Resiliência é a capacidade de se adaptar em situações difíceis ou de fontes significativas de estresse.
Na prática, quer dizer que diante de uma adversidade, a pessoa utiliza sua força interior para se recuperar. Ela se abate e sofre como qualquer um, mas enxerga além dos problemas e, assim, consegue lidar com as situações de forma mais leve.
Ou seja, pessoas resilientes não são livres de problemas, elas apenas os superam sem desmoronar. Essa capacidade ajuda a preservar a saúde mental – e a melhor parte é que pode ser desenvolvida e melhorada. É uma questão de bem-estar.
O significado original do termo resiliência vem da física e define o nível de resistência de um material e sua capacidade de retornar ao estado original sem danos ou ruptura após sofrer uma deformação elástica.
A psicologia pegou emprestada esta palavra e criou o termo resiliência psicológica (ou resiliência emocional).
O termo resiliência , dentro da psicologia, se refere à habilidade das pessoas responderem às frustrações e estresses diários, em todos os níveis, com superação e recuperação emocional.
Veja o que diz Cladismari Zambon, psicóloga e especialista do Zenklub, sobre o significado de resiliência:
Quando falamos sobre ser resiliente, gosto de relembrar as palavras Viktor Frankl, psiquiatra austríaco que enquanto prisioneiro em um campo de concentração, escreveu o livro “Em busca de Sentido” contendo a máxima: “Quem tem um “porquê”, enfrenta qualquer “como””.
Embora estivesse vivendo em condições desumanas à época, o autor observou que outras pessoas na mesma situação enlouqueciam e se deixavam morrer, ao passo que outras sobreviviam e se mantinham ativas.
A esta capacidade de retomar a vida existente em um fio ele chamou de resiliência.
“Quando não conseguimos mais mudar uma situação, temos o desafio de mudar a nós mesmos.” (Viktor Frankl)
A resiliência no ambiente corporativo refere-se à capacidade de uma empresa ou de seus colaboradores de lidar com desafios, adversidades, mudanças e situações de estresse de forma positiva e eficaz.
É a habilidade de se adaptar e se recuperar diante de obstáculos e crises, mantendo a produtividade e o bem-estar emocional.
Características da resiliência no ambiente corporativo incluem:
A resiliência é uma qualidade valiosa no ambiente corporativo, pois permite que a empresa e seus colaboradores enfrentem os desafios do mundo dos negócios de forma mais eficaz e prezando pela segurança emocional e psicológica nas instituições.
Além disso, uma cultura corporativa que valoriza a resiliência pode criar um ambiente mais saudável e motivador para todos os envolvidos.
Para o autor, o sucesso e a felicidade são o resultado da dedicação pessoal a uma causa maior.
O que Frankl quer nos dizer é que precisamos desenvolver projetos que tragam um sentido à nossa existência, pois isso nos torna pessoas mais resilientes frente às adversidades da vida.
Quando temos um projeto maior para nos apoiar, passamos a entender que os problemas são apenas obstáculos a serem superados, são experiências negativas e o que se persegue é algo muito maior.
Então, simplesmente faça algo por você, algo importante, por mais simples que possa parecer.
Parece fácil, mas não é. Vivemos usualmente sem entrar em contato com as nossas emoções e isso pode nos confundir bastante. Estar atento aos nossos sentimentos é uma das maneiras mais simples de desenvolver nossa capacidade de enfrentamento emocional.
Então, quando você entra em contato com as suas emoções, você se torna mais ágil na busca por aquilo que realmente te faz bem, como também ajuda a evitar as famosas “ciladas”.
Pessoas resilientes são fáceis de reconhecer porque elas sabem utilizar seus pontos fortes para enfrentar os mais variados problemas. Elas não apenas se recuperam, mas também progridem. Algumas características são bem comuns nas pessoas com uma boa taxa de resiliência.
A resiliência é um mecanismo de proteção que dá a força necessária para a recuperação física e emocional após um evento adverso. Ou seja, minimiza o risco de desenvolver doenças mentais e de se sentir desamparado e oprimido.
Aqueles que não têm resiliência ficam facilmente sobrecarregados e podem recorrer a mecanismos de enfrentamento prejudiciais, como álcool e drogas. Outro benefício é a prevenção de doenças psicossomáticas. Em resumo, pessoas resilientes usam as emoções proativamente a seu favor, de maneira saudável e positiva.
Em primeiro lugar, a resiliência não é estática. Você pode desenvolvê-la ou mesmo reduzi-la, conforme a maneira com que reage aos fatos da vida. É preciso fazer autoavaliações e trabalhar os aspectos que estão precisando de atenção. Em geral, os pontos mais comuns entre as pessoas resilientes são:
Alguns já nascem com potencial de resiliência alto, em função de traços de personalidade que são favoráveis, como autoestima, comunicação e inteligência emocional. O apoio familiar também é um fator que promove o desenvolvimento da resiliência desde a infância, assim como os bons relacionamentos interpessoais.
A capacidade de aprender e internalizar novas habilidades também é um facilitador. Mas a perseverança e a adaptabilidade ajudam as pessoas a aprimorarem sua resiliência, ajustando pensamentos e comportamentos para se tornarem mentalmente mais fortes.
Faça o teste de inteligência emocional e descubra como você domina suas emoções.
Resiliência vai muito além da ideia de “sorrir e aguentar”. É um processo de reformulação de padrões de pensamentos e atitudes para a preservação do equilíbrio não apenas emocional, mas também físico e mental.
A resiliência é um fator protetor contra o sofrimento psíquico e a evolução do estresse e da ansiedade para níveis patológicos. Resiliência é saúde e qualidade de vida!
A resiliência vem de dentro para fora. Não tem como simular ou absorver essa habilidade, ela é desenvolvida e deve ser sempre praticada. Por isso, a autoconsciência é o primeiro aspecto a ser trabalhado. É ela que contém o inventário das ferramentas que você tem disponíveis para enfrentar os desafios da vida.
Conheça seus pontos fortes e fracos para saber seu ponto de partida.
E nos relacionamentos amorosos, como aplicar a resiliência? Se você emprega resiliência na sua vida, não vai ser difícil encontrar espaço para usar com o seu parceiro ou parceira. O importante é partir da ideia de que ainda que vocês formem um casal, são pessoas diferentes, com criações, vivências e pensamentos distintos.
Não existe receita de bolo, mas como toda boa regra para superar conflitos amorosos, você irá encontrar traços de resiliência dentro da paciência, empatia e compreensão do outro.
O modelo dos 7 Cs da resiliência foi desenvolvido pelo pediatra Ken Ginsberg para ajudar crianças e adolescentes na construção de resiliência, tornando-os mais felizes e resistentes. Ainda que tenha sido desenvolvido para jovens, o modelo é útil para todos.
Resiliência é hoje uma capacidade essencial para a própria preservação. Além disso, tem forte participação na percepção de felicidade, bem-estar e qualidade de vida. Quanto mais resiliente for uma pessoa, menos sofrimento ela vai acumular e verá com mais facilidade as oportunidades que a vida oferece.
Ser resiliente também inclui aprender com as experiências anteriores e desenvolver novas estratégias de enfrentamento no futuro. Não importa a idade: resiliência é essencial.
Assim, como vimos, é fundamental incluir uma cultura que valorize a resiliência para criar um ambiente mais saudável e motivador na organização. Têm interesse em criar essa cultura? Confira como promover resultados sólidos e bem-estar emocional com o Zenklub para empresas.
Referências
https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/resilience-training/in-depth/resilience/art-20046311
https://www.everydayhealth.com/wellness/resilience/top-tips-help-build-cultivate-resilience/
https://www.verywellmind.com/what-is-resilience-2795059
https://www.everydayhealth.com/wellness/resilience/
https://www.everydayhealth.com/wellness/resilience/quiz-what-makes-you-resilient/
http://www.revispsi.uerj.br/v7n3/artigos/html/v7n3a14.htm
https://www.verywellmind.com/ways-to-become-more-resilient-2795063
https://vidasimples.co/colunistas/resiliencia-isto-e-bom-ou-ruim/