Segundo especialistas, de 1 a 3% da população apresenta características de psicopatia.
Isso significa que 1 em cada 30 pessoas podem ser diagnosticada com o transtorno, tendo, no total, 6 milhões de psicopatas no Brasil.
Não é pouco, por isso, é importante falarmos sobre esse transtorno que atinge muita gente bem como as suas causas, fatores que o influenciam e como você consegue ajudar alguém nessa situação.
Psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade antissocial é um distúrbio, de difícil diagnóstico, caracterizado por falta de empatia em relação ao outro e desprezo pelas obrigações sociais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a psicopatia também tem as seguintes características:
Há um desvio considerável entre o comportamento e as normas sociais estabelecidas. O comportamento não é facilmente modificado pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. Existe uma baixa tolerância à frustração e um baixo limiar de descarga da agressividade, inclusive da violência. Existe uma tendência a culpar os outros ou a fornecer racionalizações plausíveis para explicar um comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito com a sociedade.
Esse tipo de transtorno pode ser identificado a partir de um aprofundamento maior na relação social, que deve envolver a observação da conduta da pessoa, suas relações e interações diante das diversas situações.
Abaixo, iremos detalhar, de forma geral, as principais características de um psicopata.
Os sinais da psicopatia já podem ser observados na infância, mas são classificados até os 18 anos como Transtorno de Conduta.
É importante que os pais observem o comportamento dos filhos como: atitudes desobedientes e desrespeitosas, de maldade com outros e mentiras constantes, sem remorso ou culpa.
Veja a lista com os principais sinais de psicopatia na infância:
Vale ressaltar que essas são características gerais e que é muito importante que os pais e responsáveis ao perceber qualquer sinal busquem ajuda de um especialista, como psicólogos e psiquiatras, para ter acesso a melhor forma de ação e tratamento.
Quanto mais precoce é feito um diagnóstico, maiores são as chances de reverter quadros mais graves na vida da pessoa.
O psicólogo canadense Robert D. Hare, especialista em psicologia criminal e psicopatia, idealizou, em 1991, um “checklist” de 20 itens que podem identificar ou diagnosticar uma pessoa como psicopata.
Esse checklist recebeu o nome de Escala de Robert Hare, e diz que uma pontuação igual ou acima de 30 (o máximo são 40), além de considerações como a anatomia cerebral, a genética e o ambiente em que ela se encontra, podem determinar a psicopatia.
Para entender a pontuação, considere que a cada item do checklist há uma escala de 3 pontos, em que 0 é para itens que não se aplicam, 1 item que se aplica um pouco e 2 item que definitivamente se aplica.
Entre as perguntas estão questões que medem seu grau de impulsividade, afeto, autoestima, culpa, agitação, histórico comportamental, sexuais, capacidade de manipulação, versatilidade criminal e relação com negações e frustrações.
No Brasil, a escala e o teste de psicopatia foi validado e traduzida apenas nos anos 2000, e, tanto no Brasil como no mundo, só pode ser aplicado e avaliado por um especialista.
Existem vários testes de psicopatia, incluindo o Hare Psychopathy Checklist (PCL-R), o Psychopathy Checklist: Screening Version (PCL:SV) e o Antisocial Process Screening Device (APSD).
Esses testes são geralmente administrados por profissionais treinados, como psiquiatras ou psicólogos clínicos, e avaliam características como a falta de empatia, a impulsividade e a falta de responsabilidade.
É importante notar que a psicopatia é um transtorno mental grave e é importante procurar ajuda de profissionais qualificados se suspeitar que você ou alguém que você conheça possa ter essa condição.
Os sinais de psicopatia incluem:
Vale ressaltar que esses sinais podem variar de pessoa para pessoa e que a psicopatia é um transtorno mental complexo. Assim sendo, uma avaliação completa deve ser realizada por um profissional qualificado, como um psiquiatra ou psicólogo clínico, para determinar se uma pessoa tem a condição.
Muitos especialistas ainda discutem se há diferenças entre pessoas sociopatas e psicopatas.
Em comum, nota-se características como o desrespeito por normas, leis e costumes; desacato ao direito de outros; tendência a um comportamento violento e falta de culpa e remorso. Mas as diferenças são perceptíveis também.
Os sociopatas são normalmente agitados e nervosos, convivem à margem da sociedade e raramente conseguem se manter em relacionamentos, empregos ou a ambientes por muito tempo.
São inconstantes e apresentam desabafos violentos emocionais, como ataques de raiva. A principal diferença que podemos notar em relação aos psicopatas, é que os sociopatas conseguem criar vínculo e apego com determinada pessoa ou grupo, de forma menos planejada ou manipuladora.
Como toda generalização de conceitos, a psicopatia também tem seus mitos que devem ser compreendidos por serem de suma importância:
Não é difícil encontrar grandes títulos do cinema com o tema psicopatia e para quem gosta de conhecer mais sobre transtornos mentais e sociais através da tela do cinema, há algumas dicas de filmes com psicopatas como:
Como reforçamos aqui algumas vezes, é importante a identificação dos sinais de psicopatia desde a infância ou juventude. Essa difícil tarefa cabe, principalmente, aos pais que precisam ter a sensibilidade de compreender os atos dos filhos e de não deixar de estarem próximos.
A qualquer sinal, em crianças e adultos, deve-se buscar ajuda de um especialista, seja para tratar a quem precisa ou para buscar apoio a si próprio, de compreender melhor como agir nas situações de crise ou desconforto.
O mais importante é entender que não se está só nesse desafio e que há muitos especialistas que podem contribuir para dar chances de recuperar um estilo de vida socialmente aceito e produtivo.
Por fim, a psicopatia é um transtorno de personalidade caracterizado por uma combinação de comportamentos antiéticos, desumanos e impulsivos. É possível fazer o diagnóstico de tal transtorno por meio de um teste de psicopatia devidamente orientado.
As pessoas com psicopatia geralmente têm dificuldade de sentir empatia ou remorso, e podem ser manipuladoras e mentirosas.
Esses pacientes tendem a ter comportamentos impulsivos e não planejam bem o futuro, além disso, podem ser agressivos e violentos.
Eles também podem infringir as normas sociais e as leis.
A psicopatia é considerada um transtorno grave e é tratada por psiquiatras ou psicólogos clínicos, com o objetivo de ajudar a pessoa a controlar seus impulsos e comportamentos antiéticos, e ajudá-los a ter relacionamentos e vidas mais saudáveis.
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