites saudáveis para equilibrar ritmo de trabalho e preservar a saúde mental e o bem-estar cognitivo. 

Ergonomia cognitiva e saúde mental: uma relação direta

A ergonomia cognitiva analisa como os processos mentais se relacionam com o trabalho, como os espaços laborais e as atividades podem ser estruturas para contribuir com o dia a dia no ambiente organizacional. 

Quando adotada adequadamente, ela é capaz de reduzir o estresse, a fadiga mental e a  sobrecarga cognitiva, contribuindo para prevenir a ansiedade, a estafa e outras condições de saúde mental associadas ao trabalho

A ergonomia cognitiva também impacta na satisfação do profissional e na melhora do desempenho, uma vez que os colaboradores conseguem manter o foco e tomar decisões com clareza sem a sobrecarga mental.  

Como melhorar o bem-estar psicológico através da ergonomia cognitiva

Para melhorar o bem-estar psicológico e tornar o ambiente de trabalho mais saudável, as organizações podem adotar uma série de procedimentos, muitos deles simples, para tornar a rotina mais leve, produtiva e satisfatória.

Confira as práticas mais recomendadas:

  • Adotar intervalos regulares: incentive pausas curtas durante o expediente possibilitando que o cérebro relaxe, diminuindo o estresse e melhorando a produtividade e a concentração. 
  • Reduzir exigências cognitivas excessivas: evite multitarefas contínuas, organizar as atividades de maneira equilibrada e adotar processos claros, a fim de amenizar a carga mental e impedir fadiga mental. 
  • Promover técnicas de atenção plena: práticas como o mindfulness e as pausas conscientes estimulam o relaxamento e a presença, melhorando o foco e a saúde emocional e física. 
  • Incentiva o suporte social: promova um clima organizacional saudável e equilibrado, mantenha uma comunicação transparente e estimule o apoio entre colegas e gestores.

Implementando a ergonomia cognitiva no dia a dia das organizações

Para implementar a ergonomia cognitiva no dia a dia das organizações, existem boas práticas que facilitam a construção de um ambiente laboral mais saudável e garantem o bem-estar cognitivo.

Entenda quais são elas:

  • Mapeamento e análise de riscos cognitivos: verifique as atividades que exigem excesso de informações, atenção intensa e multitarefas. O objetivo é redesenhar processos para diminuir a complexidade. 
  • Organização do ambiente laboral: proporcione clareza de processos, mantenha ambientes limpos e reduza pontos de interrupções e distrações. O ideal é criar processos padronizados e estruturar um fluxo de trabalho claro. 
  • Gestão de trabalho equilibrada: evite sobrecarregar as equipes com múltiplas tarefas simultaneamente e preveja momentos de concentração excessiva. Uma dica é dividir as atividades em fases menores e incentivar pausas periódicas. 
  • Ações de conscientização e capacitação: promova treinamentos e palestras para gestores e colaboradores sobre saúde mental nas empresas, ergonomia cognitiva e boas práticas para incentivar uma cultura de cuidado. 

Como fortalecer a saúde mental dos colaboradores com o Zenklub

Se você busca o fortalecimento da saúde mental dos colaboradores, conte com o Zenklub. Nossa plataforma integrada de saúde mental oferece soluções para a adoção da ergonomia cognitiva e um ambiente laboral saudável. 

Nossas soluções incluem mapeamento de riscos psicossociais, identificação de sobrecarga mental, treinamentos, psicólogo online, trilhas de cuidado individual, além de acompanhamento contínuo da equipe e muito mais.

Promova uma ergonomia cognitiva integrada com trabalhadores mais produtivos, engajados e protegidos. Conheça o Zenklub corporativo!